«QUEM TEM AMIGOS É
FELIZ!»
1917-2018
Quero hoje aqui recordar o dia 24 de Setembro de 2017, em que
ocorreu a celebração do centenário do nascimento do Padre José Correia da Cunha
(1917-1977). Nesse dia muitos amigos e admiradores se congregaram para lhe
prestarem uma sentida homenagem à, para sempre, saudosa memória daquele que foi
capelão da Armada (1943-1961), pároco de São Vicente de Fora e capelão das OGFE
(1961-1977).
Passado um ano desta homenagem, estou certo que na sua
sincera modéstia, o Padre Correia da Cunha diria, ser o único que poderia
orgulhar-se pelos amigos que ali se reuniram, pois, para ele: «Quem tem amigos
é feliz!». Eram estas as palavras que sempre lhe escutamos, palavras que na sua
singeleza tão bem definem os limites da amizade.
O Padre Correia da Cunha pela sua grandeza moral, intelectual
e espiritual não pode dispor de si em absoluto, pertence também aos amigos e
admiradores que souberam por dever de gratidão e justiça perpetuar-lhe a
memória com esta digna homenagem.
O modesto mas artístico monumento escultórico da autoria de
José Carlos Coelho erguido nas traseiras do Mosteiro de São Vicente de Fora,
fica ali bem, assim como a placa comemorativa da autoria da Arqtª. Ana Dias
afixada no Campo de Santa Clara, pela Câmara Municipal de Lisboa, como gestos
de gratidão a um dos pais «fundadores» da assistência religiosa à Marinha, ao
pároco que deixou um rastro de luz na paróquia de São Vicente de Fora e ao
filho de Lisboa que tanto amor dedicou à sua amada cidade.
O Patriarcado de Lisboa, a Marinha Portuguesa, a Câmara
Municipal de Lisboa, familiares e amigos dignaram-se prestar o seu brilho àquelas
cerimónias. É, pois, mais que justo que aqueles espaços, ainda hoje tão cheios
da sua memória, se tenham dignificado com a inauguração daquelas simbologias em
pedra e arte.
O Padre Correia da Cunha pelo seu carácter da mais fina têmpera
deixou uma saudade em todos nós. Viverá sempre, mais do que em parte alguma, no
coração de tantos amigos que o souberam compreender e amar e ainda hoje possuem
uma inexcedível veneração à memoria deste Padre-Marinheiro-Poeta.
O “RASTRO DE LUZ” DEIXADO PELO SACERDOTE QUE FOI CAPELÃO CHEFE DA ARMADA E PÁROCO DE SÃO VICENTE DE FORA, EM LISBOA, FOI RECORDADO COM INAUGURAÇÃO DE UMA ESTÁTUA.
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