domingo, 7 de outubro de 2012

PE CORREIA DA CUNHA E O REGRESSO À CATEQUESE

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AS TAREFAS FUNDAMENTAIS DA CATEQUESE: AJUDAR A CONHECER, CELEBRAR, VIVER E CONTEMPLAR O MISTÉRIO DE CRISTO.”




Era num domingo do mês de Outubro que se dava início ao novo ano catequístico, pelas dez horas, na celebração eucarística comunitária com a igreja completamente repleta de gente! 

As portas da bela igreja paroquial de São Vicente de Fora abriam-se para acolher em jubiloso regozijo, centenas de crianças, que vinham para a Catequese na busca de viver e contemplar o mistério de Jesus Cristo. Era a resposta de cada um ao chamamento!

A obra da Catequese era considerada pelo Padre Correia da Cunha como a actividade mais primordial da Comunidade Cristã.

Esse maravilhoso dia era o símbolo da fraternidade e solidarização, dando-se durante o mesmo, oportunidade a todas aquelas crianças, que acalentavam sentimentos, de muita esperança e felicidade, no encontro fraterno com amigos e catequista.

O Padre Correia da Cunha tinha bem presente que aquelas crianças simbolizavam o futuro da comunidade e da Igreja. Os traços primordiais da sua vida sacerdotal sempre foram o de ser um verdadeiro mestre. 

O mês de Outubro era o regresso às “aulas” de catequese. Havia em todas aquelas crianças o ardente desejo de apreenderem a mensagem da BOA NOVA. A Comunidade Paroquial de São Vicente de Fora contava com um imenso grupo de catequistas, que traziam em si o traço indelével do seu bom e dilecto mestre: Padre Correia da Cunha.

A sua vocação e destino eram de ser um evangelizador, espargindo a sua rara e imensa sabedoria sobre a ignorância.

Com profunda emoção, desejo prestar aqui uma merecida homenagem aos catequistas de São Vicente de Fora: Ana Themudo Barata (1922-1982), Carlos Barradas (1926-2008), Casimiro Ferreira (1928-2009), António Simões (1925-2007), Irmã Gina Magagnotti (1920-1989), António Melo e Faro(1949-2004), Patrocinia Dias (1929-1989), Natália Oliveira (1951-2011), Judite Martins (1942-2012) Carolina Saraiva, João António, Suzete e João Baptista, Teresa e Manuel Taledo, José Martins Sanches, Dores, Rogério Martins Simões, João Rosa, Fernanda Gaspar, Hermínia, José Manuel Nunes, Zélia Nunes, Gina Gomes, Teresa Gomes, Dulce, Ermelinda, Mário Jorge, Maria de Jesus, Maria do Céu, Luísa Rei, Helena Simões, Ir. Ana Guerra, Ir. Eulália, Ir. Escolástica…

(e muitos outros que aguardo a vossa informação para aqui colocar os seus nomes).



Creio sinceramente que de todas as artes a mais bela e mais sublime e a mais difícil é a arte de ensinar. Por isso o meu respeito aos catequistas que contribuíram na minha educação cristã.



Os catequistas eram gente generosa que procuravam viver a sua fé intensamente, dando sempre o melhor neste trabalho de educadores da Fé, em comunhão com o Padre Correia da Cunha. O seu carisma era exigente, pois tinham a missão de acolher aquelas crianças e transmitirem a mensagem evangélica e a experiência de vida cristã. Com os seus gestos de ser, de agir, de falar e de fazerem presente em cada momento das suas vidas que eram amados e queridos por DEUS. Na catequese, apreendíamos a amar Jesus e, através da sua amizade, a viver uma vida nova e plena de felicidade.

O Padre Correia da Cunha considerava que era mostrando-nos as coisas simples que Jesus se revelava na simplicidade do nosso dia-a-dia, na beleza de uma flor, num abraço sincero, numa palavra amiga… Foi naqueles espaços do Mosteiro de São Vicente de Fora, que muitos de nós, na companhia desse notável mestre e sapientes catequistas, aprendemos a descoberta de um Deus que é Amor.




O Padre Correia da Cunha não negligenciava esta sua imensa responsabilidade, pois tinha bem presente que cada criança da catequese lhe estava confiada por Deus, pelo que a acolhia com todo o seu carinho e amizade.



Hoje publico fotos de momentos do Padre Correia da Cunha com as crianças da catequese e estou seguro que muitas delas souberam respeitar o sacrifício desse abnegado padre que enrugou a sua vida como grande apóstolo da educação da fé.

Os traços das nossas vidas prolongam-se desde a infância até à maioridade, assinalando etapas em cada curva dos nossos destinos. Relembrar hoje a abertura das portas daquela imensa igreja, no dia do regresso à catequese paroquial, traz-me à memória as imensas famílias que procuravam, naqueles tempos, ajuda na mais santa missão que era a de educarem os filhos na fé cristã, pois como referia Padre Correia da Cunha: “ Os pais são os primeiros e insubstituíveis educadores dos seus filhos…”

A paróquia de São Vicente de Fora chegou a ter 500 crianças inscritas na catequese, de ambos os sexos. Todos os membros da Comunidade, em torno do seu pároco, tudo faziam para preencher os corações de amor e felicidade, desses meninos e meninas.















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