quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

FELIZ ANO 2016 !














SAUDADE DE UM BEM QUE SE POSSUE, 


QUE SÓ O SIMBOLISMO DAS DATAS 

RECORDAM…



Enquanto aguardamos que os sinos toquem por toda a parte, anunciando o Ano Novo, há no olhar de cada um de nós um horizonte de sonhos e ilusões…

A felicidade passeia-se e espalha-se nesse dia em manifestações fraternais. Na ânsia de vivermos, saudamos o Novo Ano que nasce com brindes e palavras de optimismo, na esperança de concretizarmos os nossos ideais.

Nessa protocolar transição, esquecemos tudo o que o ano anterior nos presenteou. Não posso deixar de esquecer as imensas manifestações de simpatia que me foram expressas pelo lançamento do Livro de Homenagem ao Grande Mestre de Vida, com um forte presença de elementos do Grupo de Jovens OBJECTIVO.

Vamos lá então recordar…





Tudo teve início no final do ano de 2014. Quero evocar aqui esse facto que ainda hoje povoa a minha imaginação: a apresentação do Livro do Carlos Gonçalves Pereira (líder do Grupo de Jovens Objectivo), que pretendeu apresentar o caminho de uma vida de sucesso, dedicando essa obra à sua família e aos seus amigos. Para mim, este acto revestiu-se de uma enorme gratidão e bondade, pois ali se reencontrou uma imensidade de elementos do Grupo de Jovens OBJECTIVO.


 Nesse dia uma nova página se abria, rompendo-se o silêncio de mais de 40 anos. Acariciavam-se saudosas recordações que jamais seriam renovadas nas nossas fantasias sem a existência desse evento.

Neste deslumbrante dia pudemos recordar emoções maravilhosas, que as várias gerações de jovens tinham vivido nos anos 70 na Paróquia de São Vicente de Fora que tinha ao leme o grande Mestre de Vida – Correia da Cunha.


No dia 2 de Abril de 2015 ressurge um novo amanhecer no Lançamento do Livro: CORREIA DA CUNHA MESTRE DE VIDA (Padre – Marinheiro – Poeta), a presença massiva de elementos do Grupo de Jovens OBJECTIVO. Foi para mim, um motivo de júbilo que muito enriqueceu a efeméride. Era um acto de gratidão para com aquele que tanto fez em prol da formação humana e cristã da juventude. Uma homenagem ao Grande Mestre que teve um glorioso passado na História da Comunidade de São Vicente de Fora.





Ultimamente e quando possível temo-nos encontrado em fraternos convívios… Não sei se é o começo da velhice que invade as nossas almas ou o fim da juventude que se agarra a nós! Não há força que nos afaste do convívio dos bons companheiros, que tiveram o mesmo MESTRE DE VIDA.

Será que somos convocados pelo MESTRE?


Ano Novo!



É portanto, com um fraternal abraço que me despeço do ano que hoje termina, desejando a todos os leitores deste blogue um próspero e feliz ANO NOVO.

LINK : https://www.facebook.com/Amigos-do-Grupo-de-Jovens-Objectivo-728099790612692/notifications/

















.






quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

NATAL 2015















VENITE, ADORÉMUS, VENITE ADORÉMUS, VENITE ADORÉMUS DÓMINUM.



Publicamos hoje, um conjunto de quadras de Natal da autoria do Padre José Correia da Cunha. São estas quadras, um belo tesouro que nos deixou. Não podemos ficar indiferentes!

Mas como referia o Padre Correia da Cunha a melhor preparação para vivermos o Natal está no conhecimento e prática desta verdade: Todo aquele que quer participar no espirito do Natal deve viver em perfeita caridade com Deus e com o próximo.

A caridade é a impossibilidade do pecado. Onde há caridade ai habita Deus e não poderá habitar o pecado. 

Santo e Feliz Natal

O Menino vem por MESTRE
Para todos ensinar:
Santa Fé que leva ao Céu
Com esperança de lá chegar

O Menino vem por GUIA
Para nos levar p’la mão
A todos nós tão ceguinhos
Perdidos na escuridão.

O Menino é a BANDEIRA
A guiar a procissão
Dos que vai levar consigo
À eterna salvação.

O Menino lá na gruta
Vai nascer entre animais,
Feito CHAVE para abrir
O Paraíso aos mortais.

O Menino é como o SOL
Assim que nasce alumia
Ó ditosos pecadores,
Já lá vem rompendo o dia.


Vai nascer numas palhinhas
O grande REI das nações,
Vem abrandar a dureza
Dos humanos corações.

Vinde já, ó DEUS MENINO,
Vinde não vos detenhais:
A minha alma vos espera,
Já não pode esperar mais.

Pe. José Correia da Cunha 


 O NATAL deveria ser todos os dias... Pelo menos nesse dia festejemos intensamente!  Desejo a todos o melhor e que esta quadra deixe em cada um de nós o melhor de si... 

SANTO E FELIZ NATAL PARA TODOS OS AMIGOS!





























.

domingo, 6 de dezembro de 2015

PE. CORREIA DA CUNHA – A OBRA














BOA LEITURA E EXCELENTE REFLEXÃO 

PARA ESTE NATAL!



Foi uma grande alegria para todos quantos tiveram a felicidade de assistir ao lançamento do livro: CORREIA DA CUNHA – MESTRE DE VIDA, no passado dia 2 de Abril, na Messe dos Oficiais do Exército de Santa Clara em Lisboa.


Tratou-se de uma justa homenagem ao grande MESTRE DE VIDA que foi Padre, Marinheiro e Poeta. Como foi brilhante esse evento!


Via-se nos semblantes dos presentes uma imensa felicidade. Era uma merecida homenagem que se prestava ao grande homem que deixou marcas indeléveis na Armada, nas Oficinas Gerais de Fardamento e Equipamento (OGFE), nos Lions Clube e na Comunidade Paroquial de São Vicente de Fora.









Para aqueles que não tiveram a felicidade de estarem presentes naquele memorável dia daquela efeméride, terão agora a felicidade de poderem ler este importante livro biográfico.


Ao abrirem este magnífico livro, e lerem os imensos testemunhos ali inseridos e verem a imensidade de fotos das gentes da Marinha, das OGFE, dos Lions e das várias gerações de paroquianos da Paróquia de São Vicente de Fora, estou certo que desfrutarão de uma imensa alegria. É o reviver velhos tempos, a saudade que está bem gravada no fundo das memórias de cada um de nós.


São muitos os locais onde ainda hoje se sente a presença do Padre Correia da Cunha, reflectida nos imensos discípulos que teimam não deixar apagar os seus ensinamentos premonitórios na construção de um Mundo Novo, baseado nos princípios cristãos. 




DR. MARCOS PERESTRELLO DE VASCONCELOS , SUA MÃE  E  DRª. NATALINA TAVARES MOURA  (PJFSV)


O livro é a história de um homem de lutas, multifacetado e com uma magnífica cultura, os seus dons de inteligência, perspicácia e amplos conhecimentos, que muito contribuíram para a formação humana, espiritual e moral de muitas criaturas. Os depoimentos ali narrados reflectem a projecção e influencia que o Padre Correia da Cunha teve em milhares de vidas e particularmente no destino de tantas gerações de jovens.


Tenho a certeza que de que sentirão uma grande felicidade no regresso a um passado, que tão ricas memórias deixou gravadas nas nossas vidas.


Como modesto discípulo do Padre Correia da Cunha resta-me reconhecer as minhas limitações, em ter aceite este seu imenso desafio, de tentar deixar para a prosperidade uma obra sobre um homem que recordaremos sempre como um exemplo espiritual e moral e como alguém que viu recompensados os seus méritos e talentos …


Passados quase quarenta anos após a sua morte ainda hoje os muitos amigos lhe continuam a devotar gratidão por o terem conhecido e partilhado com este grande mestre retalhos das suas vidas.



Moveu-me apenas o desejo de deixar registado para o amanhã a grande figura marcante de um clérigo de elevada cultura que dedicou a sua vida ao serviço da Marinha e da Paróquia de São Vicente de Fora. Sempre soube encontrar em cada jovem um espírito e o sonho de construir uma sociedade mais justa , fraterna e humana.




Este livro será uma bela prenda de Natal. Poderá ser adquirido na Igreja do Mosteiro de São Vicente de Fora e solicitado para o meu email: joaopaulo.costadias@gmail.com - neste caso será enviado com uma dedicatória e chancelado com a assinatura do Padre José Correia da Cunha pelo preço de € 25,00 (portes de envio já incluídos).

Todos ficaremos mais ricos com a leitura deste livro que nos ajudará a recordar uma população juvenil que viveu com grandes entusiasmos a sua juventude no convívio com este inesquecível MESTRE DE VIDA. 





































.

domingo, 18 de outubro de 2015

IN MEMORIAM - PADRE MANUEL COSTA AMORIM












IN MEMORIAM


PADRE MANUEL DA COSTA AMORIM


31/01/1952 – 16/10/2015





É voz comum ouvir dizer que os portugueses não cultivam a memória, tão pouco conhecem a sua História e se esquecem muitas vezes dos seus heróis. Se isto é verdade, para além de ser uma injustiça para com todos aqueles que fizeram tudo por nós no passado, seria uma injustiça para aquele que aqui se pretende homenagear.

É uma grande ameaça ao nosso futuro. Só conhecendo bem o passado poderemos compreender o presente e viver melhor o futuro.

Move-me pois o desejo de deixar registado para o amanhã, singelo testemunho sobre o esforço exemplar do Padre Manuel da Costa Amorim, que foi a realização de uma obra imensurável, que D. Manuel Linda, Ordinário Militar para Portugal, assim expressou:

"Detentor de um temperamento jovial, polido, afectuoso e humilde, relacionou-se com todos com a maior simplicidade e forte espírito conciliador. Sem jamais ceder na sua ligação à fé e à sua condição de sacerdote, nunca a sua pertença à Igreja constituiu motivo de segregação ou de inimizade com alguém. Pastoralmente sempre muito empenhado…”

Quando em 2009 iniciei a missão de escrever a biografia do Capelão da Armada: Correia da Cunha, buscando preencher uma grave lacuna e resgatar a memória de um antigo capelão que merecia ser lembrado pela muita obra realizada na Armada Portuguesa, considerei ser necessário obter a recomendação do Padre Manuel Costa Amorim – Capelão Chefe do Serviço de Assistência das Forças Armadas e que ele próprio fosse autor do prefácio da obra no capítulo: o marinheiro.

Foi através de um amigo comum, o Senhor Eng.º Eugénio Ramos (CMG), que conheci este Padre Contra Almirante e lhe entreguei uma prova final da obra para sua apreciação.

Recordo o agradável sorriso com que nos cumprimentou  e nos levou para o seu gabinete de trabalho. Ali, examinou o livro e fez os maiores elogios. Disse-nos que já tinha ouvido falar muito do Capelão Correia da Cunha e mostrou-se muito feliz em receber o livro: CORREIA DA CUNHA – MESTRE DE VIDA (Padre-Marinheiro-Poeta).

O capelão Manuel Amorim, como referiu naquele encontro, não tivera a grata oportunidade de conviver com o Capelão Correia da Cunha, que teria procedido à inauguração do templo de Nossa Senhora do Mar que nos acolhia naquela magnifica manhã. No entanto, chegaram-lhe imensos testemunhos: «o Padre Correia da Cunha fora uma das mais fortes inteligências que passaram pela Capelania da Armada.»

A minha solicitação, da feitura do prefácio a este dedicado Capelão, fora encaminhada para a quem no entender do Padre Amorim deveria ser o autor do prefácio. A recomendação do Padre Amorim não fora bem acolhida…

Mas uma sã amizade nasceu naquela manhã entre mim e o Padre Amorim e que viria a perpetuar-se por um muito tempo. O Padre Manuel Costa Amorim era dotado de muitos talentos mas o maior dom era a simpatia e a sua enorme facilidade para fazer amizades.

Um trágico acontecimento interrompeu bruscamente a actividade que vínhamos planeando para a divulgação da minha obra: CORREIA DA CUNHA – MESTRE DE VIDA, nas mais relevantes instâncias da Marinha

Vítima de uma cruel enfermidade em poucos meses deixou-nos. O Manuel Amorim partiu da mesma forma como sempre viveu, humilde e fiel ao Senhor. Após o seu alento, adormeceu mansamente nos braços do seu Salvador. O seu corpo não foi descansar nas profundezas do mar azul que durante tão longos anos calcarreou ao serviço da Marinha Portuguesa. Foi repousar nas verdejantes terras do Minho, no lugar de Belinho – Esposende donde era natural.


Tendo-se espalhada a notícia do seu falecimento,  a Capela de Nossa Senhora do Mar na Base Naval de Lisboa ficou literalmente cheia de pessoas de todas as idades e condições sociais: desde os velhos de cabelos brancos até os meninos… também não deixaram de se representar os  mais altos dignitários da hierarquia militar, religiosa e civil.

Tinha fixado residência na Base Naval de Lisboa, onde nunca deixou de exercer uma dupla função, Capelão da Armada e Pároco () da Comunidade Paroquial de Nossa Senhora do Mar. Como sacerdote, procurava transmitir a mensagem evangélica  e praticar os seus ensinamentos.

O Reverendo Manuel Amorim era um lutador e um  empreendedor.  Ele não somente beneficiou o templo como organizou uma serie de acções no domínio da educação cristã para crianças, jovens e adultos… angariando grande respeito e prestígio junto da comunidade militar e pastoral.

Termino descortinando um  sacerdote que soube rodear-se de um corpo de cooperadores, amigos e educadores, que sobre o seu comando  foram desbravando terrenos para a sementeira… Era um homem de oração, de fé e coragem nas causas em que se empenhava.  Por este desaparecimento irreparável, pela falta que sentimos, e nos comove angustiosamente, da sua presença amável e franca, da sua palavra serena e confortante, da sua bondade que nos foi lema...





AMAR ALGUÉM É DIZER-LHE: TU NÃO MORRERÁS JAMAIS. 

Gabriel Marcel

À família enlutada, à Marinha, à Arquidiocese de Braga, à Paroquia da Senhora do Mar e aos muitos amigos expresso as condolências. A todos peço uma oração por alma do saudoso e querido Padre Manuel da Costa Amorim,rogando a Deus que o acolha na sua infinita misericórdia!

Notas:

Foi o 1.º capelão a quem foi imposta a Boina de Fuzileiro e do seu pródigo múnus sacerdotal relevam-se, entre outras distinções: o facto de ser o único capelão que ostentou o distintivo de horas de Embarque, devido às horas que andou embarcado; o único capelão português nomeado capelão honorário do Santuário de Lourdes (França); o único capelão em toda a história do Serviço de Assistência Religiosa a ser graduado em Oficial General com o posto de Contra Almirante; e o único capelão condecorado com a Medalha da Defesa Nacional.










PADRE MANUEL DA COSTA AMORIM


31/01/1952 – 31/01/2016



O Padre Manuel Amorim foi um exemplo edificante. Quantos momentos, gratificantes proporcionou a milhares de pessoas, ora com a palavra confortante e estimulante, ora com a caridade que emanava daquele seu bondoso coração.


Tive o privilégio e a felicidade de conviver com ele alguns dias. Foram momentos inesquecíveis. Na sua presença sentíamos uma imensa alegria. Por muito que falemos do Padre Manuel Amorim é sempre pouco diante do que foi a sua trajectória terrena e a grandeza da sua alma.


Se fosse vivo, hoje dia 31 de Janeiro 2016, o 


Padre Manuel Amorim completaria 64 anos.


Fazendo memória viva deste aniversário, o primeiro a ser comemorado no Céu, por impossibilidade do senhor D. Manuel Linda, que participará, em Viseu, na Ordenação Episcopal do Bispo Auxiliar de Braga, D. Nuno Almeida, o Capelão da igreja da Memória, Padre Carlos Catarino, celebra a Missa por alma do Padre. Amorim. 

Será às 10 horas, no Domingo na Igreja da Memória.















.

quinta-feira, 24 de setembro de 2015

PADRE CORREIA DA CUNHA - 98º ANIVERSÁRIO








PE. JOSÉ CORREIA DA CUNHA
Mestre de Vida

24 Setembro 1917 – 24 Setembro 2015

PADRE – MARINHEIRO - POETA



Neste dia, em que passam 98 anos da data do nascimento do Padre José Correia da Cunha, quero recordar que foi finalmente editado, este ano, o livro: CORREIA DA CUNHA – MESTRE DE VIDA (Padre-Marinheiro-Poeta) da autoria de João Paulo Dias, com prefácio do Cónego Doutor Manuel Lourenço e chancela da editora Althum.com.


O seu lançamento ocorreu no passado dia 2 de Abril, na Messe dos Oficiais do Exército, no Campo de Santa Clara, dia que se celebravam 38 anos do seu falecimento, contando com a privilegiada presença de vários discípulos como oradores: Dr.ª. Natalina Moura, Eng.º Marques da Silva, Eng.º Carlos Gonçalves Pereira, Rui Aço e Zélia Nunes. Não deixaram também de marcar presença antigos paroquianos, oficiais superiores da Armada, Exército e familiares.


Este livro biográfico apresenta a vivência de um homem que não gostava de meias palavras e ousava essa frontalidade para incomodar muita gente, permanecendo actuais muitas das suas posições. Era um homem à frente do seu tempo, cujo perfil marcou uma geração e influenciou de forma indelével a formação de todos os que com ele conviveram.


Por isso a sugestão aqui fica de uma leitura desta obra, escrita entre 2009 e 2015 que apresenta um pároco servidor da Comunidade, a tempo inteiro, o seu animador que não vai á frente nem atrás da mesma, mas ao lado de todos e que faz com que a Paróquia caminhe por seu pé… O padre José Correia da Cunha foi pároco da Comunidade Paroquial de São Vicente de Fora de 1960 a 1977. Esteve ligado à Armada Portuguesa de 1943 a 1960 como capelão, à Associação de Marinheiros Católicos Portugueses, à Escola de Pescas, à Messe de Oficiais do Exército, às OGFE – Oficinas Gerais de Fardamento e Equipamento e aos Lions Clube.


A coragem e frontalidade deste sacerdote, o agudo sentido de justiça e o amor ao próximo tornaram-no «numa personalidade que não se esquece!» como tão bem referiu o comandante Marques da Silva na sua prelecção. 


A terminar comunico que poderão adquirir esta obra através do meu email (joaopaulo.costadias@gmail.com. No meu escritório em Alvalade – Rua Teixeira de Pascoais, 17 B 1700-364 LISBOA onde com imenso prazer o autografarei dedicatória.
Na Igreja do Mosteiro de São Vicente de Fora.





...DEIXOU MARCAS NA ARMADA





...DEIXOU MARCAS NOS LIONS







...DEIXOU MARCAS NA PARÓQUIA DE SÃO VICENTE DE FORA 


































quarta-feira, 6 de maio de 2015

LANÇAMENTO DO LIVRO – CORREIA DA CUNHA/MESTRE DE VIDA «O POETA»









“MESTRE MARINHEIRO TUA MÃO NÃO TREME.”
Rogério Martins Simões





Naquela suave tarde de primavera, no mercado de Santa Clara, vi gente muito agradável. Era um encontro de família de três gerações de amigos do Padre Correia da Cunha.



Passados 38 anos da morte do Padre Correia da Cunha, muitos oficiais da Armada e do Exército marcaram a sua presença na cerimónia de lançamento do livro: Correia da Cunha – Mestre de Vida (Padre – Marinheiro e Poeta).



Estes seus camaradas da Armada Portuguesa e do Exército quiseram desta forma manter bem viva a memória deste Capelão de dimensão rara. O Correia da Cunha era um homem de grandes convicções, sólidos valores e um elevado sentido de cumprimento dos seus deveres. Sempre gozou de uma enorme simpatia e carinho nas instituições militares que lealmente serviu: Armada, Messe dos Oficiais e Oficinas Gerais de Fardamento e Equipamento.



POETA ROGÉRIO MARTINS COM LIVRO DO PE. CORREIA DA CUNHA




Também esteve presente uma segunda geração de jovens que muito cooperou com o recém pároco chegado à Comunidade Paroquial de São Vicente, no ano de 1960. O Padre Correia da Cunha apostava numa Igreja que evangelizasse com eficácia e que ajudasse o homem a ser humano e a viver com liberdade na sua condição de filho de Deus. Para este pároco só era possível professar a fé em Deus com uma praxis evangelizadora que fosse a boa nova para o seu semelhante. Não se deixava perder em elaboradas doutrinas teológicas. A sua missão era viver o Amor Divino, promovendo a união e a amizade entre todos.

Nessa geração posso colocar o poeta Rogério Martins Simões que não quis deixar passar esta oportunidade para, com a sua arte, escrever um belo poema de homenagem ao seu amigo Padre Correia da Cunha:



Autoria: MANUEL JOSÉ COELHO

MESTRE E MARINHEIRO


Descias o Tejo e olhavas Lisboa,

Chinelas aos pés da Madragoa,

Blusa de chita, corpo de gazela;

Sempre tão bonita; sempre tão bela.



O mastro altaneiro vai engalanado.

Sobe o gajeiro na letra dum fado.

Sorriso malandro, calha ou não calha,

Assim fui passando: que Deus nos valha.



Pinga a maresia, ardem os joanetes.

Contam-se os anos, restam alfinetes.

Dos desenganos não tenho mais pressa:

Vão os verdes anos, assim, tão depressa.



Mestre marinheiro tua mão não treme.

Teu timoneiro é São Vicente ao leme.

Quero ir à Bica com corvos à proa,

Comer fava-rica a dentes de broa…



Meco, 22/04/2015 23:56


(Ao Meu Mestre – Padre José Correia da Cunha)


Sem dúvida não há melhor ilustração para este poema que a de Manuel José Coelho. Neste quadro, o autor homenageia o grande amante da arte e de Lisboa. Esta cidade que o viu nascer foi a sua eterna feiticeira.



O Rogério Martins Simões iniciou a sua militância cristã na Paróquia de São Vicente de Fora no dia 1 de Novembro de 1960 (Dia da tomada de posse do Padre Correia da Cunha como Pároco de São Vicente de Fora).

O poeta possui obra editada (Golpe de Asa no Sequeiro da Chiado Editora) mas é em bela prosa que nos descreve a sua história na Paróquia, tendo como orientador o seu obreiro de almas: Padre José Correia da Cunha: 




«VESTIRAM-ME UMA TÚNICA BRANCA E CINGIRAM-ME COM UM CORDÃO VERMELHO»


Desde menino, quando apenas conhecia os anjos, já escutava na telefonia a bela voz da Amália. A minha mãe lavava a roupa no tanque, num saguão de uma casa na freguesia de São Vicente de Fora, e cantarolava desconhecidas cantigas da Beira Serra.

Foi crescendo e um dia, no início dos anos 60 do século passado, descobri, por acaso, os caminhos que me conduziram, durante muitos anos, à Igreja de São Vicente de Fora.

Tinha então onze anos! Meus pais, com raízes cristãs. Não frequentavam a igreja nem obrigavam os filhos a irem à missa.

A luta pela vida era tremenda! Levantava-se pelas 4 horas da manhã, apanhavam o eléctrico que os levava à praça da ribeira, onde se abasteciam de legumes com que governavam a vida no mercado de Santa Clara (local elegido por João Paulo Dias para o lançamento do livro referido acima). Era um tempo em que aqueles mercados pululavam de gente; em que os espaços reservados aos pequenos comerciantes (lugares de pedra) eram disputados e bem pagos nos leilões do Município de Lisboa.

- Antes carregar duas sacas de batata cruzadas à cabeça que andar com um molho de mato e passar fome! – Dizia minha mãe.
Recordo que trabalhavam durante toda a semana e o único dia que lhes restava para descansarem era o Domingo. (Talvez aqui esteja a explicação para não serem assíduos frequentadores da igreja). Volto aos meus 11 anos.

Frequentava, então, o Liceu Nacional de Gil Vicente, quando pela primeira vez entrei nos claustros do Mosteiro de São Vicente de Fora.

Nesse tempo as portas estavam abertas e, tirando o Panteão da Dinastia de Bragança que tinha segurança, tudo aparentava um completo abandono e desleixo.

Foi assim que conheci o Mosteiro de São Vicente de Fora.

Comecei a caminhar para lá – até que um dia quando frequentava a escola comercial, Deus colocou no meu caminho para a Igreja Católica. Por coincidência, ou não, era o dia em que o Padre Correia da Cunha tomava posse como pároco de São Vicente de Fora.

A história conta-se assim:

Andava eu pelos claustros do Mosteiro quando, em cima da hora das cerimónias de posse do novo pároco, faltou à chamada um menino do coro. Mas…o Padre Correia da Cunha fazia questão em ter doze rapazes! Doze eram os Apóstolos e ele só tinha 11.

Tudo tinha sido verdadeiramente programado, ensaiado ao mais pequeno detalhe: os mais pequenos à frente! Tudo em carreirinha, em duas filas! – Túnicas novas feitas por medida! Sobrava uma! Era grande como ela tivesse sido feita de propósito para mim!

O Padre José Alcobia meu professor de Religião e Moral do Liceu de Gil Vicente que ia concelebrar na missa, porém, foi ele que aconselhou o Padre Correia da Cunha: O Rogério, seu antigo aluno, podia substituir o 12º menino do coro.

Pois bem! Não é que fui pescado, por ali andava perdido…
Vestiram-me uma túnica branca. Cingiram-me com um cordão vermelho. (símbolo da cor do martírio de São Vicente)

Em poucos minutos ali estava eu, menino do coro repescado, a caminho do altar, lado a lado como o meu bom e saudoso António Melo e Faro, ocupando um lugar na última de duas filas.

- Faz o que eu faço – Dizia o Melo e Faro. E fiz!

Foi assim que Deus chamou por mim! Foi a minha primeira ida voluntária à missa, tendo sido o único menino do coro a não comungar nesse dia…
Bem! A história já vai longa e ainda a procissão vai no adro… a partir desse dia tornei-me um efectivo membro daquela comunidade! 

A partir desse dia comecei a frequentar a catequese. Fui bem cedo catequista e até dirigente diocesano da JOC.

A partir desse dia passei a apreciar ainda mais a bela voz da Amália no gravador de fita do bom Padre Correia da Cunha!
A partir desse dia comecei a escutar e a gostar de música de órgão tocada no grande e extraordinário órgão de São Vicente de Fora!

A partir daí, e nos tempos livres, passei a ser cicerone do Panteão da Casa de Bragança e, com as "gorjetas", adquiri os meus primeiros livros dispensando pedir dinheiro a meus pais para os meus gastos:

A partir daí tomei o gosto pela história, nomeadamente, pela vida e obra dos Monarcas que ali repousam: desde D. João IV até ao rei D. Manuel II. 
A partir desse dia comecei a aperfeiçoar a minha formação moral e tudo graças a um Homem extraordinário – polémico, certamente, para muitos.

Obrigado Padre José Correia da Cunha.


Rogério Martins Simões

Termino com uma terceira geração, com uma forte presença neste evento, que compreende o período dos anos setenta. Surge na Comunidade Paroquial, num contexto sócio-político e cultural, um vasto grupo de jovens com uma formação abundantemente sólida. A sua profissão de fé é num Deus libertador que exige o seguimento de um Jesus Cristo que transforma a sociedade radicalmente. Nasce o sonho de se construir um MUNDO MAIS HUMANO, MAIS JUSTO E MAIS FRATERNO. Quem não recorda este Grupo de Jovens de São Vicente de Fora? Passados 44 anos, os amigos deste Grupo só têm um OBJECTIVO: quer ressurgir para testemunhar os princípios ali apreendidos e transmiti-los os seus sucessores. Quanta alegria teria o Padre Correia da Cunha em verificar que os seus ensinamentos de MESTRE DE VIDA continuarão a ser alavancas para a transformação positiva do nosso tempo…






Este livro pode ser adquirido também na



 IGREJA DO MOSTEIRO DE SÃO VICENTE 

DE FORA

























.