domingo, 26 de abril de 2015

LANÇAMENTO DO LIVRO – CORREIA DA CUNHA/MESTRE DE VIDA «O MARINHEIRO»












«… UMA PERSONALIDADE QUE NÃO SE 

ESQUECE!»

Marques da Silva



As portas do Mercado e Messe dos Oficiais do Exército de Santa Clara abriram-se, de par em par, para acolher uma imensa família de Oficiais da Marinha, que tiveram elevadas funções de comando e que se mantêm ainda hoje ligados a uma profunda amizade nascida na época em que Correia da Cunha – Mestre de Vida exercia as funções de Capelão da Armada (1943-1961).



Na data de 2 de Abril de 2015, em que passaram 38 anos da morte do Padre José Correia da Cunha, uma pequena multidão constituída de tão ilustres personalidades das mais diversas áreas, políticas, militares, universitárias, sociais… e muitos amigos do Grupo de Jovens OBJECTIVO reuniram-se num evento de Homenagem a CORREIA DA CUNHA, que teve uma vida coerente de fé e de fraterna amizade. Orgulho-me de através do lançamento do meu LIVRO: MESTRE DE VIDA (Padre-Marinheiro e Poeta) tornar mais conhecida a figura deste erudito líder eclesiástico às novas gerações. Exorto todos a lerem esta obra sobre o Padre Correia da Cunha.







Para este Comandante da NRP Sirius, a amizade deve ser uma alegria gratuita como a que oferece a arte e a vida dos grandes Homens, como o Capelão Correia da Cunha. Ele sempre referia que a Amizade não se busca, não se sonha, não se deseja, ela exerce-se é uma virtude.


É com muita alegria e emoção que transcrevo o rico texto da autoria do Eng.º Marques da Silva. Trata-se de um testemunho de um homem com uma grande alma e um enorme e generoso coração e que respondeu ao meu convite (já estava convocado pelo seu grande amigo capelão), que surgiu de um encontro casual para lhe comunicar apenas que seria o mensageiro dos valores e património que acumulou no seu convívio, de muitos anos com o Grande Mestre de Vida, onde imperou sempre um grande afecto, um enorme respeito e uma perene amizade.


Deliciei-me com a leitura desta comunicação e espero que possam adquirir o Livro CORREIA DA CUNHA – MESTRE DE VIDA para descobrirem ainda mais sobre este Capelão solidário e que foi um Hino à AMIZADE.

Eng o MANUEL JOSÉ MARQUES DA SILVA




Para este Comandante da NRP Sirius, a amizade deve ser uma alegria gratuita como a que oferece a arte e a vida dos grandes Homens, como o Capelão Correia da Cunha. Ele sempre referia que a Amizade não se busca, não se sonha, não se deseja, ela exerce-se é uma virtude.



É com muita alegria e emoção que transcrevo o rico texto da autoria do Eng.º Marques da Silva. Trata-se de um testemunho de um homem com uma grande alma e um enorme e generoso coração e que respondeu ao meu convite (já estava convocado pelo seu grande amigo capelão), que surgiu de um encontro casual para lhe comunicar apenas que seria o mensageiro dos valores e património que acumulou no seu convívio, de muitos anos com o Grande Mestre de Vida, onde imperou sempre um grande afecto, um enorme respeito e uma perene amizade.


Deliciei-me com a leitura desta comunicação e espero que possam adquirir o Livro CORREIA DA CUNHA – MESTRE DE VIDA para descobrirem ainda mais sobre este Capelão solidário e que foi um Hino à AMIZADE.






Caríssimos e Distintos Membros da Mesa e Convidados ao Lançamento do Livro CORREIA DA CUNHA – MESTRE DE VIDA (Padre-Marinheiro-Poeta) da autoria de João Paulo Dias


Hesitei e reflecti muito antes de aceitar o amabilíssimo convite para participar, com uma curta intervenção, no lançamento deste livro e obra do João Paulo Dias.

Conheci o autor João Paulo Dias há uns bons anos atrás, quando ambos navegávamos nas mesmas águas da electrotecnia. Deixei de o ver e, passado todo este tempo, foi pela mão de um amigo comum, meu camarada de curso da Escola Naval (Eugénio Duarte Ramos) que por coincidência, nos voltámos a encontrar.


Apercebi-me que para o João Paulo Dias não se tratou de uma mera coincidência mas sim o resultado de uma palavra de recomendação e de conselho que terá recebido do Capelão Correia da Cunha. A sua crença e a sua fé, que respeito, ultrapassam o que a mim me leva a designar estes pequenos factos como coincidências humanas, aleatórias, referências, enfim, de quem não consegue ver para além do horizonte finito que o rodeia.


Mas aceitei o desafio por três razões essenciais: a primeira, pela simpatia e genuinidade do convite do autor; a segunda, pelo respeito à memória que conservo de um período de convívio na Marinha com o Capelão Correia da Cunha; e finalmente pelo meu convencimento de que muito iria aprender sobre a vida deste Homem-Padre, com quem me relacionei num trajecto muito singular.







Aqui estou, pois. Não me arrependi. E não sendo, nem de longe, o prelector mais competente ou recomendado para relembrar o Capelão Correia da Cunha no nosso trajecto comum na Marinha, facto de que, estou certo, todos me perdoarão, vim a verificar após a consulta em primeira mão do livro do João Paulo Dias, que o pressentimento era completamente razoável.


E pouco sabia da vida do Capelão Correia da Cunha. O que o autor conseguiu investigar, reunir e contextualizar ao longo dos últimos seis anos da sua vida é um trabalho que merece, de todos nós, uma enorme palavra de louvor.


Só alguém como ele, que conheceu desde tenra idade o Padre Correia da Cunha e o acompanhou praticamente toda a vida, teria a capacidade e a sabedoria para deitar mãos a esta obra. E fê-lo com seriedade, com paixão por um sacerdote de quem foi muito amigo e que lhe costumava dizer (a ele e a muitos dos seus fiéis) que «não gostava de homens pequenos. Os homens têm que ser grandes». E o João Paulo, num momento difícil e de desânimo da sua vida, olhando para um retracto do seu amigo sacerdote ouviu-o pronunciar essa frase lapidar.


Sentiu-se útil, de novo, a sua família ajudou-o e, ao fim de seis anos de trabalho intenso, confronta-nos com esta obra arrepiante de realismo e de incontornável rigor.


Conheceu muito bem o Padre Correia da Cunha, as facetas da sua imensa vida e foi capaz de, com subtilezas, reparti-la em capítulos. O que faz deste livro não um simples documento alegórico ou reconstitutivo mas, sim, uma obra sobre um clérigo que soube ser um Homem à frente da sua época. Como, no fundo, todos nós desejamos.


O mundo em que vivemos exige, cada vez mais, este tipo de pessoas, frontais, solidárias, amigas, tolerantes, inteligentes, cultas, que saibam apaixonar-se e que nos levem, a todos, a apaixonarmo-nos pelo BOM e pelo BELO.







Foi essa, talvez com muita antecipação para o seu tempo, a vida do Capelão Correia da Cunha que o autor tão bem transmite nas páginas densas desta obra que se lê sem interrupção e, para quem guarda do retracto uma imagem ainda que parcial da vida, o revê e o relembra em todo o seu realismo.

Deixem-me dizer-vos, antes de vos retirar alguns pormenores do meu encontro na vida com o Padre Correia da Cunha, que ele faz parte de um pequeno grupo de sacerdotes com quem tive o privilégio de me relacionar, por diferentes razões, ao longo da vida e deles guardar excelentes recordações.


Sempre fui, em termos de fé, um homem de dúvidas e, talvez por isso, pela fraqueza com que o dizia, esses sacerdotes me tivessem dedicado algum do seu tempo.


E digo-vos resumidamente. Relembro o Padre Queiroz que nos assistiu durante todo o curso no Liceu Passos Manuel, o Capelão Militar António dos Reis Rodrigues, na minha passagem pelo Curso Preparatório Militar na Amadora, com quem não convivi mas que nos surpreendia, na idade ingrata do 18/19 anos, com o seu discurso brilhante ao discutir os temas sociais mais difíceis que se põem à juventude e que envolviam os menos ou mais tocados pela fé. Depois, na Escola Naval, os Capelães João Cabeçadas (que me casou e a um dos meus filhos) por ser familiar próximo da minha Mulher, e João Perestrello de Vasconcelos com quem andei embarcado e que, durante toda a sua vida, foi grande amigo do Capelão Correia da Cunha.


Faço estas referências não por razões de natureza curricular ( facto que poderia não abonar as diligências por eles efectuadas) mas por terem ficado como balizas ou marcas de água daquilo que, ao longo da minha vida, vim a decidir e a praticar.


 O Padre Correia da Cunha nasceu em Lisboa a 24 de Setembro de 1917 e foi admitido como Capelão ao Serviço da Armada Portuguesa em 23 de Janeiro de 1943, até Outubro de 1961. Veio a falecer a 2 de Abril de 1977.



Constituiu, com colaboração do Capelão João Perestrello de Vasconcelos, a Associação dos Marinheiros Católicos, através a qual teve oportunidades de apoiar muitos dos militares da Armada com quem se cruzou ao longo dos anos.


Encontrei-me, e todo o meu curso Duarte de Almeida da Escola Naval, com o Capelão Correia da Cunha na nossa viagem de guardas-marinhas, em 1958, a bordo da NE Sagres, durante a regata Brest- Las Palmas.


O nosso curso tinha iniciado a sua viagem de guardas-marinhas em Lisboa, a bordo de duas fragatas: o Nuno Tristão e a NRP Diogo Gomes. Pelo facto de já termos participado na regata anterior de Grandes Veleiros, em 1956, fomos de novo transferidos para a NE-SAGRES, também para participar nas provas desportivas em terra, que precediam a largada para a regata, onde, em diversas disciplinas desportivas (vela, remo, natação) conseguíamos resultados interessantes em confronto com guarnições dos outros veleiros.
Foi, portanto, em Brest, que embarcados na Sagres, passámos a conviver com a nova guarnição de oficiais, sob o comando do Capitão – Tenente António Tengarrinha Pires e tendo, como imediato, o 1º Tenente Henrique Afonso da Silva Horta.








O capelão Correia da Cunha tinha, portanto, na altura, 41 anos e viveu com grande entusiasmo a espantosa aventura da regata em que todos nos vimos envolvidos.


A nossa condição de alunos em viagem de instrução não nos permitia conviver mais intimamente com a oficialidade, para além dos trabalhos de navegação a que estávamos obrigados ou de circunstanciais deslocações a terra, em que o convívio era mais desinibido.


Nessa viagem, o Capelão Correia da Cunha encontrou-se com o seu amigo também Capelão, Perestrello de Vasconcelos, que tinha vindo embarcado na fragata NRP Nuno Tristão e com quem teve oportunidade de visitar alguns locais da Bretanha.


A regata, para além de uma experiência náutica inesquecível, foi um marco muito relevante para a Armada Portuguesa pelo facto de a Sagres ter ganho a regata na sua classe de veleiros. A experiência não podia ter sido mais aliciante e marcante para todos os que nela participamos. O autor relata muito bem, neste livro, as emoções e descrições do Capelão Correia da Cunha.


Voltei a encontrar-me com ele nos finais de 1959 quando, regressado de uma comissão de serviço nos Açores, fui destacado, como oficial, para a guarnição da NE Sagres. Nela funcionava a Escola de Marinharia da Armada e tive, durante todo o ano de 1960 e grande parte de 1961, oportunidade de conviver com o Capelão Correia da Cunha. As nossas conversas eram longas e variadas e foi, nessa época, que me apercebi das qualidades do Homem Correia da Cunha. Era, na realidade, um homem inteligente, com argumentos a favor ou contraditórios nas nossas discussões, sempre de grande agudeza e de grande bondade.



Encontrando-se a NE Sagres muitas vezes atracada ao cais em Xabregas, quando ficava de serviço, convidava, por vezes, a minha namorada da altura para ir jantar a bordo. Aí, o nosso capelão dizia-me, às vezes, que jantava connosco para nos “proteger” mas, na realidade, nunca tal aconteceu para não nos perturbar. Mas ficava satisfeito por saber que a minha namorada ia sempre acompanhada por um familiar. O capelão ficava mais descansado. Bom, e deve ter dado resultado, porque essa namorada está aqui presente e ainda é a minha Mulher.


Fizemos viagens de instrução de Cursos da Escola Naval a seguir ao meu e tivemos, também aí, oportunidade de falar durante os quartos nocturnos.


Nos finais de 1960 disse-lhe que ia casar em Janeiro de 1961. Ficou satisfeitíssimo e convidou-me, a mim e à minha noiva, a irmos visitá-lo a São Vicente de Fora, onde era Pároco, para combinar a prenda que nos queria oferecer.


Assim fizemos. Uma longa visita, uma longa e amável conversa e a concretização de uma belíssima prenda. Conservamo-la ainda hoje.

Em Outubro/Novembro de 1961 fui destacado para a India onde vivi os incidentes da invasão de Goa, a 18 de Dezembro. Foram muitas as peripécias que me acompanharam na vida a partir daí. (1)

Não voltei a ver o Padre Correia da Cunha até saber, pelos meus camaradas de curso e pelas notícias de jornal, da sua morte no dia 2 de Abril de 1977.


Como verificam, o meu testemunho é indiscutivelmente curto e incompleto. Mas, em minha opinião, suficientemente marcante para me recordar do espírito de um Homem solidário, atento, frontal na sua FÉ, desafiante nos seus princípios. Uma personalidade que não se esquece.

Uma faceta de que sempre me tinha apercebido mas que vim agora, com esta obra, a ajuizar com mais desenvolvimento, foi a sua intensa ligação à cultura. E isso não é de menos no espírito de um Homem livre. Grupos de canto e de música, em associações populares da sua paróquia, são bem o testemunho do seu espírito evangélico e ecuménico. A sua luta de tantos anos para a recuperação do órgão de São Vicente. Construído em 1765 e posto de novo a funcionar nos anos 60 do século passado espelha bem como a cultura pode mobilizar os espíritos e divulgar ensinamentos. No dia 14 de Setembro de 2013, como se relata no livro, o organista convidado Robert Descombes executou um inesquecível concerto de homenagem à memória do seu grande amigo Padre Correia da Cunha que, em vida havia possibilitado a recuperação da peça que é actualmente, um ex-libris da majestosa Igreja de São Vicente de Fora.


Tudo isto me levou a apreciar, de forma muito especial, todos os contos, as histórias as descrições incluídas, sobre Correia da Cunha, no livro de João Paulo Dias.

O pouquíssimo que eu sabia completou-se com o imenso que fiquei a conhecer depois de ter esta obra que, por muito que o Autor se esforçasse, não conseguiria decifrar, neste testemunho tão valioso, o enigma místico e extensíssimo da vida de um Homem que foi sacerdote de uma fé e que tão bem soube transmiti-la a todos que o conheceram.


O Autor cumpriu, portanto, a recomendação antiga do Padre Correia da Cunha de que os «HOMENS DEVEM SER GRANDES».


Parabéns ao autor e a todos os que ajudaram neste portentoso trabalho.


Manuel José Marques da Silva

2. IV.2015

(1) – Recomendo a todos a leitura do livro: A ÚLTIMA HISTÓRIA DE GOA da autoria do Eng.º Marques da Silva. Um testemunho vivido na primeira pessoa sobre as experiências e angústias sofridas em 18 de Dezembro de 1961. É uma verdadeira lição de dignidade. Só poderíamos esperar esta sua posição ética, cívica e de insuperável amor pela liberdade. 































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quarta-feira, 22 de abril de 2015

LANÇAMENTO DO LIVRO- CORREIA DA CUNHA/MESTRE DE VIDA «O PINTOR»














«QUE A TELA SE FAZ SONHO QUANDO A 

COLORA O PINTOR COM DEVOTAS 

MÃOS…»

Pe. Correia da Cunha





Reunimo-nos no passado dia 2 de Abril, para participar num evento muito especial, o lançamento do Livro: CORREIA DA CUNHA – MESTRE DE VIDA (Padre-Marinheiro-Poeta), mas também para prestarmos uma justa homenagem a um clérigo que deixou marcas na Armada Portuguesa e na Comunidade Paroquial de São Vicente de Fora, pelas suas excepcionais qualidades.

O título do livro por mim escolhido tem tudo a ver com a pessoa que por ele é homenageada.

Foi com grande alegria que todos acolhemos a prelecção de Rui Aço.

Não posso deixar de mencionar que Rui Sequeira Aço é o autor do quadro da contra capa do Livro. Ele quis por vontade própria fazer o retracto do seu amigo e realizou-o com muita maestria, arte e talento. Um quadro que nos mostra um padre jovem que nos envolve num grande, longo e fraterno abraço, expresso nas asas do corvo Vicente. É um abraço com a plenitude do Amor Universal. Tendo tido familiaridade com o retractado apresenta-o com um rosto lúcido e tranquilo. Os seus singulares traços perenizam o jeito amoroso e distinto deste Mestre, rememorando os espaços a que esteve ligado: a sua Sagres (Marinha), a sua Paróquia (do Padroeiro), a sua Cidade (Lisboa) e os seus Jovens (representados no símbolo do Objectivo) …

O quadro carrega uma serie de noções, conceitos, ideias e ideais sobre os predicados deste Mestre de Vida: generoso em dividir sabedoria, corajoso para trilhar novos caminhos, atento, tolerante e sábio.


PINTOR RUI AÇO



RUI AÇO foi simples e sincero a encantar-nos com um brilhante testemunho que traduz bem os sentimentos 
que sempre nutriu por este clérigo. Transcrevo aqui a sua mensagem:

" O meu Amigo Padre José Correia da Cunha comigo falava das Artes e dos Artistas. Dos mitos e das magias. Com ele discutia acaloradamente o poder arrebatador das Religiões... e em particular o potenciar da Cultura Ocidental, dos seus valores espirituais e da praxis. Falávamos da Razão.

Um dia disse-me que eu tinha de o ajudar na sua Paróquia. Foi assim que ajudei a fazer a história do Grupo de Jovens OBJECTIVO e do Agrupamento de Escoteiros de São Vicente de Fora. Foi aí que aprendi a praticar o dar sem espera de recompensa. O meu Amigo Padre José Correia da Cunha foi o conselheiro dos ajustamentos na busca do Ser e no tempo de decidir-me no homem que sou" 

Rui Aço




Este livro é uma homenagem ao Mestre de Vida – Correia da Cunha. Com ele pretendo levar ao conhecimento dos meus amigos e dos muitos amigos do Padre José Correia da Cunha uma obra onde é revelado o gosto pela vida e culto da amizade que este grande homem exercitou ao longo da sua vida.

Sempre falou de um modo elegantemente descomplicado, especialmente em temas que eram para muitos inacessíveis. A sua empolgação por falar era nata. Com este livro gostaria de registar para sempre a relevante contribuição que o Padre Correia da Cunha nos ofereceu como legado: a amizade que ele devotou aos seus marinheiros e paroquianos de São Vicente de Fora.










Comunico que poderão adquirir este Livro através do meu email: joaopaulo.costadias@gmail.com. No meu escritório em Alvalade (Rua Teixeira de Pascoais, 17 B) onde com imenso prazer escreverei uma dedicatória.

Na Igreja do Mosteiro de São Vicente de Fora 

























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segunda-feira, 6 de abril de 2015

LANÇAMENTO DO LIVRO – CORREIA DA CUNHA / MESTRE DE VIDA















 «A MISSÃO DA IGREJA: CRISTIANIZAR TUDO O QUE NASCE PAGÃO, A COMEÇAR POR NÓS…»

Pe. Correia da Cunha






Realizou-se no passado dia 2 de Abril, nas instalações do Mercado de Santa Clara e Messe dos Oficiais do Exército, o lançamento do LIVRO:
CORREIA DA CUNHA – MESTRE DE VIDA (Padre, Marinheiro e Poeta)
que contou com a presença de muitos amigos que emotivamente não deixavam de enfatizar à autenticidade desta grande figura da Igreja.



Trata-se de um livro de HOMENAGEM ao Padre Correia da Cunha, como um grande amigo de todos os seus semelhantes e principalmente dos seus marujos e jovens da Paróquia de São Vicente de Fora.

Publico aqui o texto da minha apresentação, onde procuro assinalar que este homem simples, e que nos habituámos a ver na sua modéstia, deve continuar a ser lembrado.
A sua memória prestará a todos os que tiveram o privilégio de com ele conviver um excelente contributo para a nossa formação humana e cristã 

« Continuemos a ser amigos uns dos outros...» Foi a grande lição de vida deste Grande Mestre de Vida.











Bem-vindos!


Em meu nome pessoal e da Althum.com, só me resta agradecer de toda a alma e coração, a vossa amável presença. Muito Obrigado!

Estou certo, que vieram mais que prestigiar um modesto livro da minha autoria, o fizeram para manifestar e exprimirem o vosso tributo nesta Homenagem a um Grande Mestre de Vida, que possuía um tão rico perfil na vida sacerdotal e tão humano. E que muitos de nós tivemos o privilégio de nos termos atravessado na sua vida…


Vamos aos agradecimentos que me cumprem fazer gostosamente:




1º - À Gerência da Messe dos Oficiais do Exército de Santa Clara na pessoa do Senhor Capitão Pires e do Sargento-chefe Henriques, que desde a primeira hora nos abriu as suas portas e se quis associar a esta Homenagem ao seu antigo Capelão. O Padre Correia da Cunha serviu essa centenária instituição com a maior dedicação e lealdade.


2º - À Presidente da Junta de Freguesia de São Vicente Dr.ª. Natalina Tavares Moura sua disponibilidade em colaborar nesta iniciativa. Para a Junta de Freguesia vai a nossa profunda gratidão. Realço aqui o excelente trabalho realizado pelos Drs. Afonso Dias e Nuno Rico pelo bom êxito deste evento.  







3º - É preciso agradecer também à Dr.ª Maria Proença, presidente da Associação Artes Culinárias pela sua extrema sensibilidade para com esta Homenagem ao grande MESTRE DE VIDA, cedendo-nos este belo espaço em que nos encontramos.







Foi há 38 anos, no dia 2 de Abril de 1977, num domingo de Ramos que entregamos à terra o corpo de um amigo, no cemitério do Alto de São João.


Domingo de Ramos é um dia de júbilo, aclamação e exaltação pela entrada triunfal de Jesus Cristo na cidade de Jerusalém. O povo estendia as capas pela rua e aclamava-o: Hosana, Hosana, Hosana! Seguramente os anjos também o aclamaram em júbilo e o levaram à presença do Pai.


Hoje, dia 2 de Abril do ano de 2015, numa Quinta-feira que celebramos o dia do testamento de amor e da memória (fazei isto em memória de mim), também nós aqui reunidos queremos trazer à memória um homem que viveu toda a vida ao serviço dos irmãos, transbordando sobre nós a sua imensa sabedoria… Poderei dizer numas breves palavras: Padre Correia da Cunha ensinou-nos a arte de pensar e do conhecimento…

Cumprida esta liturgia. Vamos ao LIVRO



Como nasceu esta aventura de Homenagear este grande HOMEM que foi um grande amigo, que considero para mim um segundo pai? Direi mesmo, que eu fui para ele um segundo filho. Nunca ousei ocupar o primeiro, pois esse estava indelevelmente gravado no mais íntimo e profundo do seu coração.


No ano de 2008 desempenhava as funções de Director de Vendas num departamento de uma conceituada multinacional especialista no domínio da energia eléctrica. A crise financeira surgida no ano de 2007 e aumentada com a crise das dívidas dos estados, no ano de 2008, levou a que a empresa se reorganizasse com a fusão e migração das suas 130 marcas. Este processo levou a que muitos colaboradores fossem convidados a negociar acordos de despedimento por mútuo acordo. Quero aqui referir que este procedimento foi realizado para comigo com o máximo respeito e dignidade. Tendo-me sido atribuídos todos direitos que a lei do trabalho há época prescrevia. O meu primeiro mês no desemprego foi entendido com um período de férias. O segundo mês já me pareceu que eram férias demasiadamente longas. E ao terceiro mês começo a sentir como o desemprego afecta a dignidade da pessoa humana. O homem foi criado para cooperar na obra do universo e ser útil à comunidade dos homens. São momentos duros. Num triste dia e após a refeição do almoço, sentei-me na minha sala, atribulado e acabrunhado para saborear o prazer de um cigarro e de um bom whisky, quando sou atraído pela foto do Padre Correia da Cunha com o seu corvo Vicente ao ombro que conservo religiosamente em lugar de destaque sobre um móvel. Foto que é capa do livro que hoje lançamos aqui. Penso convictamente que ouvi o Padre Correia da Cunha dizer:

- Oh rapaz! Oh seu papalvo foi isso que te ensinei? Estares para aí a pensar que és um inútil? Não achas que chegou o momento de me fazeres uma Homenagem, pela nossa amizade e por tudo o que transmiti e ensinei? Lembrei-me então de uma das suas frases: Não quero que sejais homens pequeninos. O Padre Correia da Cunha fazia tudo para que fossemos Grandes Homens!

Mas perguntei-me: O Padre Correia Cunha estará com os copos? Só uma grande bebedeira o poderia levar a pedir tal coisa. UMA HOMENAGEM. Ele que não gostava nada dessas coisas. Foi condecorado várias vezes mas nunca falava disso, tão pouco as usava. A sua modéstia não o permitia e havia coisas, para ele, mais importantes na vida.


É verdade esta sua ordenação não me saiu do pensamento durante aquela tarde. No final do dia, quando chegou a casa a minha filha mais velha Ana Cristina – Engª Química e mais expedita para estas coisas da internet, perguntei-lhe se era possível criar um blogue para mim. A que ela me perguntou, para que eu queria um blogue?

Quero um blogue para Homenagear um grande amigo do Coração. Quem? O PADRE CORREIA DA CUNHA.

Depois da refeição do jantar lá nos sentámos os dois em frente ao computador para criar o Blogue PADRE JOSÉ CORREIA DA CUNHA. Para foto do perfil utilizei uma velha foto do Mosteiro e Igreja de São Vicente a que adicionei duas datas: 1917 e 1977 (nascimento e morte).

A fotografia do porta-retratos que se situa na minha sala foi digitalizada para ser utilizada no primeiro post do novo blogue: JUSTA HOMENAGEM A UM GRANDE EDUCADOR.

Passados uns dias fui convidado por um antigo cliente e amigo para um almoço. A primeira pergunta sacramental foi: João Paulo que tens feito? Tendo respondido sem hesitação: Criei um blogue e estou a fazer uma Homenagem a um grande Mestre: O PADRE JOSÉ CORREIA DA CUNHA.    Estou a escrever e a investigar a sua vida, o que me ocupa imenso tempo. Nem me resta tempo para visitar os amigos/clientes. Estou a trabalhar cerca de 12 horas por dia nesta missão.
Entreviu de com grande espontaneidade: Porra! O sacana do Padre mesmo depois de morto é muito teu amigo.

Não dei importância de imediato. Mas quando regressava a casa no conforto do automóvel, reflecti sobre aquela frase. Realmente dava-me conta que a partir do momento que o Padre Correia da Cunha me “exigia” uma Homenagem, nunca mais dei conta que estava no desemprego. Passado um mês estava abraçar um novo projecto profissional numa empresa alemã. E no final desse ano fui convidado para representar, em Portugal, uma empresa de origem Sueca.




Mário Jorge,Melo e Faro, Vítor Soares, Rogério Simões, João Paulo e Manuel José


 A primeira pessoa a quem falei desta iniciativa no dia seguinte à sua criação foi ao meu bom amigo POETA – ROGÉRIO MARTINS SIMÕES que possuía um blogue da sua autoria e onde colocava os seus poemas de AMOR E DOR. Teve da sua parte um excelente acolhimento e manifestou desde logo a sua total disponibilidade para contribuir nesta merecida Homenagem. A sua saúde traiu-lhe este seu imenso desejo. 

Contudo, nunca deixou de colaborar de acordo com as suas possibilidades. A minha profunda gratidão e amizade ao Rogério Martins Simões. 




Diácono Jorge Campos usando da palavra

Lancei-me nesta aventura sem possuir nada sobre a longa biografia do Padre Correia da Cunha. Lembrei-me de entrar em contacto com o Patriarcado de Lisboa. Recorri então ao meu educando da Catequese, JORGE CABANELAS CAMPOS, hoje diácono permanente, para junto dos arquivos da diocese, encontrar documentação referente a este presbítero. Ao fim de uma semana tinha em meu poder elementos importantes sobre as actividades exercidas pelo Padre CORREIA DA CUNHA ao serviço da Diocese de Lisboa. O meu mais vivo obrigado ao Diacono Jorge Campos por este seu contributo.


Recordo desde sempre que o Padre Correia da Cunha tinha sido Capelão da Armada. É curioso que quando refiro que o Padre Correia da Cunha foi Capelão da Marinha, sou logo corrigido: Não! Foi capelão da Sagres… Hoje compreendo, pelos testemunhos que me chegaram que o Capelão Correia da Cunha efectuou 4 ou 5 viagens neste Navio Escola e que o marcaram para sempre na sua vida de marujo. Dirigi-me então à prestigiada Revista da Armada solicitando elementos sobre este Capelão que tão honrosamente cumpriu a sua missão ao serviço da esplendorosa Marinha de Portugal. O seu director o Exmº Sr. ALMIRANTE ROQUE MARTINS de imediato de fez chegar fotos de um Padre Marinheiro e de um ilustre Oficial da Marinha e mais tarde transcrições das Ordens de Serviço da Marinha, onde é mencionado o nome do Capelão. Ao Sr. Almirante Roque Martins, aqui presente, vai a expressão do meu muito obrigado.

Só mais tarde na Sociedade Histórica da Independência de Portugal, através do Jorge Campos, venho a conhecer o Comandante EUGÉNIO DUARTE RAMOS – Engº Construção Naval que conhecera o Capelão Correia da Cunha e que se viria a tornar um Cruzado na missão de divulgar junto dos seus antigos camaradas da Armada este blogue de Homenagem, levando-me ao contacto das mais altas patentes da Armada.



Comandante de Mar e Guerra Eugénio Duarte Ramos

Era também naquele Palácio do Largo de São Domingos que se prestavam grande HOMENAGENS a um grande amigo de Padre Correia da Cunha. O Sr. Tenente General Themudo Barata que aqui também evoco e não esqueço nunca a sua máxima: «Uma mão em Deus e uma mão no próximo». Quero aqui também prestar uma Homenagem à grande apostola da Catequese ANITA THEMUDO BARATA é uma memória sempre viva na Comunidade Paroquial de São Vicente de Fora. É uma saudade doce. A Anita merece um forte aplauso de palmas e um profundo agradecimento ao Comandante EUGÉNIO DUARTE RAMOS.

Já decorria o blogue há cerca de um ano quando sou surpreendido com um e-mail assinado por duas pessoas: Fernando e Aníbal Cunha, que gostariam de conhecer o autor, pois seria alguém que esteve profundamente ligado à vida do seu irmão e tio. Ficou marcado um encontro e aí foi-me concedido o acesso ao espólio fotográfico do Padre Correia da Cunha. Foi um enriquecimento extraordinário para o blogue. Nas muitas conversas havidas com ambos sempre surgiam novos documentos e testemunhos. Permita-me Sr. Engº ANÍBAL CUNHA e esposa que expresse aqui publicamente o meu mais sincero agradecimento pelos excelentes contributos para perpetuarmos a memória do ZEZITO.


1ª FILA - DR. MARCOS PERESTRELLO E SUA MÃE E ENG. ANÍBAL CUNHA E ESPOSA


Durante cerca de seis anos que me dedico a esta missão, nunca senti qualquer sacrifício, nem incómodo da parte dos muitos amigos que contactei, como se compreenderá não posso aqui mencioná-los todos. Necessitaria de mais um capítulo no livro para agradecer a todos eles. De todo o coração agradeço-lhes os testemunhos. A todos eles a minha amizade e confiança. Bem hajam.


Em meados de 2014, coloca-se um grande problema. Não é 
possível manter o blogue com a dinâmica desejada. Teria de inventar histórias ou repetir o já editado. Surge então a ideia de editar um livro, com a cooperação da editora Althum.com.

A vida do Padre Correia da Cunha é assente em 4 grandes instituições: O Seminário dos Olivais/Patriarcado de Lisboa, a Armada Portuguesa, a Paroquia de São Vicentebde Fora e por último, a maior, O INSTITUTO DA AMIZADE. Como tantas vezes lhe ouvi dizer:" Quem tem bons amigos é feliz."

Para vos falar do Seminário e do Patriarcado de Lisboa, tinha escolhido o Cónego Dr. Manuel Lourenço, que com os seus oitenta e seis anos segue trabalhando no Tribunal Eclesiástico. Foi como sabemos, 40 anos Chanceler da Cúria Patriarcal. Nasceu em Alfama e conviveu com o Homenageado. Por motivos de missão eclesial, não pode estar presente. Mas o Diácono Jorge Campos irá ler a mensagem que nos enviou.


Para nos falar do Capelão da Marinha Correia da Cunha está connosco o Sr. Engº Marques da Silva. O heróico Comandante da NRP SIRIUS. É um símbolo! Pela crença, bondade, carácter, inteligência e trabalho. Buscou durante longos anos o convívio com o Capelão, hoje aqui homenageado.

O pilar da Paróquia não podia estar mais bem entregue que a um Engenheiro Civil. O Eng.º Carlos Pereira irá deslumbrar-nos pela sua clarividência e espírito enriquecido e pelas suas imensas qualidades.


O Instituto da Amizade está confiado à nossa querida Zélia Nunes em que o seu coração tão cheio de saudades do fraterno convívio com o seu bondoso prior. Estou certo que pelos seus naturais talentos o Padre Correia da Cunha será alguém invisível mas bem presente nesta singela homenagem.

Finalmente falta-me falar dos artistas que com as suas cores mais vivas fizeram primorosas ilustrações da CONTRA CAPA – O PRIOR da autoria do grande pintor RUI AÇO. O MANUEL TAVARES com a ilustração do órgão barroco de São Vicente presente a sua homenagem ao grande amante da boa música. MANUEL JOSÉ COELHO com uma ilustração sobre Lisboa feiticeira que encantou desde pequeno o nosso homenageado.

Termino, mais que o lançamento de um livro, esta cerimónia é uma homenagem a um Grande MESTRE DE VIDA com preito de carinho e de admiração, na data que se comemoram 38 anos da sua morte. É uma homenagem a UM HOMEM QUE PERSONIFICOU O QUE HÁ DE MAIS BELO NO SER HUMANO. Um mestre de vida que foi padre, marinheiro e poeta.Muito obrigado.


Irão ser publicados, em breve, os discursos de todos os oradores presentes na apresentação do Livro “CORREIA DA CUNHA – MESTRE DE VIDA”.




SESSÃO DE AUTÓGRAFOS NO PRÓXIMO SÁBADO DIA 11 DE ABRIL 2015 NA IGREJA DE SÃO VICENTE DE FORA, ONDE O LIVRO ESTARÁ DISPONÍVEL PARA TODOS QUE O DESEJEM ADQUIRIR. Desejarem o livro com um dedicatória poderão contactar-me pelo Telemóvel: 935406264























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