sexta-feira, 2 de abril de 2021

PE. CORREIA DA CUNHA – PASCHA NOSTRUM



A NOSSA PASCOA 
44º ANIVERSÁRIO
2 ABRIL 1977





Em tempo de tríduo pascal, não podia deixar de lembrar com saudade o Padre Correia da Cunha, no dia em que se retirou deste mundo. Foi precisamente há quarenta e quatro anos. (Nas. 26 de Setembro de 1917 e Faleceu 2 de Abril de 1977). Perpetuar a memória dos que pela sua inteligência, cultura foram úteis à comunidade é dever que se impõe.

Dar conhecimento aos presentes e aos vindouros das virtudes e acções que enobreceram os antepassados, para que lhes sirvam de ensinamentos e estímulo, representa benefício para os vivos e justiça para os que já abandonaram esta peregrinação terrena. Foi no dia 2 de Abril do ano de 1977, que o zeloso sacerdote, cujas as palavras de mestre durante anos se afirmaram nos púlpitos da marinhagem e dos vicentinos nos deixou. Ficaram muitos livros de Vida Espiritual.




Hoje, trago a publico um desses livros – PASCHA NOSTRUM – A NOSSA PÁSCOA. É este prestimoso trabalho, uma compendiosa obra que foca a Liturgia Pascal, na vida dos cristãos. Vem na hora própria como o Padre Correia da Cunha o escreve no prólogo: ’’. Nas tuas mãos deponho este livro. Não para o leres com espírito de curiosidade, mas para que, por ele, mais facilmente vivas o mistério central de toda a vida cristã – A PÁSCOA – Foi por isso que lhe dei o nome de PASCHA NOSTRUM.É uma das manifestações da vida da Igreja a que dela dimana como fonte primária e indispensável do verdadeiro espírito cristão: a liturgia. É triste e faz pena… Mas PASCHA MOSTRUM vai-te acompanhar durante estes dias…’’ 

Este livro da autoria do Padre Correia da Cunha foi escrito em linguagem despreocupada que não exclui a elegância da forma e pureza da língua, são conceitos informados por aquele sentido prático e realista que o caracterizaram sempre nos seus escritos litúrgicos, de que deixou imensa obra escrita. O Padre Correia da Cunha foi dos mais esclarecidos espíritos do seu tempo nesta área, considerado um grande latinista e cultor de humanidades. Este valioso livro que conservo em meu poder, representa incalculável valor. Escrito por um homem dotado de uma aguda inteligência e insaciável vontade de saber. Recordo que no cerimonial das suas exéquias ocorridas no Domingo de Ramos de 1977, o seu bom amigo Padre Moreira das Neves teve-o com cerimoniário de toda a celebração.

No espólio da Paróquia de São Vicente de Fora, devem estar sabe Deus, em que estado, imensa obra e manuscritos da autoria deste sacerdote, não seria difícil encontrar preciosidades que deveriam conhecer a luz do dia. A sua alma de rara delicadeza e fina sensibilidade, depurada nas suas persistentes maleitas, vibram nestas obras tão cheias de ternura e amizade.
















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