quinta-feira, 27 de dezembro de 2018

NOVO ANO (2018/2019)











CHEGAMOS AO FIM DE MAIS UM PEDAÇO DE TEMPO… SAUDAMOS O NOVO ANO!






No limiar do fim do ano, um novo ano irá surgir para acalentar as nossas esperanças. Há em cada um de nós o desejo irresistível para descobrirmos os mistérios do futuro desconhecido, por isso, quase sem pensarmos, lutamos desesperadamente pela conquista dos novos ideais. São as habituais ilusões que o optimismo coloca nas almas de cada um.

A esperança é uma quimera encantadora que contemplamos na fúria quotidiana dos nossos anseios. Será que o novo ano encherá de novos horizontes as perspectivas nas nossas vidas? Só sei que queremos sempre segurar as boas recordações do ano que termina. O porvir será sempre uma incógnita. 

No ano que estamos a abandonar, muitas coisas findaram; muitas esperanças, sonhos e muitas vidas de amigos se extinguiram…mas continuam vivas nos nossos corações.

O velho ano agoniza no estertor do fim, esperando que o novo ano rebente vitorioso, gerando novas esperanças e alimentando novas ilusões.

Ano novo! Abrimos de par em par as portas das nossas almas e aspiramos os perfumes do ambicionado porvir.



O próximo mês de Fevereiro 2019 será diferente! Iremos associar-nos aos princípios humanos, que as saudades das proveitosas lições do Ismael Sanches (Pe.) povoam nas experiências dos ‘’jovens’’ do Grupo OBJECTIVO.

O prior (Padre Cunha) autoria Rui Aço
                                   
O GRUPO DE JOVENS OBJECTIVO foi fundado pelo Padre Correia da Cunha, no ano de 1971, na Comunidade Paroquial de São Vicente de Fora. 

Recordo que foi pela mão do Padre Correia da Cunha, que o Ismael Sanches (Pe.), na qualidade de orientador espiritual, possuía todo espaço para a criatividade,utopias e fantasias junto dos jovens da paróquia, pois não abundavam há época clérigos tão cultíssimos e geniais nas vanguardistas propostas pastorais dirigidas à juventude. 

Estou certo que será também o momento para lembrar a irreverente talento que o Padre Correia da Cunha punha em tudo o que fazia em prol da juventude de São Vicente de Fora. 

Tomar nota: 1 Fevereiro 2019

 Rui Aço
                                       
Exposição promovida pela OD - Oficina do Desenho-Cascais, com obras do conceituado pintor Rui Aço intitulada «O HOMEM DOMICILIADO» na galeria Arte Graça na área da Junta de Freguesia de São Vicente de Fora.

Obras inspiradas no pensamento do teólogo, filosofo Ismael Sanches autor do livro «Casa-Ponto de Honra». Livro que será base para várias prelecções por vários brilhantes conferencistas. Neste momento estamos dependentes de mais informação sobre esse grande evento. 

Teólogo Ismael Sanches

Iremos ficar maravilhados diante as coloridas obras de arte desta exposição de homenagem ao Ismael Sanches, homem que passou a fazer parte das nossas vidas. 

As alegrias espalham-se nestes dias em manifestações fraternais, renovam-se com entusiasmo os votos para 2019, pois se não houvesse fim de ano, por certo não haveria ano novo…

Desejos de confraternização enchem os nossos corações. A todos envio um abraço de felicitações para o novo ano. 

Feliz ano novo para todos os meus familiares e amigos.




















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domingo, 23 de dezembro de 2018

NATAL 2018









Presépio São Vicente de Fora no ano 1964




«O VERBO FEZ-SE CARNE, HABITOU

 ENTRE NÓS…»




Mais uma vez em nossas vidas, sentimos chegar o memorial do nascimento do menino de Belém. Natal do Menino Jesus.

Por vezes, fico a pensar que o melhor da vida é a infância, quando tínhamos o direito de acreditar que a bondade do Menino Jesus ficava para sempre nos corações dos homens. 

Em cada Natal recordo a sublime riqueza dessa efeméride na Paróquia de São Vicente de Fora. Eram ilusões infantis envolvidas de harmoniosos cânticos.





É uma verdade, em todas as noites de Natal, se conservam lembranças de outras épocas. O nosso saudoso e querido Padre Correia da Cunha cumpria todos os rituais através de sumptuosos cenários: o enorme presépio construído no hall do templo, o gigantesco pinheiro, onde cintilavam centenas de luzinhas, os concertos musicais e os presentes para todas as suas crianças. São retalhos de infância que ainda hoje dão côr ao meu pensamento retrospectivo do Natal, na Paróquia de São Vicente de Fora, pois enquanto o tempo passa, mais distante fico daquela infância ingénua, mas muito feliz. 

Os caminhos da vida, que trazem de tão longe as imagens da verdade, através dos compassos dos anos, por vezes colocamo-nos diante dos principais finais das coisas e esquecemos todos os sentimentos divinos que envolvem as nossas almas desde a infância, na grandeza daquele humilde estábulo de luz: Jesus Menino!


Direcção Catequese ano 1966


A maioria dos cristãos já não sabem sentir o elevado significado da efeméride. Respeita a data porque o calendário a assinala. 

O Natal seria lindo se a vontade da Humanidade fosse igual a todos os desejos daquele menino nascido em Belém. 

Quanto mais profundas são as trevas, mais valor se dá à luz. 

- Neste Natal, Menino Jesus peço-te que ilumines os nossos caminhos do bem e ampares os que se debatem nos atalhos das trevas. Nas trevas só se espera a luz e Tu Jesus Menino és a verdadeira Luz.


Grupo de Catequistas no ano 1966



Nesta véspera de Natal, quando temos a certeza que em milhões de lares se comemora o nascimento do príncipe da Luz, os meus desejos são de muita Paz, Harmonia e Luz. 

Natal é a festa da família. A todas as famílias e amigos um iluminado e Santo Natal.














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segunda-feira, 3 de dezembro de 2018

PE. CORREIA DA CUNHA – ACÇÃO CATÓLICA VIII













«CRIADAS POR ELE, PARA ELE ESTÃO VOLTADAS TODAS AS COISAS…»



Sendo o Padre Correia da Cunha um homem da sua época, conhecedor dos imensos perigos que corriam os adolescentes e jovens da armada e da paróquia, a sua principal missão como capelão e prior sempre foi a de os formar para a Vida.

O Padre Correia da Cunha era como um pai, sabia perdoar sem nunca julgar; a sua principal preocupação era apontar caminhos que contribuíssem para a formação integral (humana e espiritual) dos seus pupilos.

Sempre foi um sacerdote empenhado nos projectos pastorais que se dirigissem aos adolescentes e jovens. Pelos seus sentimentos fraternais possuía sempre o conselho certo para iluminar a ânsia dos jovens que corriam o perigo de se deixarem arrastar pelos caminhos das trevas.

Era reconhecido por todos os jovens como um símbolo de sabedoria e experiência paternal, pois sempre soube espalhar, através da sua sublime arte de ensinar, os nobres princípios cristãos.

O Padre Correia da Cunha pela heróica sensibilidade dos seus traços foi um incansável defensor e impulsionador dos valores evangélicos, pilares de referência que ainda hoje são seguidos por uma imensa legião de antigos jovens que gozaram da sua protecção. 

Como sugestão de prenda de Natal 2018, poderá aproveitar a promoção natalícia para aquisição do livro: CORREIA DA CUNHA – MESTRE DE VIDA, pelo preço de 15,00€, fazendo o seu pedido através do correio electrónico: joaopaulo.costadias@gmail.com ou telefone 218462238.  

                                             SANTO NATAL! 




Texto de Padre Correia da Cunha



NÃO MOSTREMOS MÁ CARA AO MUNDO. 

Tudo quanto existe deve servir ao cristão para glorificar a Deus: «ut in onmibus glorificatur Deus» como nos ensina o grande patriarca dos monges do ocidente: São Bento. De tudo portanto deve o cristão usar sobrenaturalmente até mesmo das coisas físicas ou materiais, pois neste sentido e que devemos entender o «negotianirus dum venio». 

A obra da criação não favoreceu nem favorece o ateísmo e a impiedade; pelo contrário traz impresso o vestígio das mãos de Deus que ao passar a revestir com todas as belezas de que a criação é ornada. 

Qual será a pátria que Deus têm reservada aos seus amigos se já o exílio este vale de lágrimas é belo e bom? O mundo foi criado não para ser entregue ao demónio mas para ser, depois da redenção divinizado pelo cristão em estado de graça, o cristão deve por todas as criaturas, mesmo inanimadas, a louvar o Pai e o Filho na unidade do Espírito Santo, integrando-as todas em si e ele em Cristo para a completa glorificação de Deus. É o que já dizia São Paulo: «Omnia vestra sunt, vos autem Cristi; Cristus autem Dei.» algures numa das suas epistolas.




O homem deve ter em conta que é administrador das coisas, que existem, colaborando assim pelo trabalho na obra da criação e extensão do Reino de Deus. 

Nem a natureza humana. 

Jamais podemos admitir oposição ou mesmo preparação entre a vida natural e o cristianismo. 

Este deve penetrar até ao fundo de toda a vida humana. As flores e os frutos dos campos, os minerais e os vegetais esperam que o homem os cuide e trabalhe pelas suas próprias mãos e aplique toda a força energia do seu espírito a fim de que possa manifestar toda a beleza riqueza e realidade que nelas existem. 

Isto mesmo acontece com a vida ou a natureza humana elevada pela graça que a faz chegar onde pelas suas próprias forças e na das criaturas jamais conseguiria chegar. 

Nós dependemos de Deus em todas as nossas acções mais do que a luz da lâmpada eléctrica depende da corrente. Em todo o momento a nossa existência depende de Deus por uma reacção contínua. Isto acontece na ordem puramente natural. Na sobrenatural é uma vida inteiramente nova que circula nas nossas veias pela graça e misericórdia infinitas de Deus.




FORMEMOS PORÉM VERDADEIROS CRISTÃOS 

Eis a nossa missão formar cristãos completos. Devemos procurar que a vida espiritual do cristão seja uma vida sólida, penetrada do espírito evangélico, e por conseguinte, do espirito de Cristo, de modo que a nossa vida seja como a de Cristo absolutamente impregnada na glorificação do Pai Celeste. 

É certo que isto nem sempre é tão fácil… 

Mas é então que vem a ocasião de pormos em acção o nosso dever de encorajar, assim e ajudar os jovens a conseguir esse fim. 

Esta maneira de compreender a vida cristã e o mundo não é 

isenta de perigos e obstáculos. Mas como os jovens são obrigados a viver neste mundo, não podemos fugir tanto a uns como a outros. 

Devemos orientá-los e ajudá-los para que a sua vida sendo fermento e luz levede e irradie na massa. 

FORMEMOS CRISTÃOS NOVOS 

Todo o nosso trabalho deve consistir em formar os jocistas e fazer deles cristãos capazes de conquistar e transformar os seus irmãos de trabalho e ajudá-los a realizar plenamente a união da natureza e da graça. Queremos formar cristãos novos. A juventude passará como é a triste sina de tudo o que é criado, chegará também o momento em que os jovens terão de deixar a JOC para ingressarem nas fileiras da LOC. Mas muito embora os membros da JOC passem, não passará a JOC como organização. Portanto os assistentes eclesiásticos da JOC deverão ocupar-se sempre de jovens. 

OS PERIGOS DA ADOLESCÊNCIA 

Não esqueçamos que após a primeira comunhão quando o jovem abandona a catequese, cava-se um abismo entre a religião e a alma do operário, entre o jovem cristão e os seus companheiros de trabalho e que esse abismo, na medida que se entra no meio operário, se vai tornando cada vez mais profundo, sobretudo aos vinte anos… 

São pungentes e aflitivas as estatísticas acerca desta matéria. Por isso todo o esforço é pouco. 

O adolescente ao entrar no meio operário encontra-o infectado de paganismo, materialismo… de que é impossível defender-se atenta a sua inexperiência e pouca idade. 

Os operários mais velhos comprazem-se especialmente em corromper estas pobres almas moças e inocentes. O meio operário é (todos o sabemos) um escândalo contínuo. 

Tudo isto nos mostra a importância espiritual de nos colocarmos à altura da nossa missão para bem orientarmos os jovens e os ajudarmos a vencer os perigos e obstáculos que se lhes deparam. 

Fiquemos certos de que se não tiverem uma mão amiga e conselheira que os ampare e aconselhe infalivelmente vão submergir a esse abismo de corrupção de que muito dificilmente poderão sair.

















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