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Os amigos que partiram…
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Os amigos que partiram…
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IN MEMORIAM
IN MEMORIAM
Pe. José Diogo d’Orey Mousinho de Albuquerque de Mascarenhas Gaivão
1934-1980
1934-1980
PE. José Diogo d’Orey Mousinho de Albuquerque de Mascarenhas Gaivão nasceu na Praia da Rocha, no dia 11 de Outubro de 1934. Foi acolhido por seu amigo Padre Correia da Cunha na Comunidade Paroquial de São Vicente de Fora onde exerceu as funções de seu coadjutor (de 1969 a 1973).
O Zé Diogo, estudante universitário do último ano do Curso de Direito da Universidade Clássica de Lisboa, foi educado por uma mãe que ficara viúva com apenas 40 anos mas que possuía uma fé invulgar e entregava toda a sua vida ao serviço dos pobres da sua paróquia. De joelhos, implorava a Deus que lhe concedesse que um dos seus nove filhos tivesse como missão oferecer dignamente sobre o altar, o Santo Sacrifício da Eucaristia – acto que ela tão bem conhecia.
O Zé Diogo foi chamado por vocação (tardia) ao sacerdócio, tendo sido ordenado pelo Reverendíssimo D. Manuel II, Cardeal Patriarca de Lisboa, no dia 15 de Agosto do ano de 1960.
Recordo de um dia lhe ter ouvido: ‘’- Nasci para provocar a mais viva alegria e admiração à minha encantadora mãe ou de lhe gerar o maior desgosto…’’.
Não subiu o Zé Diogo apenas ao altar, com viria a falecer, com apenas 46 anos, como ministro sagrado na sua terra amada Oeiras, no dia 10 de Outubro de 1980.
Padre José Diogo almejava os valores da liberdade política e neles se empenhava com graves sacrifícios para a sua vida. Vivia ao serviço dos oprimidos pelo regime então vigente. Era um homem com elevada cultura política, muito sensível aos problemas dos mais pobres e desprotegidos. Tinha uma caridade enorme, que tudo dava tendo de viver uma vida de ‘’boémio’’.
O Padre Correia da Cunha nunca faltava com a sua palavra de conselho, orientação e carinho a este amigo, tal como nunca lhe recusava ajuda material.
O Padre José Diogo chegou muitas vezes a ser enclausurado nas instalações da Direcção Geral de Segurança, por ‘’ofensas’’ frontais que expressava contra o poder instituído, e o Padre Correia da Cunha sempre corria a ajudá-lo, restituindo-lhe a liberdade através da intervenção de vários dos seus amigos influentes.
O Padre José Diogo tinha uma grande paixão. Era o seu ‘’CASARÃO’’, em Oeiras, onde na companhia dos seus imensos primos, viveu momentos muito gratificantes de muita felicidade e alegria. Sentia-se, que quando se referia aquele local, os seus olhos sorriam e transbordava de imensa felicidade anterior. Creio que aquele local era uma saudável recordação.
A terminar transcrevo as seguintes palavras da sua prima Maria Teresa d’Orey Seabra Pereira de Sacadura Botte, sobre este grande padre.
O Zé Diogo disse:’’ Certamente vocês já se têm interrogado porque é que dentro de todos os primos fui eu, o mais frágil, a ser chamado por Deus, para o seu serviço. Encontrei a resposta e vou-la dar. Penso que o Senhor quer mostrar que apesar de eu ser o mais fraco, a Palavra d’Ele passa. ‘’.
É verdade querido ZÉ DIOGO, A PALAVRA PASSOU ATRAVÉS DE TI E FICOU NO CORAÇÃO DE MUITA GENTE QUE AINDA HOJE A RECORDA.
Deixo aqui, a todos os amigos vivos do Padre Zé Diogo, a oportunidade de prestarem a devida homenagem a este nosso e grande amigo de São Vicente de Fora, que mais do que Padre, teve um importante papel na formação política e cristã de muitos dos jovens da paróquia.
São Vicente de Fora guarda-o em seu coração! Deixou em todos muitas saudades.
RECEBEI, SENHOR, NO REINO DOS JUSTOS O NOSSO IRMÃO.
O Zé Diogo, estudante universitário do último ano do Curso de Direito da Universidade Clássica de Lisboa, foi educado por uma mãe que ficara viúva com apenas 40 anos mas que possuía uma fé invulgar e entregava toda a sua vida ao serviço dos pobres da sua paróquia. De joelhos, implorava a Deus que lhe concedesse que um dos seus nove filhos tivesse como missão oferecer dignamente sobre o altar, o Santo Sacrifício da Eucaristia – acto que ela tão bem conhecia.
O Zé Diogo foi chamado por vocação (tardia) ao sacerdócio, tendo sido ordenado pelo Reverendíssimo D. Manuel II, Cardeal Patriarca de Lisboa, no dia 15 de Agosto do ano de 1960.
Recordo de um dia lhe ter ouvido: ‘’- Nasci para provocar a mais viva alegria e admiração à minha encantadora mãe ou de lhe gerar o maior desgosto…’’.
Não subiu o Zé Diogo apenas ao altar, com viria a falecer, com apenas 46 anos, como ministro sagrado na sua terra amada Oeiras, no dia 10 de Outubro de 1980.
Padre José Diogo almejava os valores da liberdade política e neles se empenhava com graves sacrifícios para a sua vida. Vivia ao serviço dos oprimidos pelo regime então vigente. Era um homem com elevada cultura política, muito sensível aos problemas dos mais pobres e desprotegidos. Tinha uma caridade enorme, que tudo dava tendo de viver uma vida de ‘’boémio’’.
O Padre Correia da Cunha nunca faltava com a sua palavra de conselho, orientação e carinho a este amigo, tal como nunca lhe recusava ajuda material.
O Padre José Diogo chegou muitas vezes a ser enclausurado nas instalações da Direcção Geral de Segurança, por ‘’ofensas’’ frontais que expressava contra o poder instituído, e o Padre Correia da Cunha sempre corria a ajudá-lo, restituindo-lhe a liberdade através da intervenção de vários dos seus amigos influentes.
O Padre José Diogo tinha uma grande paixão. Era o seu ‘’CASARÃO’’, em Oeiras, onde na companhia dos seus imensos primos, viveu momentos muito gratificantes de muita felicidade e alegria. Sentia-se, que quando se referia aquele local, os seus olhos sorriam e transbordava de imensa felicidade anterior. Creio que aquele local era uma saudável recordação.
A terminar transcrevo as seguintes palavras da sua prima Maria Teresa d’Orey Seabra Pereira de Sacadura Botte, sobre este grande padre.
O Zé Diogo disse:’’ Certamente vocês já se têm interrogado porque é que dentro de todos os primos fui eu, o mais frágil, a ser chamado por Deus, para o seu serviço. Encontrei a resposta e vou-la dar. Penso que o Senhor quer mostrar que apesar de eu ser o mais fraco, a Palavra d’Ele passa. ‘’.
É verdade querido ZÉ DIOGO, A PALAVRA PASSOU ATRAVÉS DE TI E FICOU NO CORAÇÃO DE MUITA GENTE QUE AINDA HOJE A RECORDA.
Deixo aqui, a todos os amigos vivos do Padre Zé Diogo, a oportunidade de prestarem a devida homenagem a este nosso e grande amigo de São Vicente de Fora, que mais do que Padre, teve um importante papel na formação política e cristã de muitos dos jovens da paróquia.
São Vicente de Fora guarda-o em seu coração! Deixou em todos muitas saudades.
RECEBEI, SENHOR, NO REINO DOS JUSTOS O NOSSO IRMÃO.
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Fico imensamente conmovido pela magnífica e justa homenagem que tem oferecido o meu caro amigo João ,ao Padre José Diogo d'Orey, que foi, e fica um saudoso amigo dos momentos inesquecivéis ,que éu tive a sorte de viver , nos anos 70, na parôquia de São Vicente .Guardo, deste homem tão inteligente e tão culto,a lembrança ainda viva duma generosidade intensa, duma paixão pela liberdade ,pela justiça ,pela caridade , que eram para ele,neste mundo,as imagens necesárias das mesmas virtudes que reinam no Espírito Divino! Eu tinha perdido o rasto dele, há muito tempo, depois da minha última viagem à Lisboa, em 1976...muitas vezes,estive a pensar nele, com muito carinho, sem posibilidade de ter noticia nenhuma!lembro-me ,com imensa emoção dos momentos que passamos juntos, tantas vezes,ora na tribuna do órgão de São Vicente, que tanto gostava ele de ouvir,ora , até horas tardias da noite,num café do Alfama,onde reconstruía ele o mundo,com entusiasmo,e exceso a vezes,mas sempre com sinceridade e generosidade,e também com o desespero dos seus sonhos!...muitos anos logo,ainda tenho as lágrimas nos olhos, quando penso nisso...e hoje mesmo,quando tenho a certeza da morte dele, quando realizo que jà há 30 anos que deixou este mundo ,sem que o soubesse, sinto a mesma tristeza , a mesma saudade que senti quando soube a morte de Padre J.Correia da Cunha...dois saudosos amigos, sempre vivos no meu coração!
ResponderEliminarPor isso, quero agradecer, uma vez mais,ao João Paulo pela bela testemunha que nos deixa aqui!..espero que muitos outros amigos do "Zè Diogo"possam também trazer à memoria este homem bom e justo que foi ele!...nosso irmão, aqui, e no Reino dos Céus!
Robert Descombes,outrora ,organista "itinerante" de São Vicente da Fora...
É pena que para ilustrar o texto sobre o Padre Zé Diogo, o João Paulo tenha utilizado a fotografia do Grande Amigo Rui Aço que está bem vivo e que se recomenda " vivamente". Saudações e mais cuidado.
ResponderEliminarJOSE DIOGO – RUI AÇO
ResponderEliminarCreio tratar-se de um equívoco. Esta foto foi cedida pelo amigo Rogério Martins Simões. Na foto vê-se o Padre José Diogo procedendo a um assento de casamento, tendo a seu lado o Rogério Simões. Após este comentário realmente constato que são muito semelhantes. Mas mantenho que a foto é do saudoso Padre José Diogo. Caso se venha a confirmar que é do meu amigo Rui Aço, procederei de imediato à sua substituição, até porque possuo outra de Padre José Diogo, celebrando a Eucaristia. Agradecia o empenho de todos para esclarecer esta lamentável situação. Publico a foto original no meu FACE BOOK.
João Paulo Dias
Este esclarecimento por parte de Rogério Martins é fundamental para esclarecer algumas dúvidas surgidas com a publicação desta foto de Padre ZÉ DIOGO.
ResponderEliminarRogério Martins Simões declara categoricamente:
- Sim! É o Padre Diogo
http://www.facebook.com/photo.php?pid=230898&id=100000543202519
É o meu Tio José Digo sim senhora
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