Quando eu era menino, neste dia celebrava-se a Imaculada
Conceição, que era mãe de Jesus. Por isso, também se comemorava o dia da nossa
mãe. Ainda hoje, para mim o dia da mãe é o dia 8 de dezembro. O segundo domingo
de maio é o dia comercial da mãe.
Mãe: Palavra imaculada, que deve existir sempre em nossos
corações. Palavra pura que significa tudo o que há de mais sublime para nós.
Hoje é dia, de recordarmos aquela semideusa que nos viu
nascer, nos afagou, nos alimentou, nos beijou, nos guiou…a única que sempre nos
perdoou e nunca nos julgou.
Há quem fique sem mãe no justo momento em que mais
necessitava dela. Como foi o meu caso. Mas, no céu, brilhando na ponta de uma
luminosa estrela, todas as mães que Deus chamou, têm o poder de reger os
destinos de seus filhos.
Neste início do mês de dezembro pensamos na Mãe de Deus, mas
também nas nossas mães. Recordo ainda que na paróquia de São Vicente de Fora, o
Padre Correia da Cunha aproveitava para festejar também os filhos (fazia-o
junto do altar de N. Senhora da Conceição), que nasceram do ventre das mães,
pois tinham os olhos das mães, os gestos das mães, as atitudes das mães, as
ilusões das mães…
Em todos os sentimentos humanos há sempre um espaço
santificado, reservado a lembrar as nossas mães: a de Jesus e a nossa mãe.
Neste ano de 2020 em que pairam sobre nós nuvens muito
escuras, trazidas pela pandemia do Covid19 em que vivemos, o meu pensamento vai
para as minhas saudades da infância, em que aos pés do altar de Nossa Senhora
da Conceição, com uma oração nos lábios agradecia à Mãe de Jesus a proteção que
não esquecia de estender às nossas mães. Hoje rogo-lhe que faça o sol brilhar sobre
estas sombras enigmáticas.
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