sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

NATAL 2014















Adeste, fideles, laeti triumphantes;
Venite, venite in Bethlehem.
Natum videte Regem angelorum.



Publicamos hoje, este poema de Natal da autoria do Padre José Correia da Cunha. É um sublime tesouro que nos deixou. Não podemos ficar indiferentes!

 O Mundo não pode ficar igual. A incarnação do Verbo é o momento em que deixa de haver separação entre DEUS e o Homem, em que Deus, fazendo-se carne, assume a plenitude da criação. Pela incarnação, DEUS pode saber como é ser-se humano e a criação experimenta a presença à sua medida do próprio criador.

Esta oferta caritativa absoluta do Amor de Deus, é passível de ser aceite ou recusada. Como referia o Padre Correia da Cunha: " A Santa Liberdade dos filhos de Deus não nos obriga a aceitar a sermos amados por DEUS".

O que o Menino cuja incarnação se celebra no Natal, que só foi possível graças à liberdade de escolha de Maria, que decidiu dar o seu sim. Com esta sua decisão veio trazer ao Mundo a possibilidade da aproximação do Homem ao seu Criador.  Até à incarnação do VERBO, o ser Humano era de carne humana, mas após a incarnação do VERBO, o ser Humano passa a ser a carne de DEUS, pois DEUS acabou de assumir a carne humana, para passar a ser Divina. Algo que se esquece, mas que é fundamental. Desde que Jesus Cristo (Deus Connosco) é carne que a carne é Divina, participando nós, seres humanos da Divina carne.

Ao contemplarmos o Menino, absolutamente frágil, mas todo-poderoso como dom absoluto da caridade Divina, pensemos em como fazer da nossa carne a sua carne, em como transformar cada um dos nossos actos na carne do bem da caridade, sempre frágil, mas toda-poderosa de cada vez que coloca bem na continuidade da Criação. 

Lembremos que, sendo assim, não há como pecar. A caridade é a impossibilidade do pecado. Onde há caridade ai habita Deus e não poderá habitar o pecado. 
Como lembrava o Padre Correia da Cunha:

« NATAL É A CARIDADE E A CARIDADE É O NATAL, NÃO APENAS O NATAL DE JESUS, MAS O NOSSO NATAL...»


SANTO NATAL!







NATAL

Do varão nasceu a vara,
da vara nasceu a flor,
Da flor nasceu Maria,
De Maria o Redentor.

Foi nascer em uma gruta
O grande REI das nações,
Para render a frieza
Destes nossos corações.

Pastorinhos do deserto,
Correi todos a Belem
Adorar o Deus Menino
Nos braços da Virgem Mãe,

Pastorinhos do deserto,
Correi todos, ide ver
A pobreza da lapinha
Onde Cristo quis nascer.

Vinde, correi ó mortais,
Vinde os corações lhe dar;
Vinde, rendidos de amor,
Vinde a Jesus adorar

Ao Senhor hoje cantemos
Glória no Alto do Céu!
Com os anjos e pastores
Louvemos Deus que nasceu!

Meia-noite já é dada,
Prazer santo respiremos!
Em honra ao Filho da Virgem
Alegres hinos cantemos!

A noite é escura, cerrada,
Centelham astros no céu.
Vinde adorar, ó pastores,
O bom Jesus que nasceu!

Ó meu querido Menino,
Ó meu lindo amor-perfeito
Se tendes frio, oh! Vinde
Chorar aqui no meu peito.

Colhei florinhas no campo
Trazei-lhe prendas de amor.
Cantai em coro exaltado
«Bem-vindos» ao Redentor.

Oh! Meu Menino Jesus
Descalcinho pelo chão,
Metei os vossos pezinhos
Dentro do meu coração.

Só tenho para ofertar-vos
Uma alma que vos quer bem.
Prenda melhor não tenho,
Tomai-a, meu Doce Bem!

Um Deus de ti quer ser nascido,
Por Mãe te quer reconhecer.
O mal por Eva foi trazido,
O bem de Ti há-de nascer.

Tristes mortais de Adão nascidos,
D’arvore má ramo infeliz:
Eis quantos bens são prometidos
Por  Deus que nunca se desdiz.

Rejubilai com a certeza
De ver a Deus jugos quebrar
Em que vos traz a ruim fereza
Do monstro que Ele vem domar.


Pe Jose Correia da Cunha






















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