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Falar de Padre Correia da Cunha, diga-se em abono da verdade, não é tarefa fácil, mesmo para quem viveu muito da sua vida de adolescente e jovem na afectuosa companhia deste grande e genial mestre.O Padre Correia da Cunha era um homem de personalidade requintada, sóbria e de uma invulgar cultura. Manejava sabiamente e de uma forma extremamente cuidada os instrumentos da escrita.
Quantos trabalhos seus não estarão perdidos ou arquivados sem a justa e merecida divulgação?
Hoje vou dar início à transcrição de um opúsculo da autoria de Padre José Correia da Cunha, com o título de: O NÃO OU O SIM?
Editado no ano de 1960 pela Associação de Marinheiros Católicos, com sede na Rua Augusto Rosa, 31, em Lisboa. O Pe Correia da Cunha de saudosa memória, por mérito e grande paixão à Marinha Portuguesa, atingiu o lugar de primeiro-tenente, tendo servido várias unidades (irei aproveitar imagens dos vários navios onde exerceu a sua actividade) para ilustrar este seu legado.
O Padre Correia da Cunha, como Capelão da Marinha, foi transmitindo durante longos anos, às sucessivas gerações de jovens marinheiros, as boas práticas cristãs e humanas.
Este grande Capelão da Armada e insigne mestre não se apaga da mente e do coração de todos os que tiveram a felicidade de o conhecer e serem seus discípulos.
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PARÁBOLA DO AMOR DE PAI!
Falar de Padre Correia da Cunha, diga-se em abono da verdade, não é tarefa fácil, mesmo para quem viveu muito da sua vida de adolescente e jovem na afectuosa companhia deste grande e genial mestre.O Padre Correia da Cunha era um homem de personalidade requintada, sóbria e de uma invulgar cultura. Manejava sabiamente e de uma forma extremamente cuidada os instrumentos da escrita.
Quantos trabalhos seus não estarão perdidos ou arquivados sem a justa e merecida divulgação?
Hoje vou dar início à transcrição de um opúsculo da autoria de Padre José Correia da Cunha, com o título de: O NÃO OU O SIM?
Editado no ano de 1960 pela Associação de Marinheiros Católicos, com sede na Rua Augusto Rosa, 31, em Lisboa. O Pe Correia da Cunha de saudosa memória, por mérito e grande paixão à Marinha Portuguesa, atingiu o lugar de primeiro-tenente, tendo servido várias unidades (irei aproveitar imagens dos vários navios onde exerceu a sua actividade) para ilustrar este seu legado.
O Padre Correia da Cunha, como Capelão da Marinha, foi transmitindo durante longos anos, às sucessivas gerações de jovens marinheiros, as boas práticas cristãs e humanas.
Este grande Capelão da Armada e insigne mestre não se apaga da mente e do coração de todos os que tiveram a felicidade de o conhecer e serem seus discípulos.
Com três letrinhas apenas…
O NÃO OU O SIM?
Qualquer destas palavras se escreve com três letras e se prenuncia numa só emissão de voz.
No entanto, como são diametralmente opostas!...
O HOMEM é na terra o único ser que pode escolher e dizer NÃO ou SIM. E pode dizê-lo com a fala, com o gesto, com as acções, com as atitudes, enfim com toda a sua vida.
Do NÃO ou do SIM, que disser, depende a sua felicidade e a sua paz neste mundo, e a sua eterna salvação no outro.
Para que possas dizer o teu SIM, lê com atenção estas páginas e medita as suas palavras simples, despretensiosas, mas amigas, fraternalmente, cristãmente amigas!...
Do Padre Correia da Cunha
Certo homem…
Certo homem tinha dois filhos. E o mais novo de entre eles disse ao Pai: - Pai, dá-me a parte que me cabe da fortuna. E ele repartiu-lhes os bens.
Alguns dias depois, o filho mais novo, reunindo tudo, ausentou-se para uma região longínqua e por lá esbanjou os seus bens, vivendo dissipada mente.
Tendo ele gasto tudo, houve uma grande fome por aquela região e ele começou a passar privações.
Foi então ligar-se a um dos habitantes daquela região, o qual o mandou para os seus campos guardar porcos.
Bem desejava ele encher o seu ventre com as alfarrobas que os porcos comiam, mas ninguém lhas dava. Caiu então em si e disse: - ‘’ Quantos jornaleiros de meu pai têm pão com fartura e eu morro aqui à fome! Vou partir para ir ter com meu pai e dizer-lhe: - Pai, pequei contra o Céu e para contigo. Já não sou digno de chamar-me teu filho. Trata-me como um dos teus jornaleiros.
Partiu, pois, e foi ter com o pai.
Estando ele ainda longe, viu-o seu Pai, que se encheu de compaixão e correu a lançar-se-lhe ao pescoço.
Disse-lhe o filho: - Pai, pequei contra o Céu e para contigo. Já não sou digno de chamar-me teu filho!
Disse o pai aos seus criados: - Trazei depressa o fato melhor e vesti-lho; ponde-lhe um anel na mão e calçado nos pés. Trazei o vitelo gordo, matai-o; e comam mos em festa, porque este meu filho estava morto e voltou à vida, estava perdido e encontrou-se!
E começaram a festa.
Embora já conheças esta parábola, não será inútil meditá-la de novo. Não há , de certo, em todas as literaturas do mundo página mais bela nem palavras que melhor exprimam a delicadeza, a misericórdia e o amor de pai, nem ingratidão, a miséria e o arrependimento de um filho.
É costume chamar-se-lhe a Parábola do Filho Pródigo, mas talvez se lhe possa chamar também a Parábola do Amor de Pai, não é verdade?
Repara bem nela. Medita-a no silêncio do teu coração, recolhidamente e a sério…
Texto de Padre Correia da Cunha
Preparem-se para responderem de todo o coração ao questionário, que Padre Correia da Cunha nos irá lançar no próximo post.
Continua…
O NÃO OU O SIM?
Qualquer destas palavras se escreve com três letras e se prenuncia numa só emissão de voz.
No entanto, como são diametralmente opostas!...
O HOMEM é na terra o único ser que pode escolher e dizer NÃO ou SIM. E pode dizê-lo com a fala, com o gesto, com as acções, com as atitudes, enfim com toda a sua vida.
Do NÃO ou do SIM, que disser, depende a sua felicidade e a sua paz neste mundo, e a sua eterna salvação no outro.
Para que possas dizer o teu SIM, lê com atenção estas páginas e medita as suas palavras simples, despretensiosas, mas amigas, fraternalmente, cristãmente amigas!...
Do Padre Correia da Cunha
Certo homem…
Certo homem tinha dois filhos. E o mais novo de entre eles disse ao Pai: - Pai, dá-me a parte que me cabe da fortuna. E ele repartiu-lhes os bens.
Alguns dias depois, o filho mais novo, reunindo tudo, ausentou-se para uma região longínqua e por lá esbanjou os seus bens, vivendo dissipada mente.
Tendo ele gasto tudo, houve uma grande fome por aquela região e ele começou a passar privações.
Foi então ligar-se a um dos habitantes daquela região, o qual o mandou para os seus campos guardar porcos.
Bem desejava ele encher o seu ventre com as alfarrobas que os porcos comiam, mas ninguém lhas dava. Caiu então em si e disse: - ‘’ Quantos jornaleiros de meu pai têm pão com fartura e eu morro aqui à fome! Vou partir para ir ter com meu pai e dizer-lhe: - Pai, pequei contra o Céu e para contigo. Já não sou digno de chamar-me teu filho. Trata-me como um dos teus jornaleiros.
Partiu, pois, e foi ter com o pai.
Estando ele ainda longe, viu-o seu Pai, que se encheu de compaixão e correu a lançar-se-lhe ao pescoço.
Disse-lhe o filho: - Pai, pequei contra o Céu e para contigo. Já não sou digno de chamar-me teu filho!
Disse o pai aos seus criados: - Trazei depressa o fato melhor e vesti-lho; ponde-lhe um anel na mão e calçado nos pés. Trazei o vitelo gordo, matai-o; e comam mos em festa, porque este meu filho estava morto e voltou à vida, estava perdido e encontrou-se!
E começaram a festa.
Embora já conheças esta parábola, não será inútil meditá-la de novo. Não há , de certo, em todas as literaturas do mundo página mais bela nem palavras que melhor exprimam a delicadeza, a misericórdia e o amor de pai, nem ingratidão, a miséria e o arrependimento de um filho.
É costume chamar-se-lhe a Parábola do Filho Pródigo, mas talvez se lhe possa chamar também a Parábola do Amor de Pai, não é verdade?
Repara bem nela. Medita-a no silêncio do teu coração, recolhidamente e a sério…
Texto de Padre Correia da Cunha
Preparem-se para responderem de todo o coração ao questionário, que Padre Correia da Cunha nos irá lançar no próximo post.
Continua…
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