domingo, 6 de novembro de 2016

PE. CORREIA DA CUNHA - SÃO NUNO DE SANTA MARIA












«VERDADEIRAMENTE ETERNO E  

           IMORTAL!»




Passa hoje o dia de Nuno Alvares, o Santo Condestável. Livrou a Pátria da morte, num momento em que ela parecia desagregar-se. Elevou o valor e o destemor à suprema expressão religiosa.

O guerreiro de Aljubarrota demandou o claustro para nele sublimar a sua existência, purificando-se das fraquezas da humanidade. Figura nacional sem competidor, ele encarna Portugal na defesa da sua fé e sua capacidade de sacrifício.


Há quem o esqueça? Não sabemos, pois cremos que o facto de alguém ser português envolve imediatamente uma adesão ao culto do Condestável.
Hoje transcrevo um soneto da autoria do Padre Correia da Cunha de evocação a esta heróica figura de virtudes cristãs.


A FALA DO CONDESTÁVEL


VALVERDE… QUANDO A HOSTE PORTUGUESA
SE PERDE NUMA IMENSA CONFUSÃO
RECOLHE-SE DOM NUNO EM ORAÇÃO
DEIXANDO TUDO AINDA EM LUTA ACESA


AO VÊ-LO UM SOLDADO COM SURPRESA
CHAMA: - SENHOR, NÃO SE VOS DÁ ENTÃO
QUE PORTUGAL SE PERCA,…NÃO? – IRMÃO
OLHA…O MELHOR MONTANTE É NOSSA REZA,


ERGUENDO-SE LHE VOLVE O BOM DO SANTO
E CONTINUA: AGORA, SIM LUTAR
ATÉ MORRER, SE FOR PRECISO TANTO,


SÓ ASSIM PORTUGAL SE HÁ DE SALVAR…
AH!...NOSSA PÁTRIA NÃO SE PERDE ENQUANTO
UM LUSO CORAÇÃO SOUBER REZAR!


(Correia da Cunha - 6 de Novembro 1937)




Realizada a sua missão de guerreiro, vendo a Pátria livre e independente e tendo mesmo acompanhado o rei e os infantes a Ceuta, para lançar a primeira pedra do Império, ainda não estava satisfeito.

Não encontrou a paz e a felicidade nas glórias militares – mas sim no desprender-se dos bens da terra, depondo a sua espada num altar e recolhendo-se num convento, distribuiu aos pobres o que era o seu.




Passados tantos séculos sobre a sua morte, a figura do Condestável, transfigurada pelo heroísmo e pela santidade, projecta-se ainda sobre nós, dando às nossas almas o verdadeiro sentido da vida. Santo Nuno de Santa Maria amou Deus a Pátria e a perfeição. Nisto se resume o ideal da sua vida.
Igreja de Santo Condestável - Lisboa



Lisboa: D. Manuel Clemente assinala Santo Condestável defendeu «os seus sem ofender os outros»


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Hoje, numa tarde cheia de sol, no alto do Restelo o Presidente da Republica Prof. Marcelo Rebelo de Sousa inaugurou uma estátua a D. Nuno Alvares Pereira, o Condestável, da autoria do escultor Augusto Cid.


Esta bela obra de arte ali ficará para nos lembrar a todos, a vontade de um homem que pela sua energia indómita, a serenidade do seu sacrifício, a altivez da renúncia e o vigor da sua fé foi e será sempre um exemplo dos verdadeiros valores pátrios. Vemo-lo ali, apresentado com um guerreiro e como um santo.


Foi forçado a escolher entre o comodismo das honras militares da aristocracia possuidor de uma vasta fortuna e o abraçar a espiritualidade apostólica onde poderia alcançar novos horizontes na busca da simplicidade da fraternidade do género humano.


 O seu génio militar sempre esteve associado às suas virtudes de santidade.A sua vida constitui ainda hoje um belo e constante exemplo de amor a Deus e à Pátria.
























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