segunda-feira, 3 de dezembro de 2018

PE. CORREIA DA CUNHA – ACÇÃO CATÓLICA VIII













«CRIADAS POR ELE, PARA ELE ESTÃO VOLTADAS TODAS AS COISAS…»



Sendo o Padre Correia da Cunha um homem da sua época, conhecedor dos imensos perigos que corriam os adolescentes e jovens da armada e da paróquia, a sua principal missão como capelão e prior sempre foi a de os formar para a Vida.

O Padre Correia da Cunha era como um pai, sabia perdoar sem nunca julgar; a sua principal preocupação era apontar caminhos que contribuíssem para a formação integral (humana e espiritual) dos seus pupilos.

Sempre foi um sacerdote empenhado nos projectos pastorais que se dirigissem aos adolescentes e jovens. Pelos seus sentimentos fraternais possuía sempre o conselho certo para iluminar a ânsia dos jovens que corriam o perigo de se deixarem arrastar pelos caminhos das trevas.

Era reconhecido por todos os jovens como um símbolo de sabedoria e experiência paternal, pois sempre soube espalhar, através da sua sublime arte de ensinar, os nobres princípios cristãos.

O Padre Correia da Cunha pela heróica sensibilidade dos seus traços foi um incansável defensor e impulsionador dos valores evangélicos, pilares de referência que ainda hoje são seguidos por uma imensa legião de antigos jovens que gozaram da sua protecção. 

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                                             SANTO NATAL! 




Texto de Padre Correia da Cunha



NÃO MOSTREMOS MÁ CARA AO MUNDO. 

Tudo quanto existe deve servir ao cristão para glorificar a Deus: «ut in onmibus glorificatur Deus» como nos ensina o grande patriarca dos monges do ocidente: São Bento. De tudo portanto deve o cristão usar sobrenaturalmente até mesmo das coisas físicas ou materiais, pois neste sentido e que devemos entender o «negotianirus dum venio». 

A obra da criação não favoreceu nem favorece o ateísmo e a impiedade; pelo contrário traz impresso o vestígio das mãos de Deus que ao passar a revestir com todas as belezas de que a criação é ornada. 

Qual será a pátria que Deus têm reservada aos seus amigos se já o exílio este vale de lágrimas é belo e bom? O mundo foi criado não para ser entregue ao demónio mas para ser, depois da redenção divinizado pelo cristão em estado de graça, o cristão deve por todas as criaturas, mesmo inanimadas, a louvar o Pai e o Filho na unidade do Espírito Santo, integrando-as todas em si e ele em Cristo para a completa glorificação de Deus. É o que já dizia São Paulo: «Omnia vestra sunt, vos autem Cristi; Cristus autem Dei.» algures numa das suas epistolas.




O homem deve ter em conta que é administrador das coisas, que existem, colaborando assim pelo trabalho na obra da criação e extensão do Reino de Deus. 

Nem a natureza humana. 

Jamais podemos admitir oposição ou mesmo preparação entre a vida natural e o cristianismo. 

Este deve penetrar até ao fundo de toda a vida humana. As flores e os frutos dos campos, os minerais e os vegetais esperam que o homem os cuide e trabalhe pelas suas próprias mãos e aplique toda a força energia do seu espírito a fim de que possa manifestar toda a beleza riqueza e realidade que nelas existem. 

Isto mesmo acontece com a vida ou a natureza humana elevada pela graça que a faz chegar onde pelas suas próprias forças e na das criaturas jamais conseguiria chegar. 

Nós dependemos de Deus em todas as nossas acções mais do que a luz da lâmpada eléctrica depende da corrente. Em todo o momento a nossa existência depende de Deus por uma reacção contínua. Isto acontece na ordem puramente natural. Na sobrenatural é uma vida inteiramente nova que circula nas nossas veias pela graça e misericórdia infinitas de Deus.




FORMEMOS PORÉM VERDADEIROS CRISTÃOS 

Eis a nossa missão formar cristãos completos. Devemos procurar que a vida espiritual do cristão seja uma vida sólida, penetrada do espírito evangélico, e por conseguinte, do espirito de Cristo, de modo que a nossa vida seja como a de Cristo absolutamente impregnada na glorificação do Pai Celeste. 

É certo que isto nem sempre é tão fácil… 

Mas é então que vem a ocasião de pormos em acção o nosso dever de encorajar, assim e ajudar os jovens a conseguir esse fim. 

Esta maneira de compreender a vida cristã e o mundo não é 

isenta de perigos e obstáculos. Mas como os jovens são obrigados a viver neste mundo, não podemos fugir tanto a uns como a outros. 

Devemos orientá-los e ajudá-los para que a sua vida sendo fermento e luz levede e irradie na massa. 

FORMEMOS CRISTÃOS NOVOS 

Todo o nosso trabalho deve consistir em formar os jocistas e fazer deles cristãos capazes de conquistar e transformar os seus irmãos de trabalho e ajudá-los a realizar plenamente a união da natureza e da graça. Queremos formar cristãos novos. A juventude passará como é a triste sina de tudo o que é criado, chegará também o momento em que os jovens terão de deixar a JOC para ingressarem nas fileiras da LOC. Mas muito embora os membros da JOC passem, não passará a JOC como organização. Portanto os assistentes eclesiásticos da JOC deverão ocupar-se sempre de jovens. 

OS PERIGOS DA ADOLESCÊNCIA 

Não esqueçamos que após a primeira comunhão quando o jovem abandona a catequese, cava-se um abismo entre a religião e a alma do operário, entre o jovem cristão e os seus companheiros de trabalho e que esse abismo, na medida que se entra no meio operário, se vai tornando cada vez mais profundo, sobretudo aos vinte anos… 

São pungentes e aflitivas as estatísticas acerca desta matéria. Por isso todo o esforço é pouco. 

O adolescente ao entrar no meio operário encontra-o infectado de paganismo, materialismo… de que é impossível defender-se atenta a sua inexperiência e pouca idade. 

Os operários mais velhos comprazem-se especialmente em corromper estas pobres almas moças e inocentes. O meio operário é (todos o sabemos) um escândalo contínuo. 

Tudo isto nos mostra a importância espiritual de nos colocarmos à altura da nossa missão para bem orientarmos os jovens e os ajudarmos a vencer os perigos e obstáculos que se lhes deparam. 

Fiquemos certos de que se não tiverem uma mão amiga e conselheira que os ampare e aconselhe infalivelmente vão submergir a esse abismo de corrupção de que muito dificilmente poderão sair.

















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