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‘’ A música tinha que estar em harmonia com a existência do momento…’’
Os livros e a boa música eram duas das suas grandes paixões. Creio que houve na vida de Padre Correia da Cunha uma grande mulher que o ensinou a conhecer e apreciar a boa música.
Lembro-me de vê-lo triste, naquela manhã de Domingo do dia 24 de Maio do ano de 1969, em que celebrou as exéquias da maestrina Olga Violante(1903-1969) (1), sua dedicada madrinha e sua grande referência no campo coral e musical. Essa grande Senhora esteve ligada à sua vocação desde a sua tenra infância …era a sua magnânima protectora.
Padre Correia da Cunha também foi um tutor de muita da juventude de São Vicente de Fora, gerando em muitos de nós o gosto pela música clássica e de órgão através dos muitos concertos que se realizavam na igreja paroquial. Ficará para sempre na nossa memória a suas explicações despretensiosas na defesa do culto da boa música. Para se gostar, era necessário entender pois ninguém pode amar aquilo que desconhece. Padre Correia era verdadeiramente um grande mestre no domínio musical.
Padre Correia da Cunha dominava como ninguém a arte musical e a sua superior inteligência fazia brotar o amor pela boa música em todos nós. Ficarão inesquecíveis as longas noites que passámos na companhia de Padre Correia da Cunha, efectuando gravações no seu extraordinário gravador de bobines de fita para passar como fundo musical no templo. Muita gente ficava horas, sentada nos longos bancos, a ouvir estas fantásticas selecções de música sacra que eram sentidas como autênticas e sublimes magias e de elevação ao transcendental.
As celebrações penitenciais comunitárias tinham por parte de Padre Correia da Cunha a grande preocupação de serem envolvidas em boa música sacra de reconhecida superioridade. Era nesse clima que cada um de nós em espírito de reflexão profundo ia esgravatando a sua consciência e exercitando a busca de novos comportamentos perante Deus, os outros e consigo próprio.
Pensando nesses belos sons que nos ajudastes a descobrir apenas nos resta duas palavras: Obrigado e Saudades.
Lembro-me de vê-lo triste, naquela manhã de Domingo do dia 24 de Maio do ano de 1969, em que celebrou as exéquias da maestrina Olga Violante(1903-1969) (1), sua dedicada madrinha e sua grande referência no campo coral e musical. Essa grande Senhora esteve ligada à sua vocação desde a sua tenra infância …era a sua magnânima protectora.
Padre Correia da Cunha também foi um tutor de muita da juventude de São Vicente de Fora, gerando em muitos de nós o gosto pela música clássica e de órgão através dos muitos concertos que se realizavam na igreja paroquial. Ficará para sempre na nossa memória a suas explicações despretensiosas na defesa do culto da boa música. Para se gostar, era necessário entender pois ninguém pode amar aquilo que desconhece. Padre Correia era verdadeiramente um grande mestre no domínio musical.
Padre Correia da Cunha dominava como ninguém a arte musical e a sua superior inteligência fazia brotar o amor pela boa música em todos nós. Ficarão inesquecíveis as longas noites que passámos na companhia de Padre Correia da Cunha, efectuando gravações no seu extraordinário gravador de bobines de fita para passar como fundo musical no templo. Muita gente ficava horas, sentada nos longos bancos, a ouvir estas fantásticas selecções de música sacra que eram sentidas como autênticas e sublimes magias e de elevação ao transcendental.
As celebrações penitenciais comunitárias tinham por parte de Padre Correia da Cunha a grande preocupação de serem envolvidas em boa música sacra de reconhecida superioridade. Era nesse clima que cada um de nós em espírito de reflexão profundo ia esgravatando a sua consciência e exercitando a busca de novos comportamentos perante Deus, os outros e consigo próprio.
Pensando nesses belos sons que nos ajudastes a descobrir apenas nos resta duas palavras: Obrigado e Saudades.
PECADOS CAPITAIS
1º Soberba
- Fui orgulhoso ou soberbo?
- Por pensamentos, palavras ou obras, desprezei o meu semelhante?
-Foi obcecado ou teimoso na defesa dos meus pontos de vista em assuntos discutíveis?
- Fui vaidoso?
- Fiquei melindrado ou sou facilmente susceptível por ninharias que ferem a minha vaidade?
- Fui exagerado no luxo e ostentação?
2º Avareza
- Tive demasiado apego ao dinheiro e aos bens materiais?
- Auxiliei os pobres e necessitados consoante as minhas posses? Ou quis enganar-me a mim mesmo desculpando-me para os não auxiliar?
- Cometi algum acto de suborno para me locupletar?
3º Luxúria (Incluído no 6º e 9º Mandamentos da Lei de Deus).
4º Ira
- Tive movimentos de ira ou cólera nas adversidades?
- Tenho sido descontrolado nas minhas reacções com os outros?
- Fui impaciente sobretudo com os meus inferiores?
- Respondi torto ou com dureza?
- Fui paciente com os pobres e enfermos?
5º Gula
- Tenho comido ou bebido em excesso, ou apenas pelo prazer do paladar?
- Tenho feito exercícios de autodomínio e de sacrifício nesta matéria?
- Tenho cumprido as leis da abstinência e do jejum?
6º Inveja
- Invejei os bens ou sorte dos outros?
- Tive inveja dos seus triunfos sociais, morais ou espirituais?
- Tive inveja do seu bem-estar ou das suas notas nos cursos?
- Mostrei-me ou senti-me contente com os seus males?
7º Preguiça
- Fui preguiçoso nos meus actos ou no meu serviço?
- Deixei de cumprir os deveres do meu estado ou da minha profissão, por preguiça?
- Desperdicei o tempo?
- Procurei trabalhos mais fáceis com prejuízo dos meus companheiros?
- Servi-me de manhas para não realizar as tarefas que me competiam?
DEVERES PRÓPRIOS DO MEU ESTADO
Cada estado na vida tem deveres que lhe são próprios.
Um médico, por exemplo, tem obrigações diferentes de um carpinteiro ou de um soldado; um homem casado tem deveres especiais para com a sua mulher e para com os seus filhos; um militar tem deveres especiais para com a Pátria, para com os seus superiores e para os seus iguais ou inferiores, etc.
Por isso cada pessoa deve examinar-se nesta matéria com muito cuidado, pois há deveres gravíssimos, que muitas vezes são postos de parte e que ofendem a Deus gravemente.
Uma sentinela que abandona o seu posto, comete uma falta grave. Um médico que, por preguiça, não vai tratar de um doente comete também uma falta grave. Um pai que não deixa ir o filho à catequese ou à escola, comete também falta grave, etc.
SEGUNDO MÉTODO DE EXAMINAR CADA UM A SUA CONSCIÊNCIA(Cada um deve examinar-se, confrontando a sua vida com os deveres que tem para com Deus, para com o próximo e para consigo mesmo).
Primeiro: DEVERES PARA COM DEUS
- A minha vida cristã progrediu ou recoou?
No que respeita à Fé:
- Procurei conhecer cada vez mais a Deus e à sua doutrina?
- Desperdicei alguma ocasião de me instruir ou esclarecer nos assuntos da minha Fé?
(Leituras, pregações, Cursos de Religião, etc.)
-Evitei leituras, conversas, espectáculos prejudiciais á minha Fé?
-Procurei esclarecer a minha consciência a respeito de dúvidas que tive ou que me expuseram?
- Tive vergonha ou respeitos humanos em me confessar publicamente cristão; em participar em actos do culto público?
- Desculpei-me com subterfúgios, quando era preciso coragem para me mostrar como cristão?
- Aceitei como vindas das mãos de Deus as contrariedades e dificuldades da vida?
- Aceitei como uma participação na Cruz de Cristo?
No que respeita aos actos religiosos:
- Rezei as orações da manhã e da noite?
- Tenho cultivado o hábito da oração e da presença de Deus em mim, durante o dia?
- Tenho conseguido arranjar tempo para consagrar a Deus? Ou tenho contado avaramente os minutos que dou ao Senhor?
- Tenho rezado apenas para pedir favores, ou também para adorar, dar graças, bendizer, aceitar a Cruz e a amar a Deus?
- Nos actos de culto preceituados (Missa dominical, Confissão e Comunhão anuais) procurei estar atento e devoto?
- Fi-los nas devidas disposições em devido tempo?
- Tenho procurado participar nos actos litúrgicos com a consciência esclarecida acerca do que se está a fazer?
- Faltei á Missa Dominical? Quantas vezes sem motivo grave?
- Tenho procurado fazer do Domingo o Dia do Senhor, consagrando-o a actos de piedade e à vida de família?
- Facilitei e favoreci aos outros, principalmente inferiores, a prática dos seus deveres religiosos?
- Tenho recorrido com frequência aos Santos Sacramentos?
No que respeita à Esperança:
- Tive confiança em Deus e na sua Divina Providência?
- Recorri ao auxílio de Deus nos momentos de tentação e de desânimo?
- Contei apenas com as minhas forças para a prática da virtude?
- Deixei-me levar pelo desespero?
- Fui presunçoso no que toca à minha salvação?
No que respeita à Caridade:
- Amo de verdade a Deus sobre todas as coisas?
- De facto, prefiro Deus ao dinheiro, ao conforto, aos prazeres, ao desporto, à política, à profissão?
- Nos outros, procuro ver pessoas criadas à imagem, à semelhança de Deus?
- Tenho amado os outros por amor de Deus?
- Em todos, mas principalmente nos inferiores e subordinados, tenho visto sempre filhos de Deus, e tenho-os tratado com consideração devida a essa honra deles?
- Tenho manifestado o meu amor a Deus, confiando-lhes a minha vida e as minhas preocupações? Tenho pedido a divina ajuda para a sua solução?
Segundo: DEVERES PARA COM OS OUTROS
Em geral
- Tenho-me preocupado com os outros?
- Tenho passado e procurado cumprir os meus deveres para com os meus superiores, iguais e inferiores?
- Procuro ajudar os outros, prestando-lhes os meus serviços, sobretudo quando necessitados ou pobres?
- Procuro fazer-lhes bem e ajudo-os a fazerem o bem e a fazerem bem os seus serviços?
- Procuro compreender os outros e as suas dificuldades? Tentei ajudar a resolvê-las?
- Dei bom exemplo aos outros, principalmente nas conversas, nas acções e nas atitudes?
- Guardo ódio, rancor ou mesmo antipatia com alguém?
- Fui áspero, rude ou malcriado com alguém?
- Bati, feri, matei ou maltratei alguma pessoa?
- Ofendi a honra o bom-nome ou a boa fama de alguém?
- Recusei reconciliar-me com o próximo?
- Levantei falsos testemunhos ou calúnias?
- Desprezei alguém? Mostrei-me soberbo ou vaidoso, sobretudo com inferiores, os pobres ou necessitados?
- Invejei os bens ou sorte dos outros? Tive inveja das suas qualidades ou seus triunfos?
- Alegrei-me com o mal do próximo?
- Dei em toda a parte e em todas as circunstâncias testemunho de que sou cristão?
- Da minha vida que conclusões podem tirar os não cristãos a respeito do Cristianismo?
- Respeitei como sagrado o que é dos outros, do serviço ou da empresa onde trabalho?
- Cumpri os meus deveres de generosidade e de caridade?
- Cumpri os meus deveres de justiça? Paguei o que devia em devido tempo?
Deveres dos filhos para com os pais
- Amo e tenho demonstrado o meu amor para com os meus pais?
- Procuro dar-lhes prazer e alegria? Ou tenho sido egoísta e malcriado?
- Tenho tido e demonstrado confiança neles, pedindo-lhes o seu conselho e ajuda nas minhas dificuldades?
- Tenho-os interessado na minha vida! Interesso-me pela deles e pela de meus irmãos e demais parentes?
- Censurei-os ou disse mal deles?
- Tenho respeitado os meus pais e parentes ou tenho sido grosseiro para com eles?
- Tenho suportado com paciência os seus defeitos e fraquezas?
- Tenho aceitado as suas censuras e admoestações com a devida humildade?
- Fui desobediente a meus pais e aos meus superiores?
- Procurei obedecer com gosto?
- Menti a meus pais para me desculpar de qualquer falta ou apenas pelo prazer de enganar?
- Ludibriei a obediência que lhes devo?
- Revoltei-me contra a sua autoridade ou contra as suas pessoas? Cheguei, por desgraça, à violência?
- Tenho contribuído para o bem-estar espiritual, moral e material dos pais e de toda a família?
- Fui cuidadoso nos serviços que devo prestar em casa?
- Fui moderado nos gastos e nos pedidos de dinheiro?
- Fiz do lar uma pensão e dos meus pais e irmãos uma espécie de criados?
- Se meus pais estão já idosos, tenho-os ajudado moral e materialmente, cumprindo alegremente este dever, ou faço-o com muito custo e contra-feito?
- Tenho tido vergonha da modéstia de vida, ou mesmo pobreza de meus pais e demais parentes? Desprezei-os alguma vez por esse motivo?
- Se estou afastado deles, tenho-lhes escrito com a devida frequência? Tenho-lhes enviado provas concretas do meu amor filial?
- Zanguei-me ou estou de relações cortadas com algum membro da família?
- Nas questões de mal-entendidos, tenho procurado pôr-me no lugar dos outros para melhor compreender os seus pontos de vista? Tenho procurado diligentemente a paz de todos?
- Na vida moral e religiosa, tenho dado sempre o bom exemplo?
- Tive ou tenho inveja de algum membro da família, da sua sorte ou dos seus triunfos?
- Para com os avós, fui paciente, respeitador, obediente, amável?
- Fiz do domingo o Dia do Senhor e da Família, ou foi egoísta sacrificando a alegria da convivência de todos aos meus gostos e caprichos, mesmo legítimos?
Texto: Padre José Correia da Cunha
Continua…
Deveres dos estudantes – Deveres dos Pais para com os filhos – Deveres dos esposos – Deveres do cidadão – Deveres dos operários ou empregados – Deveres dos militares – Deveres dos chefes e patrões
(1) - Olga Violante – maestro notável com carreira internacional, a partir de 1964 foi-lhe confiada a direcção do Coro Gulbenkian.
Fotos: Base Naval do Alfeite
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A Junta de Freguesia de S. Vicente de Fora, está disponivel para participar dentro das suas limitações no programa na homenagem que está em preparação.
ResponderEliminarVitor Agostinho
Presidente da Junta de Freguesia de S.Vicente de Fora
Ficamos muito sensibilizados com a sua mensagem de 16.XI.2009.
ResponderEliminarAgradecemos desde já todo o apoio que a Junta de Freguesia de São Vicente de Fora puder proporcionar, acerca de um eventual projecto de homenagem a Padre José Correia da Cunha, um grande intelectual dotado de superior inteligência, grande cultura, bondade, dinamismo e que tanto honrou a Freguesia de São Vicente de Fora. Não poderemos deixá-lo esquecido. Lanço aqui o desafio a todos: que nos manifestemos sobre uma
Homenagem Pública a Padre Correia da Cunha.
Todas as sugestões serão bem-vindas!
joaopaulo.costadias@gmail.com