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A festa significava ter um coração cheio de alegria …
Os magníficos claustros eram os recantos mais vivos do nosso Mosteiro de São Vicente de Fora.
Aqueles longos corredores esfregavam a imaginação e a criatividade de qualquer jovem.
No longo corredor, que descia da Capela dos Meninos de Palhavã, existia ali uma inscrição, a Avenida do Padre Cunha, merecedora de respeitosas reverências. O corredor que passava junto ao Panteão dos Patriarcas tinha uma inscrição: Rua Foge, vem aí o Prior. Ainda hoje me recordo destas inscrições nas esquinas… e com uma saudade longínqua. Penso que alguém me poderá ajudar a descobrir para este pedacinho da história… a toponímica das restantes ruas e avenidas…
Aquele monumento era um depósito de recordações e tinha o privilégio de destacar naqueles corredores, onde havia um cheiro rústico, grandes experiências da fecunda e incontrolada imaginação da juventude…
Há tantas emoções espalhadas por ali! Desde o silêncio sepulcral até ao balançar dos pares de namorados que aproveitavam aqueles espaços graciosos para se deixarem enrolar nas vibrações das promessas e dos beijos. Mas o local mais belo dos Claustros de São Vicente de Fora era o pátio onde se encontrava uma velha cisterna – local de eleição e inspirador para muitos namorados, que ali vivam os seus breves flirts.
Estas ruas e avenidas em bons traços geométricos sempre defraudavam nossas expectativas, pois Padre Correia da Cunha acabava por aparecer, procurando sanar as loucas correrias e os brados duma juventude irrequieta. Como mestre, lá acariciava os corações dos seus educandos e aproveitava para transmitir o seu saber, contribuindo assim para o nosso crescimento de bons cristãos, de valores morais e cidadãos construtores de um mundo melhor.
Há certos lugares, nas nossas vidas que nunca ficam esquecidos, os claustros do Mosteiro de São Vicente são um deles.
Se não fossem as esquinas, as ruas não seriam ruas e avenidas: seriam estradas ou caminhos. Mas aqueles claustros tinham esquinas. E as esquinas são em geral o ângulo recto das ruas e avenidas, onde a gente quase sempre encontra uma voz ecoando, com ou sem eco, afagando uma esperança qualquer, enrolada num sonho hipotético.
Aqueles longos corredores esfregavam a imaginação e a criatividade de qualquer jovem.
No longo corredor, que descia da Capela dos Meninos de Palhavã, existia ali uma inscrição, a Avenida do Padre Cunha, merecedora de respeitosas reverências. O corredor que passava junto ao Panteão dos Patriarcas tinha uma inscrição: Rua Foge, vem aí o Prior. Ainda hoje me recordo destas inscrições nas esquinas… e com uma saudade longínqua. Penso que alguém me poderá ajudar a descobrir para este pedacinho da história… a toponímica das restantes ruas e avenidas…
Aquele monumento era um depósito de recordações e tinha o privilégio de destacar naqueles corredores, onde havia um cheiro rústico, grandes experiências da fecunda e incontrolada imaginação da juventude…
Há tantas emoções espalhadas por ali! Desde o silêncio sepulcral até ao balançar dos pares de namorados que aproveitavam aqueles espaços graciosos para se deixarem enrolar nas vibrações das promessas e dos beijos. Mas o local mais belo dos Claustros de São Vicente de Fora era o pátio onde se encontrava uma velha cisterna – local de eleição e inspirador para muitos namorados, que ali vivam os seus breves flirts.
Estas ruas e avenidas em bons traços geométricos sempre defraudavam nossas expectativas, pois Padre Correia da Cunha acabava por aparecer, procurando sanar as loucas correrias e os brados duma juventude irrequieta. Como mestre, lá acariciava os corações dos seus educandos e aproveitava para transmitir o seu saber, contribuindo assim para o nosso crescimento de bons cristãos, de valores morais e cidadãos construtores de um mundo melhor.
Há certos lugares, nas nossas vidas que nunca ficam esquecidos, os claustros do Mosteiro de São Vicente são um deles.
Se não fossem as esquinas, as ruas não seriam ruas e avenidas: seriam estradas ou caminhos. Mas aqueles claustros tinham esquinas. E as esquinas são em geral o ângulo recto das ruas e avenidas, onde a gente quase sempre encontra uma voz ecoando, com ou sem eco, afagando uma esperança qualquer, enrolada num sonho hipotético.
Era também nestes belos claustros que Padre Correia da Cunha organizava as grandes festas de confraternização com os seus paroquianos, assim como os grandes jantares partilhados com as gentes da Beira Serra.
Estas muitas iniciativas destinavam-se a proporcionar neste belo local, revestido de azulejos do séc. XVIII, movimentadas festas onde os seus paroquianos participavam e onde era impressas, sempre por Padre Correia da Cunha, notas de verdadeira originalidade e beleza.
Quem não recorda ainda as magníficas exposições/concurso de sugestivos presépios, que davam uma nota de remarcado bom gosto aos claustros. Era um ambiente de festa natalícia cheia de delicadeza com música ambiente própria do tempo. Que encanto e beleza!
O presidente do júri era sempre Padre Correia da Cunha, que confiando no seu sentido de bom gosto, permanentemente atribuía o prémio ao presépio de maior originalidade mas construído dos materiais mais singelos.
Padre Correia da Cunha acreditava que uma alegria profunda era o sinal mais claro do desígnio de Deus para o ser humano. A rabugice não constituía para ele uma virtude cristã. Não há Santos eternamente tristes. Se Deus é o centro da nossa vida a festa e alegria são inevitáveis.
É curioso e ainda hoje me interrogo: como as pessoas vivendo tempos dolorosos, difíceis e tristes ainda tinham tanta alegria dentro dos seus corações.
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Estas muitas iniciativas destinavam-se a proporcionar neste belo local, revestido de azulejos do séc. XVIII, movimentadas festas onde os seus paroquianos participavam e onde era impressas, sempre por Padre Correia da Cunha, notas de verdadeira originalidade e beleza.
Quem não recorda ainda as magníficas exposições/concurso de sugestivos presépios, que davam uma nota de remarcado bom gosto aos claustros. Era um ambiente de festa natalícia cheia de delicadeza com música ambiente própria do tempo. Que encanto e beleza!
O presidente do júri era sempre Padre Correia da Cunha, que confiando no seu sentido de bom gosto, permanentemente atribuía o prémio ao presépio de maior originalidade mas construído dos materiais mais singelos.
Padre Correia da Cunha acreditava que uma alegria profunda era o sinal mais claro do desígnio de Deus para o ser humano. A rabugice não constituía para ele uma virtude cristã. Não há Santos eternamente tristes. Se Deus é o centro da nossa vida a festa e alegria são inevitáveis.
É curioso e ainda hoje me interrogo: como as pessoas vivendo tempos dolorosos, difíceis e tristes ainda tinham tanta alegria dentro dos seus corações.
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‘’S. Vicente de Fora é para mim um local místico e uma paixão. Lá vivi, ou melhor para lá andei durante mais de 10 anos, nos anos 60 do século passado. Tive ali muitos amigos, conheço a igreja e os claustros "a palmo". Fui ali muito feliz, participando activamente no dia-a-dia da paróquia.
ResponderEliminarFoi ali que quase sem saber fui influenciado pela poesia do bom Padre José Correia da Cunha. Também pratiquei arqueologia naquela Igreja durante mais de 40 anos.’’ Poeta ROMASI
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