sexta-feira, 30 de outubro de 2009

ALA DOS AMIGOS DE PE. CORREIA DA CUNHA

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IN MEMORIAM



MONSENHOR FRANCISCO ESTEVES DE JESUS

1871-1959


50 ANOS DE SAUDADE





Monsenhor Francisco Esteves de Jesus (1871-1959) foi pároco de São Vicente de Fora (1900-1959).Nasceu em Vila de Viçosa no ano de 1871.

Passa este ano cinquenta anos da sua morte. Considero ser um dever relembrar esta majestosa figura possuidora de uma alta grandeza interior de ânimo, bem como de um espírito verdadeiramente superior, inteligente e grande carisma. Homem dotado de uma grande Fé e Amor a Deus e ao próximo.

Segundo testemunhos de muitos paroquianos ainda hoje vivos, Mons. Esteves encantou sucessivas gerações de jovens a quem proporcionou educação literária e religiosa, não tendo deixado de transmitir o seu testemunho de homem de uma grande FÉ. Mons. Esteves foi um insigne pedagogo e formador, utilizando métodos pedagógicos pioneiros no campo dos audiovisuais e produzindo ele próprio slides em chapa de vidro, para projecção nas sessões de Doutrina Cristã.

Mons. Francisco Esteves foi um grande lutador, inquebrantável e pertinaz, muito atento aos problemas dos mais desfavorecidos. Levou a efeito muitas obras no domínio do apostolado social. Destaco a criação das escolas primárias, com cantinas sem custo para os seus utilizadores. Porém, a jóia de Mons. Francisco Esteves era o Patronato Nuno Álvares Pereira, onde acolhia muitos jovens, proporcionando-lhes a prática do desporto, acções teatrais e musicais, assim como passeios educativos e religiosos.

Ainda hoje há quem recorde com grande emoção o seu imenso trabalho pedagógico de instrução, catequético e de formação moral e cívica, no Patronato de Nuno Alvares Pereira, fundado por ele no ano 1905.

Dotado de grande sensibilidade musical criou vários agrupamentos dedicados à música e ao canto religioso e profano. Saliento aqui a Schola Cantorum dedicada ao canto gregoriano e que teve uma imensa repercussão na época, sendo muito solicitada para participar em actos litúrgicos nas várias dioceses do país.

Pelos relevantes serviços prestados em prol dos mais necessitados, foi reconhecido pelo Governo Português ao condecorá-lo com a Ordem de Benemerência (Diário da Republica nº 173 de 27 de Julho de 1959)

Maior atributo recebeu ao ser acolhido por Deus, que servira com total entrega e bondade, no dia 28 de Dezembro de 1959, onde hoje continuará a interceder por todos os servidores da Comunidade Paroquial de São Vicente de Fora.

Foi este notável pastor que Padre Correia da Cunha substituiu ao tomar posse como Pároco de São Vicente de Fora, no ano de 1960. Por testamento herdaria todo o seu património material mas creio que igualmente Padre Correia da Cunha condignamente soube perpetuar e desenvolver o seu grande património moral e espiritual.
Penso, sinceramente que se deveria começar a pensar numa homenagem pública a estas duas importantes figuras que honrosamente serviram a Freguesia de São Vicente de Fora em Lisboa.


Para quem pretenda aprofundar a figura de uma época da Paróquia de São Vicente de Fora – Mons. Francisco Esteves - poderá fazê-lo através da consulta da Revista Olisipo de Dez.1999, que apresenta um magnifico trabalho do Prof. Dr. J. Gomes da Silva e António Geraldes Simões.

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sexta-feira, 23 de outubro de 2009

PE. CORREIA DA CUNHA E O EXAME DE CONSCIÊNCIA

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VINDE ESPÍRITO SANTO…




Advirto desde já que uma reflexão em torno do tema da liberdade deverá ser prudente. Já o Padre Correia da Cunha nos alertava que não havia ninguém mais livre e com maior soberano respeito à liberdade que o próprio Deus, que nos criou sem nos obrigar sequer a acreditar NELE. Deus era a própria Liberdade. Os seus filhos eram totalmente livres. Todos os homens nascem livres! Onde existir inteligência há liberdade.

O Padre Correia da Cunha não nos aprisionava em longas orações papagueadas… cada um era convidado a fazer a sua oração diária no serviço desinteressado e em plena alegria cristã ao seu irmão mais carenciado e desprotegido… na sua total liberdade!

Dizia ele que não havia mais bela oração… Orar tinha que ser uma participação de liberdade na oração colectiva da assembleia eucarística.


Recordo que o Padre Correia da Cunha na recitação do terço sempre afirmava que as Ave-Marias eram rosas perfumadas que íamos lançando para o regaço da Mãe de Jesus e também nossa mãe. Este desfiar de rosas suavizava este monótono rosário e aumentava o nosso amor à Rainha dos Anjos e dos homens.

A oração para o Padre Correia da Cunha tinha de ser uma admirável sinfonia, saída do fundo do coração de cada um de nós e um pouco perfumada pelas deslumbrantes e belas rosas que íamos lançando na nossa peregrinação humana. Tudo o que era tagarelado dizia Padre Correia da Cunha não subiria ao Céu. Viver Jesus Cristo com a força da nossa paixão era a suprema necessidade que desejava para a então juventude da sua Paróquia de São Vicente de Fora num ambiente onde fosse respeitada a dignidade e a liberdade.



CONSTRUÇÃO DA ESCOLA NAVAL ANOS 30


Orações e formulário


Antes da confissão, pede ao Divino Espírito Santo que te ilumine para teres a consciência das tuas faltas e da gravidade delas, e roga-lhe a graça de as saber chorar, como Pedro, amargamente…

Evocação e oração

Vinde, Espírito Santo!
Enchei os corações dos vossos fiéis
e ateai neles o fogo do vosso amor!

V – Enviai o vosso Espírito e tudo será criado:

R - E renovareis a face da terra.

Oremos.

Ó Deus, que iluminastes os corações dos fiéis com as luzes do Espírito Santo,
- Concedei-nos a graça de termos gosto pelos verdadeiros bens, que Ele nos mostra e de gozarmos sempre a sua consoladora assistência.
Nós Vo-lo rogamos por Nosso Senhor Jesus Cristo que, sendo Deus, convosco vive e reina, na unidade do mesmo Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos.
R – Ámen

Outra oração

Vinde Espírito Santo!
Iluminai a minha consciência, para que veja com possível exactidão, a desgraça do mal que eu cometi;
Fortalecei a minha vontade, para que daqui em diante não torne a ofender-vos a Vós, que com o Eterno Pai, meu criador, e com o Filho, meu Redentor, viveis e reinais por todos os séculos dos séculos.

R – Ámen

Exame de consciência

Aqui tens dois modelos de exame de consciência, que estão longe de ser completos, mas que podem servir-te de guia e dar-te ideias para te examinares como é preciso.

Podes seguir qualquer deles ou teres um método teu. O importante é que te examines e arrependas.  



PRIMEIRO MÉTODO


Confronto da minha vida com os Mandamentos da Lei de Deus, com os Mandamentos da Santa Madre Igreja, com elenco dos pecados mortais e com deveres do nosso estado.

1º - Mandamento – Adorar a Deus e amá-lo sobre todas as coisas.  


- Tenho amado a Deus sobre todas as coisas e tenho-lhe provado esse amor, rezando e invocando com frequência o Seu auxílio?
- Rezo só para pedir, ou também para adorar, dar graças e reparar pelo mal que se faz?
- Tenho rezado as orações da manhã e da noite? Tenho-as rezado com devoção’
- Acredito inteiramente na doutrina que a Santa Igreja nos ensina, ou tenho consentido em dúvidas contra a Fé?
- Fiz com frequência actos de Fé, Esperança e Caridade?
- Desesperei de alcançar a salvação ou presumi de a ganhar sem merecimentos?
- Recalcitrei contra a Divina Providência?
- Faltei ao respeito às coisas santas e aos ministros da Igreja?
- Recebi em devido tempo os Santos Sacramentos da Confissão e da Eucaristia?
- Recebi os nas devidas disposições ou cometi algum sacrilégio?
- Nas confissões feitas omiti algum pecado mortal, por vergonha ou malícia, ou apenas por esquecimento?
- Assisti a espectáculos contrários à doutrina e moral cristãs? Li, escrevi, ou dei a ler, publicações contrárias à Religião?
- Acreditei em superstições, agouros ou bruxedos? Consultei bruxos, hipnotizadores, ou assisti a sessões de espiritismo ou semelhantes?
- Filiei-me em sociedades secretas condenadas pela Santa Igreja?
- Profanei algum lugar, coisa ou pessoa sagrada?

2º - Mandamento – Não invocar o Santo Nome de Deus em vão.


- Fiz algum juramento falso, ou mesmo inútil? Fiz algum com desejo de me vingar de alguém?
- Roguei pragas? Respeitei o Nome de Deus, não o misturando com palavras e conversas loucas? Se tenho esse mau hábito, procurei emendar me?
- Faltei, sem graves motivos, a algum voto ou promessa? Procurei obter licença do Confessor no caso de não poder cumprir algum voto?
- Disse ou pensei dizer alguma blasfémia contra Deus e os Seus Santos?

3º - Mandamento – Santificar o domingo e as festas de guarda.


- Faltei à Missa algum domingo ou dia de preceito? Porquê?
- Cheguei tarde sem razões bastantes para isso?
- Estive desatento, por culpa minha, durante a celebração?
- Fiz trabalhos pesados em dia Santificado, sem grave necessidade ou sem ser para auxiliar o próximo aflito?
- Favoreci aos meus subordinados o cumprimento dos preceitos dominicais, isto é , de ouvir a missa e de se abster em trabalhos pesados nos dias santos?
- Obriguei-os a trabalhos pesados e desnecessários nesses dias?
- Procurei passar os dias santos em espírito de piedade?
- Fiz leituras proveitosas para a minha alma?
- Visitei os doentes, presos ou pobrezinhos?
- Assisti a outros actos de piedade além da missa?
- Proporcionei aos que estão sob minhas ordens as facilidades necessárias para também santificassem o Dia do Senhor?



Texto de : Padre José Correia da Cunha





















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sexta-feira, 16 de outubro de 2009

PE. CORREIA DA CUNHA E A CONFISSÃO

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… simples, humilde, discreta…



Ganham cada vez mais uma maior nitidez as excepcionais qualidades deste grande homem que viveu num entrega genuína à sua amada Paróquia de São Vicente de Fora. Padre Correia da Cunha na sua passagem por essa Comunidade Paroquial exerceu efectivamente o ministério de pároco, todos ainda o recordamos pela imensa multidão que se juntava todos os domingos à sua volta para participarem na Missa das 10 horas, onde habitualmente pregava eloquentes homilias que deixavam estupefactas as elites pela sua frontalidade e linguagem belicosa, que era uma autêntica ‘’farpa’’ aos comportamentos impostores de alguns ditos cristãos.

Pela sua vida social em todos os meios populares e intelectuais da época, o seu carácter afável e a sua acção de grande pensador junto dos seus dedicados paroquianos e amigos, tudo lhe era permitido dizer. Lembro hoje algumas das suas aguerridas expressões, que deixava alguns participantes da assembleia boquiaberta. Era o fruto genuíno da sua cultura de ''vaidoso'' marinheiro: ‘’ Meus queridos irmãos em Nosso Senhor Jesus Cristo… ser cristão sem caridade vivencial é uma intrujice. Andamos a embrulhar-nos uns aos outros… assim não. É melhor irmos todos badamerda… Jesus Cristo não se deixa embarrilar…’’

Ganhou fama pela sua ‘‘depravada’’ linguagem. Mas quero referir que granjeava de imediato a simpatia e admiração de todos aqueles que tinham a oportunidade de o contactarem e tornarem-se seus amigos.

Foram os seus paroquianos e amigos que mais sentiram a perda deste grande homem de cultura, mestre, sacerdote e marujo, do qual todos ambicionavam receber sempre uma palavra de fraternal amizade!








A RECONCILIAÇÃO:

Que mais é preciso?



- Apenas a tua confissão arrependida ou contrita. Nada mais.
O propósito de emenda, o cumprimento da penitência, a declaração dos pecados ao confessor não são mais do que consequências do teu arrependimento. É que o teu SIM tem de ser autêntico, consciente, decidido e também continuado pela vida fora; tem de ser um SIM total.
Para melhor entenderes as condições do teu SIM, aí vão umas explicações, à maneira do Catecismo, que provavelmente já esqueceste…
Para fazeres uma Confissão bem feita (caso contrário, não vale a pena; antes te é sumamente prejudicial) é preciso:




1. Fazeres um sério exame de consciência, ou seja, relembrares cuidadosamente as faltas cometidas, para delas te arrependeres;
2. Excitares a tua alma a uma contrição sincera, isto é, a uma sentida dor ou mágoa de teres ofendido a Deus e de teres ofendido tantas vezes e tão gravemente, por pensamentos, palavras, obras e omissões;
3. Quereres decididamente emendar a tua vida, tendo o firme propósito ou vontade de não tornares a pecar e de evitares tudo o que possa ser ocasião próxima de pecado.

Por exemplo: Se, por triste experiência, sabes que, ao passar por certa casa, podes ter fortes tentações de pecar, o teu propósito de emenda tem de formular a vontade de não passar por lá sem séria necessidade.

4. Acusares os teus pecados perante o confessor. Esta acusação ou confissão tem de ser:

a) – inteira ou completa, enumerando todos os pecados mortais de que tenhas lembrança e ainda não tivessem sido confessados, e acusando-te também dos pecados veniais que mais te pesem na consciência;



b) _ circunstancial, no sentido de confessares também as circunstancias que afectem a gravidade da falta ou constituam até outro pecado.


Por exemplo: Qualquer pecado de um homem solteiro com uma mulher solteira é pecado mortal. Mas, se esse pecado for com um parente, constitui outra falta mortal. Se além de serem parentes, um deles for casado, haverá três pecados graves num só acto, pois um deles foi infiel ao seu cônjuge. E se os dois forem casados, haverá pela mesma razão quatro pecados mortais. Deles terá que se arrepender sinceramente se quiser obter o perdão divino.

c) – Simples, humilde, discreta e feita com recta intenção.
Simples, evitando complicações ou explicações desnecessárias;
Humilde, sem afectações e desculpas mais ou menos sofismadas;
Discreta, usando palavras honestas;
Feita com recta intenção, isto é, sem ser por motivos humanos, como por exemplo, para agradar a alguém, mas unicamente para pedir perdão de Deus.

5. Reparares a ofensa feita a Deus e os danos causados ao próximo, por meio da satisfação da penitência que te for imposta pelo Confessor.

De três modos se repara a ofensa feita a Deus:

a) – cumprindo a penitência que o Confessor deu e que, por via de regra, é reza de umas orações ou a oferta de alguma esmola;
b) – levando com paciência os trabalhos da vida que constituem a nossa participação na Cruz de Cristo,
c) – praticando boas obras que provem a Deus o nosso sincero desejo de emenda e o nosso arrependimento.

A ofensa feita ao próximo satisfaz-se:




a) – restituindo-lhe o que for seu e esteja em nossas mãos injustamente,
b) – indemnizando-o dos prejuízos causados;
c) – usando de caridade, generosidade e paciência para com ele.

Como vês, a Confissão não se deve fazer de ânimo leve ou sem as devidas disposições. Seria abusar da infinita misericórdia de Deus e cometer uma nova falta que poderia ser até um sacrilégio.

No entanto, não é nenhuma complicação.
Basta leres com atenção os parágrafos anteriores, para veres que tudo é claro e simples, desde que haja verdadeiro arrependimento. É mais difícil explicar o que é a Reconciliação e quais as condições de a fazer bem do que fazê-la bem feita.

Texto Padre José Correia da Cunha


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sexta-feira, 2 de outubro de 2009

PE. CORREIA DA CUNHA E O SIM…

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AVISO AFONSO DE ALBUQUERQUE




A MAIOR PROVA DE AMOR: - O SIM. DO ARREPENDIMENTO E DO PERDÃO!




Que seria, de uma sociedade sem arautos da esperança e do amor, como o capelão Padre Correia da Cunha? Esta brochura por si elaborada, estava cheia de emoções e ensinamentos evangélicos. Numa linguagem simples que proporcionava momentos de profunda paz nas celebrações penitenciais com a família da Armada.

Procurava que os marujos se mantivessem bem atentos ao Mundo à sua volta, procurando que o PERDÃO eternizasse o verdadeiro AMOR..


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“DEUS É PAI e está sempre pronto a perdoar, pois se até se fez Homem, na pessoa de Jesus, precisamente para perdoar, para restabelecer o Amor, a Verdade e a Justiça; para que os homens pecadores pudessem ligar-se a Ele de uma maneira viva e, por Ele, com Ele e n’Ele darem ao PAI o abraço da reconciliação e da paz, no Amor do próprio Espírito de Deus!...


Foi Ele, Jesus, Quem carregou com o peso dos nossos pecados, como diz a palavra de Isaías, e se ofereceu como um cordeiro em sacrifício por nós todos.

São Paulo tem uma palavra directa: «Ele amou-te e entregou-se à morte por ti!»
E não é o discípulo Amado, São João Evangelista quem diz: «De tal modo Deus amou o mundo que lhe deu o Seu Filho Unigénito?»

E São João Baptista exclama: «Eis o Cordeiro de DEUS! Eis o que tira os pecados do mundo!»


Todo o Evangelho não é mais do que a História do Perdão Divino, do SIM de Deus que responde ao SIM do Homem que se arrepende.
Vejamo-lo resumidamente…


Jesus declara categoricamente que não veio tanto por causa dos justos como por causa dos pecadores. Ele próprio se compara ao Bom Pastor que vai por toda a parte e se expõe a todos os riscos para encontrar e trazer ao redil a ovelha tresmalhada; e também à mulher que varre a casa toda à procura da moeda perdida…

Era até conhecido como « o homem que acolhe os pecadores, come com eles à mesa chega ao ponto de se hospedar em casa deles»…Os fariseus atrevem-se a dizer que Ele tinha uma especial preferência pelos pecadores. E era verdade. Ou não são da Sua boca estas palavras: «Não são os que gozam de boa saúde que precisam de médico, mas os doentes. Aprendei o que significa esta palavra: Eu quero a misericórdia e não o sacrifício. Porque Eu não vim chamar os justos, mas os pecadores?» E noutras ocasiões: «O Filho do Homem veio, não para perder os homens, mas para salva-los» e ainda: «O Filho do Homem veio salvar o que estava perdido».



Mas não é só a palavra de Jesus, são os seus actos também que traduzem o SIM do perdão.

Quantas vezes, ao restituir a saúde do corpo, não restituía também a da alma?

- «Vai em paz e não tornes a pecar!» «Tem confiança! Os teus pecados te são perdoados!» - São constantes que se encontram a cada passo nos Evangelhos.


Lembremos apenas alguns episódios em que a misericórdia Divina escuta com amor o SIM do arrependimento.


- Certo dia, trazem-lhe um paralítico e pedem-lhe que o cure. E Jesus diz: «Tem confiança! Os teus pecados te são perdoados!». Ouvem-se protestos: - Quem, senão Deus, tem o poder de perdoar os pecados?


E o Divino Mestre apenas diz: - «Que é mais fácil? Dizer a este homem: - Levanta-te e anda! Ou dizer-lhe: - Os teus pecados te são perdoados!? Pois para que o Filho do Homem tem o poder de perdoar os pecados…


- Levanta-te! Pega no teu catre e anda! (disse ao paralítico)».


- De outra vez, é Zaqueu, publicamente conhecido como pecador. Este homem arde em desejos de ver Jesus. Como é baixo de estatura, sobe a um sicómoro. O Mestre vê-o e diz-lhe que desça depressa, corra para casa, porque Ele, Jesus, quer ir lá fazer-lhe uma visita.


Depois…Zaqueu confessa-se pecador arrependido, diz o SIM, e logo o Senhor lhe responde: «Hoje entrou a salvação nesta casa!»
Era o perdão.


- Noutra ocasião … - «Aqui está uma mulher apanhada em flagrante adultério!» gritam os fariseus. A Lei mandava que a mulher adúltera fosse apedrejada. Os doutores da Lei julgam ter armado uma emboscada infalível à bondade de Jesus e aguardam ansiosos a sua sentença. Esquecem-se de que o Amor de Deus acolhe sempre o SIM do arrependimento.


Jesus apenas lhe diz, a fariseus e doutores: «Aquele que estiver sem pecado atire a primeira pedra!» e pôs-se a escrever no chão…


Todos se retiraram cabisbaixos. Ficou só a pecadora, dizendo com suas lágrimas o SIM do arrependimento, e Jesus pronto a perdoar: - «Mulher, que é feito dos teus acusadores?» Ela nem teve coragem de responder.


- «Ninguém te condenou? Pois também eu te não condeno. Vai em paz e não tornes a pecar!»

- Noutra altura, estava Jesus à mesa de Simão quando aparece uma mulher de todos conhecidos como pecadora publica. Decidida a dizer o SIM do seu arrependimento, olhos rasos de água, traz nas mãos rico vaso de alabastro cheio de perfume requintado e muito caro. É Maria de Magdala – a Madalena.


Todos os olhos se fixam nela. Só Jesus parece não ter dado por nada. Eis senão quando, a pecadora se lança aos pés do Mestre, quebra o vaso precioso, lava-lhe os pés com as próprias lágrimas misturadas ao perfume, enxuga-lhes com os seus cabelos: Estátua viva do SIM do arrependimento sincero.


A mulher sai. E as últimas palavras do Senhor ficam ainda a ecoar na sala e nas consciências de todos: - «Vai em paz e não tornes a pecar!»


- Na noite da Paixão, Pedro, o que tinha sido escolhido para chefe de todos, nega e renega o Divino Mestre à voz de uma criada e de outros serviçais de Caifás. Jesus passa, preso, escarnecido e maltratado. Basta uma troca de olhares … E Pedro sai a chorar amargamente. É o SIM do arrependimento!


Mais tarde, quando o Senhor lhe pergunta se O ama, Pedro balbucia com a voz e com as lágrimas do mesmo SIM. - «Oh Senhor! Tu sabes que te amo!»


Naquela tarde, da crucificação…Os algozes acabam de o pregar na cruz. Levantam o madeiro infamante, fixam-no no buraco aberto de ante mão. E mal está terminado aquele trabalho, Jesus, suspenso entre o Céu e terra, traduz o SIM da aceitação, do Amor e do Perdão, não só pela atitude, mas até pela palavra: «Pai, perdoai-lhes, que não sabem o que fazem!»


- Nesta mesma ocasião, um dos ladrões, que com Ele tinham sido crucificados, reconhece a sua inocência, confessa as suas culpas e profere o SIM do arrependimento: - Senhor, lembra-te de mim!...


Logo Jesus lhe responde com o SIM do Seu perdão: Hoje mesmo estarás comigo no Paraíso!»


Assim é o Coração do PAI.
Irmão, ainda hesitas?


Para que tu pudesses correr ao Seu encontro a lançar-te nos Seus braços, é que Jesus deu aos Apóstolos, e por eles aos seus sucessores, o divino poder de perdoar pecados.


Já leste essas palavras com que Deus responde com o SIM da Sua misericórdia ao SIM do teu arrependimento. Mas não será demais repeti-las para que não esqueças o Seu amor, por ti. Ei-las:




«RECEBEI O ESPÍRITO SANTO. AQUELES A QUEM VÓS PERDOARDES OS PECADOS, FICAR-LHES-ÃO PERDOADOS; AQUELES A QUEM OS RETIVERDES, FICARÃO RETIDOS!»"













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