segunda-feira, 1 de março de 2010

PE. CORREIA DA CUNHA-VIVER EM COMUNIDADE

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Criar novas memórias, novos sorrisos, novos momentos, novas lembranças.




Desde muito novo ouvi a Padre Correia da Cunha que para se viver em comunidade tínhamos que esforçar-nos em superar muitos dos nossos egoísmos e fortalecer a imensa capacidade, que havia no interior de cada um de nós para a partilha e solidariedade…

Não era difícil viver em comunidade, em São Vicente de Fora, quando existia Amor e confiança. Quando amamos e confiamos nos outros, somos capazes de fazer grandes coisas …

Todos sabíamos que os conflitos eram inevitáveis. Eles existiam também na Comunidade Paroquial de São Vicente de Fora, mas contribuíam para nos ajudarem a crescer… Só junto com os outros é que aprendemos a falar, a construir ideias e a comunicar. Todos somos aquilo que somos devido ao grupo onde nos integramos. Ter bons amigos era vital para os nossos relacionamentos e desenvolvimento. Há um ditado popular que traduz de uma forma muito simples esta ideia: “Diz-me com quem andas e eu dir-te-ei quem és.”


A paróquia de São Vicente de Fora era o lugar onde podíamos encontrar os nossos melhores amigos. Porquê? Era por iniciativa e chamamento do próprio Cristo que integrávamos aquela comunidade.







Padre Correia da Cunha socorria-se muito da primeira carta de São Paulo aos Coríntios, do Capitulo 12, que referia: “Que somos um corpo com muitos membros. Todos eles são importantes. Todos dependem uns dos outros. Mas, não são os membros, tais como: mãos, pés, coração, olhos etc., que escolhem o lugar ou os outros membros. Cristo colocou quem quis ao nosso lado e serão essas pessoas que vos ajudarão a crescer e a formar a vossa indulgência.” Na Comunidade de São Vicente todos éramos muito importantes independente das tarefas que cada um desempenhasse… Padre Correia gostava que nos sentíssemos importantes. Era a sua forma discreta de elogio, pois sem ele não poderia haver uma visão positiva e dinâmica.

Jesus Cristo era o centro e o motivo que nos fazia viver felizes e em comunidade. Havia pluralidade de tarefas, mas os objectivos eram comuns: ajudar na construção e expansão do Reino.

Os valores indicados por Padre Correia da Cunha eram os da compreensão, perdão, inter-ajuda… as tensões para ele eram meios naturais de salutar crescimento. Com a sua sábia intervenção, todos os conflitos eram resolvidos numa duradoura e fecunda reconciliação.

Padre Correia da Cunha não era casamenteiro, mas ajudou, assistiu e celebrou imensos matrimónios, cujos amores brotaram daquelas puras amizades cimentadas pelos grandes valores cristãos apreendidos e vividos na Comunidade Paroquial de São Vicente de Fora.


Quando escrevo este post não tenho a intenção de matar saudades e falar de memórias. Quero apenas reavivar a memória de muitos que tiveram como guia e inspirador Padre Correia da Cunha e nutriam por ele sentimentos de grande e fraternal amizade. Hoje poderiam a ajudar a construir novos momentos de crescimento e novos momentos de felicidade, gerando novos sorrisos; dando testemunho do que era o companheirismo na Paróquia de São Vicente de Fora. Junte-se a nós!


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