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Portugal, qual outra Fénix,
À vida torne outra vez.
Não se chame Português
Quem cristão de fé não for.
‘’FOI FÁTIMA QUE SE IMPÔS À IGREJA… ‘’
Para o Pe. Correia da Cunha, Fátima não era um dogma de fé mas mantinha na sua alma
cristã uma grande emoção e um especial carinho por este Santuário Mariano.
Fátima era o altar do mundo, um recanto do Paraíso na terra; um lugar sagrado.
Foi
lá que o Pe. Correia da Cunha celebrou as suas bodas sacerdotais, no dia 29 de
Junho do ano de 1964, pedindo a protecção de sua mãe Maria Santíssima para o
seu múnus sacerdotal.
O Padre
Correia da Cunha referia que no Santuário de Fátima se respirava uma atmosfera
sobrenatural, parecendo que se encurtava em muito, a distância que separa o Céu
e a terra.
Naquele
árido planalto, desceu um dia a Virgem Maria. Mãe de Jesus e nossa Mãe.
Fazia-nos sentir orgulhosos de sermos Portugueses por termos sido presenteados
com a visita, que fez Maria à nossa querida e amada terra, tão pequenina em
extensão, mas certamente grandes países teriam uma santa inveja deste generoso
gesto e favor da Mãe do Céu a Portugal.
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Hoje,
dia 13 de Maio, é tempo de dirigir uma palavra a todos quantos impelidos por
verdadeiro espírito de fé cristã e de devoção mariana se reúnem naquele
santuário. Obrigado, por manterem bem viva a grande fé dos portugueses.
Passados
noventa e dois anos penso serem sábias as palavras do Eminentíssimo Cardeal
Patriarca, D. Manuel II Cerejeira, grande admirador de Pe. Correia da Cunha, quando
afirmou: ‘’NÃO FOI A IGREJA QUE IMPÔS FÁTIMA; FOI FÁTIMA QUE SE IMPÔS À IGREJA.
‘’
Tudo,
nessa história humano-divina, concorre para acreditarmos em algo da sua
autenticidade.
Pense-se
na ingenuidade cristalina e na inocência angélica das três crianças, Lúcia,
Jacinta e Francisco a quem a Virgem Santíssima confiou os seus segredos.
Padre
Correia da Cunha recordava que a Virgem Maria não tinha vindo dar altas lições
de sabedoria humana, nem, muito menos, tratados ou dissertações filosóficas ou
teológicas.
Mensagem
muito simples e singela: que os homens vivam o amor e a simplicidade evangélica
e não esqueçam a oração e a penitência.
Conceda-nos
o Senhor ver realizados os pedidos de Nossa Senhora de Fátima.
Mãe
clemente e piedosa faz que sobre este mundo actual que luta com grandes
dificuldades contra a injustiça e a equidade, surja um Mundo Melhor, onde
domine a verdade, a justiça, o amor e a paz.
O
culto de Maria é decisivo na história dos portugueses. Fátima é o termómetro do
fervor religioso e um sustentáculo da fé. Comove, atrai, motiva, entusiasma. O Pe. Correia da Cunha era muito confiante e muito gostava de proclamar comprometida mente este belíssimo Hino:
Enquanto houver Portugueses,
tu serás o seu amor.
Salve, nobre Padroeira
Do Povo, teu protegido,
Entre todos escolhido,
Para povo do Senhor.
(Coro - intercalado)
Ó glória da nossa terra,
Que tens salvado mil vezes,
Enquanto houver Portugueses,
Tu serás o seu amor.
Com tua graça e beleza
Um jardim não ornas só,
Linda flor de Jericó,
De Portugal és a Flor!
Flor de suave perfume,
Para toda a Lusa gente,
Entre nós, em cada crente
Tens esmerado cultor.
Acode-nos, Mãe piedosa,
Nestes dias desgraçados,
Em que vivemos lançados
No pranto, no dissabor.
Lobos famintos, raivosos
O teu rebanho atassalham,
As ovelhas se tresmalham,
Surdas à voz do pastor.
Da fé a lâmpada santa,
Que tão viva outrora ardia,
Se teu zelo a não vigia,
Perde o restante fulgor.
Do Povo, teu protegido,
Entre todos escolhido,
Para povo do Senhor.
(Coro - intercalado)
Ó glória da nossa terra,
Que tens salvado mil vezes,
Enquanto houver Portugueses,
Tu serás o seu amor.
Com tua graça e beleza
Um jardim não ornas só,
Linda flor de Jericó,
De Portugal és a Flor!
Flor de suave perfume,
Para toda a Lusa gente,
Entre nós, em cada crente
Tens esmerado cultor.
Acode-nos, Mãe piedosa,
Nestes dias desgraçados,
Em que vivemos lançados
No pranto, no dissabor.
Lobos famintos, raivosos
O teu rebanho atassalham,
As ovelhas se tresmalham,
Surdas à voz do pastor.
Da fé a lâmpada santa,
Que tão viva outrora ardia,
Se teu zelo a não vigia,
Perde o restante fulgor.
Ai! da Lusa sociedade,
Se o sol do mundo moral
Se apaga… Ó noite fatal!
Ó noite de negro horror!
És a nossa Padroeira,
Não largues o padroado
Do rebanho confiado
A teu poder protector.
Se o sol do mundo moral
Se apaga… Ó noite fatal!
Ó noite de negro horror!
És a nossa Padroeira,
Não largues o padroado
Do rebanho confiado
A teu poder protector.
Portugal, qual outra Fénix,
À vida torne outra vez.
Não se chame Português
Quem cristão de fé não for.
Pe. Padre
Francisco Rafael da Silveira Malhão
O Pe.
Correia da Cunha realizava todos os anos uma peregrinação com a sua Comunidade
Paroquial de São Vicente de Fora ao Santuário da Cova da Iria. Tinha elaborado,
nos anos cinquenta, para a peregrinação dos marinheiros portugueses, quando era
capelão da armada, um magnífico guião. Este opúsculo foi posteriormente
reeditado para as várias Peregrinações da Paróquia de São Vicente de Fora.
Era
um esplêndido documento do peregrino com rumo ao santuário de Nossa Senhora de Fátima.
Solicitava
algum de vós, se ainda conservar este admirável livro da autoria de Pe. Correia
da Cunha, que façam chegar-me uma cópia para o publicar neste blogue.
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