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'' A MÚSICA CELEBRAVA O RELACIONAMENTO ENTRE DEUS E...''
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'' A MÚSICA CELEBRAVA O RELACIONAMENTO ENTRE DEUS E...''
Na actualidade, a SAGRES vem insistindo em associar à selecção nacional este belo slogan ‘’ A SAGRES É A NOSSA SELECÇÃO’’.
Nos anos 60, o Padre Correia da Cunha congregava à sua roda uma selecção de jovens seus amigos, onde a SAGRES contribuía para o fortalecimento duma amizade solidária e fraterna.
O Padre Correia da Cunha possuía um contrato de abastecimento da SAGRES com a Sociedade Nacional de Cervejas. Cada 15 dias era reabastecido o seu stock assim como o seu enorme frigorífico, reposto de uma quantidade significativa de garrafas desse precioso líquido.
O Padre Correia da Cunha tinha um espírito farrista, liberto de preconceitos, coração e mãos abertas, sincero e muito fervoroso na sua fé cristã.
Nos seus aposentos no Mosteiro de São Vicente de Fora, dava longos serões onde eram assíduos muitos jovens paroquianos. Acolhia a todos com muita atenção e com um especial carinho, o que lhe era natural.
Rodeado de uma corte de admiradores e como um bom amaliano, não faltavam os discos de vinil com as brilhantes interpretações de Amália Rodrigues que ia passando na sua aparelhagem de alta-fidelidade.O Padre Correia da Cunha aproveitava para falar sobre os poetas eruditos, que podíamos encontrar no universo da sua amada Amália e graças a ela se tornariam familiares a todos nós bem como ao povo português.
Nos anos 60, o Padre Correia da Cunha congregava à sua roda uma selecção de jovens seus amigos, onde a SAGRES contribuía para o fortalecimento duma amizade solidária e fraterna.
O Padre Correia da Cunha possuía um contrato de abastecimento da SAGRES com a Sociedade Nacional de Cervejas. Cada 15 dias era reabastecido o seu stock assim como o seu enorme frigorífico, reposto de uma quantidade significativa de garrafas desse precioso líquido.
O Padre Correia da Cunha tinha um espírito farrista, liberto de preconceitos, coração e mãos abertas, sincero e muito fervoroso na sua fé cristã.
Nos seus aposentos no Mosteiro de São Vicente de Fora, dava longos serões onde eram assíduos muitos jovens paroquianos. Acolhia a todos com muita atenção e com um especial carinho, o que lhe era natural.
Rodeado de uma corte de admiradores e como um bom amaliano, não faltavam os discos de vinil com as brilhantes interpretações de Amália Rodrigues que ia passando na sua aparelhagem de alta-fidelidade.O Padre Correia da Cunha aproveitava para falar sobre os poetas eruditos, que podíamos encontrar no universo da sua amada Amália e graças a ela se tornariam familiares a todos nós bem como ao povo português.
Todos sabíamos que beber cerveja era cordial e punha-nos de bem com a vida. A Voz de Amália era uma fonte a jorrar poesia que até ali era reservada apenas aos instruídos intelectuais e interdita ao povo. O fado era o fatalismo, o destino subjacente ao quotidiano.
O Padre Correia da Cunha não poderia deixar de gostar do fado, pois era o sentimento e a voz do seu povo e sempre referia que Deus se revelava na simplicidade e na voz do povo. Como orgulhoso marinheiro o fado para ele teria nascido no mar aos ritmos das ondas…
Na época o fado era visto como perdição, mas as impressionantes interpretações de Amália eram êxitos no plano nacional e internacional. Cantava com a Voz que Deus lhe dera e os seus fados eram sucessos que passavam muito rapidamente para a voz do povo.
O Padre Correia da Cunha teve muita influência na formação musical dos jovens de São Vicente de Fora, quando ouviam em sua casa o melhor, não só de Amália Rodrigues, mas também as obras dos grandes compositores clássicos.
Recordo aqui as palavras de Rogério Martins Simões sobre esses inesquecíveis tempos:
‘’Foi num passado recente, quando frequentava a Igreja Paroquial de São Vicente de Fora, que o grande Padre José Correia da Cunha nos seduziu para a cultura. Graças a ele, quase todas as semanas existiam concertos e outras festividades, nomeadamente ópera, concertos naquele extraordinário órgão, e até o bom fado da Amália. Foi assim que a cultura chegou a grande parte dos lares daquela paróquia. Estas suas iniciativas elevavam o nível cultural dos seus paroquianos, e deveriam ser mais incrementadas, como fazia o bom Padre José Correia da Cunha. ‘’
O Padre Correia da Cunha não poderia deixar de gostar do fado, pois era o sentimento e a voz do seu povo e sempre referia que Deus se revelava na simplicidade e na voz do povo. Como orgulhoso marinheiro o fado para ele teria nascido no mar aos ritmos das ondas…
Na época o fado era visto como perdição, mas as impressionantes interpretações de Amália eram êxitos no plano nacional e internacional. Cantava com a Voz que Deus lhe dera e os seus fados eram sucessos que passavam muito rapidamente para a voz do povo.
O Padre Correia da Cunha teve muita influência na formação musical dos jovens de São Vicente de Fora, quando ouviam em sua casa o melhor, não só de Amália Rodrigues, mas também as obras dos grandes compositores clássicos.
Recordo aqui as palavras de Rogério Martins Simões sobre esses inesquecíveis tempos:
‘’Foi num passado recente, quando frequentava a Igreja Paroquial de São Vicente de Fora, que o grande Padre José Correia da Cunha nos seduziu para a cultura. Graças a ele, quase todas as semanas existiam concertos e outras festividades, nomeadamente ópera, concertos naquele extraordinário órgão, e até o bom fado da Amália. Foi assim que a cultura chegou a grande parte dos lares daquela paróquia. Estas suas iniciativas elevavam o nível cultural dos seus paroquianos, e deveriam ser mais incrementadas, como fazia o bom Padre José Correia da Cunha. ‘’
O Padre Correia da Cunha referia que quatro séculos de música clássica, com cerca de cem grandes compositores com agradáveis reportórios, colocavam enormes dificuldades na escolha. Para ele o mais importante era o prazer inigualável de ouvir música.
Padre Correia da Cunha procurava oferecer sugestões que nos ajudassem e auxiliassem a começar a explorar toda a amplitude da música clássica.
Fazia habitualmente descrições não muito técnicas que nos permitiam determinar o compositor, a época e assim nascia em cada um de nós uma profunda paixão pela música clássica. Lembro-me dos seus compositores eleitos: J.S. Bach, Byrd, Purcell, Monteverdi, Stravinky.
Para o Padre Correia da Cunha a música celebrava o relacionamento entre os seres humanos e DEUS…
Aquelas noites, rodeado por jovens afectuosos, bebendo umas SAGRES fresquinhas e ouvido o reportório de grandes compositores, todos nós nos apercebíamos que ficávamos muito mais ricos culturalmente.
Estes momentos continuarão nas nossas mais gratas recordações. Explorando a sua memória, um grande amigo há dias confidenciava-me que Padre Correia da Cunha armazenava, como um grande tesouro as grades das Sagres por debaixo da sua monumental cama, peça de singular beleza do séc. XVIII.
Padre Correia da Cunha procurava oferecer sugestões que nos ajudassem e auxiliassem a começar a explorar toda a amplitude da música clássica.
Fazia habitualmente descrições não muito técnicas que nos permitiam determinar o compositor, a época e assim nascia em cada um de nós uma profunda paixão pela música clássica. Lembro-me dos seus compositores eleitos: J.S. Bach, Byrd, Purcell, Monteverdi, Stravinky.
Para o Padre Correia da Cunha a música celebrava o relacionamento entre os seres humanos e DEUS…
Aquelas noites, rodeado por jovens afectuosos, bebendo umas SAGRES fresquinhas e ouvido o reportório de grandes compositores, todos nós nos apercebíamos que ficávamos muito mais ricos culturalmente.
Estes momentos continuarão nas nossas mais gratas recordações. Explorando a sua memória, um grande amigo há dias confidenciava-me que Padre Correia da Cunha armazenava, como um grande tesouro as grades das Sagres por debaixo da sua monumental cama, peça de singular beleza do séc. XVIII.
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