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‘’A SUA VIDA FOI UM HINO À AMIZADE. ‘’
No dia 24 de Setembro 2010, celebrava 93 anos de vida terrena se fosse vivo. Padre Correia da Cunha teve uma vida inteiramente dedicada aos outros, sobretudo aos muitos jovens que frequentavam assiduamente a sua Paróquia. O seu exemplo de simplicidade, humanidade e cultura singular, ainda hoje, continua a inspirar os seus muitos discípulos que obstinadamente querem e desejam mantê-lo vivo nas suas vidas.
Este ano um grupo de amigos prestou-lhe uma singela homenagem com uma romagem ao seu mausoléu, no Cemitério do Alto de São João. Em perfeito espírito de reverência e silêncio, este grupo depôs uma coroa de flores e implorou para que Padre Correia da Cunha goze para sempre a vida bem aventurada e o esplendor da glória eterna.
Este ano um grupo de amigos prestou-lhe uma singela homenagem com uma romagem ao seu mausoléu, no Cemitério do Alto de São João. Em perfeito espírito de reverência e silêncio, este grupo depôs uma coroa de flores e implorou para que Padre Correia da Cunha goze para sempre a vida bem aventurada e o esplendor da glória eterna.
Robert Descombes, organista itinerante de São Vicente de Fora nos anos 60/70, aproveitou para transmitir aos presentes um testemunho comovente sobre este seu grande e inesquecível amigo: “ No ano de 1976 quando me despedia, no Aeroporto de Lisboa, de Padre Correia da Cunha até ao próximo ano… este com uma voz embargada dizia-me: - Robert, para o ano, já cá não estarei… Recordo que já manifestava grandes fragilidades na sua saúde. Faz este ano, 34 anos, que não voltei a visitar esta encantadora cidade. Quando recebi a notícia da sua morte, no ano de 1980, tomei de imediato consciência que visitar Lisboa seria para mim uma profunda angústia e um duro sofrimento.
Este ano tive uma prenda de vida ao descobrir o blogue de João Paulo Dias, que através de uma linguagem acessível presta um magnífico tributo a este homem de grande génio, que desde a primeira hora me encantou pela sua frontalidade, simpatia e generosidade, proporcionando viver a época mais bela e encantadora da minha vida… que já leva 63 anos.
Naquele majestoso órgão ibérico, da sua igreja, seguramente o mais belo da Península Ibérica, passei dias e noites a realizar um trabalho que era para mim imperscrutável e sobrenatural. Quantas vezes, Padre Correia da Cunha se sentava nos longos bancos da igreja, deixando-se envolver pela música desse fabuloso órgão. Tudo me parecia algo de místico e sobrenatural… que belas e gratificantes recordações, conservo da sua pura amizade.
…A cidade de Lisboa, sem Padre Correia da Cunha, já não é a Lisboa que aconchegava dentro do meu coração tão português…
O bairro de São Vicente de Fora, sem Padre Correia da Cunha, já não tem alma e as tão belas vivências que foram aniquiladas pelo abandono das pessoas que ali tinham raízes profundas…
O mosteiro de São Vicente de Fora, sem Padre Correia da Cunha, já não atesta a expressão humana e afectiva que lhe era conferida pela imensa alegria da generosa juventude, que o rodeava. É um simples museu de peças de arte…
A igreja de São Vicente de Fora, sem Padre Correia da Cunha, mantém a alvura da sua fachada. O seu encerramento desde há 3 anos é inacreditável! Já não atrai ou encanta para dar a conhecer nenhum projecto de fé, cultura … são pedras mortas…
Relembro os grandes cerimoniais que Padre Correia da Cunha realizava naquele templo, acompanhados pelos oceânicos sons daquele órgão, o meu preferido… ’’
Alguns dos amigos ali presentes, nesta romagem, deixaram-se envolver pela arte cénica e representaram trechos do seu Auto de Natal, editado no ano de 1962 e representado nas escadarias da igreja de São Vicente de Fora pela primeira vez na noite de 24 de Dezembro do ano de 1961.
Os últimos momentos foram para um forte aplauso a este amigo com quem partilhámos verdadeiros ideais de vida cristã e humana e que uma vez mais nos congregou pelo seu vivo testemunho: o mais belo da vida é a capacidade de nos amarmos uns aos outros, ou seja, sermos bons e leais amigos. Obrigado Padre Correia da Cunha.
As orações evocativas foram confiadas ao Exmº Comandante Eugénio Duarte Ramos. Parceiro nas longas viagens efectuadas ao serviço da marinha quando Padre Correia da Cunha exercia as funções de Capelão da Armada.
Embarcou com Padre Correia da Cunha, em meados de 1958, no velho NE ‘’Sagres”, participando na segunda Regata dos Grandes Veleiros (Tall Sailing Ships), que decorreu entre Brest (França) e Canárias e que fez escala em Las Palmas e em Santa Cruz de Tenerife. Esta era a viagem de final de curso da Escola Naval, do Comandante Eugénio.
Este ano tive uma prenda de vida ao descobrir o blogue de João Paulo Dias, que através de uma linguagem acessível presta um magnífico tributo a este homem de grande génio, que desde a primeira hora me encantou pela sua frontalidade, simpatia e generosidade, proporcionando viver a época mais bela e encantadora da minha vida… que já leva 63 anos.
Naquele majestoso órgão ibérico, da sua igreja, seguramente o mais belo da Península Ibérica, passei dias e noites a realizar um trabalho que era para mim imperscrutável e sobrenatural. Quantas vezes, Padre Correia da Cunha se sentava nos longos bancos da igreja, deixando-se envolver pela música desse fabuloso órgão. Tudo me parecia algo de místico e sobrenatural… que belas e gratificantes recordações, conservo da sua pura amizade.
…A cidade de Lisboa, sem Padre Correia da Cunha, já não é a Lisboa que aconchegava dentro do meu coração tão português…
O bairro de São Vicente de Fora, sem Padre Correia da Cunha, já não tem alma e as tão belas vivências que foram aniquiladas pelo abandono das pessoas que ali tinham raízes profundas…
O mosteiro de São Vicente de Fora, sem Padre Correia da Cunha, já não atesta a expressão humana e afectiva que lhe era conferida pela imensa alegria da generosa juventude, que o rodeava. É um simples museu de peças de arte…
A igreja de São Vicente de Fora, sem Padre Correia da Cunha, mantém a alvura da sua fachada. O seu encerramento desde há 3 anos é inacreditável! Já não atrai ou encanta para dar a conhecer nenhum projecto de fé, cultura … são pedras mortas…
Relembro os grandes cerimoniais que Padre Correia da Cunha realizava naquele templo, acompanhados pelos oceânicos sons daquele órgão, o meu preferido… ’’
Alguns dos amigos ali presentes, nesta romagem, deixaram-se envolver pela arte cénica e representaram trechos do seu Auto de Natal, editado no ano de 1962 e representado nas escadarias da igreja de São Vicente de Fora pela primeira vez na noite de 24 de Dezembro do ano de 1961.
Os últimos momentos foram para um forte aplauso a este amigo com quem partilhámos verdadeiros ideais de vida cristã e humana e que uma vez mais nos congregou pelo seu vivo testemunho: o mais belo da vida é a capacidade de nos amarmos uns aos outros, ou seja, sermos bons e leais amigos. Obrigado Padre Correia da Cunha.
As orações evocativas foram confiadas ao Exmº Comandante Eugénio Duarte Ramos. Parceiro nas longas viagens efectuadas ao serviço da marinha quando Padre Correia da Cunha exercia as funções de Capelão da Armada.
Embarcou com Padre Correia da Cunha, em meados de 1958, no velho NE ‘’Sagres”, participando na segunda Regata dos Grandes Veleiros (Tall Sailing Ships), que decorreu entre Brest (França) e Canárias e que fez escala em Las Palmas e em Santa Cruz de Tenerife. Esta era a viagem de final de curso da Escola Naval, do Comandante Eugénio.
A data foi igualmente marcada com a realização de um jantar de confraternização num elegantíssimo restaurante da doca do Jardim do Tabaco, situado nas fraldas da sua querida Alfama, com uma magnífica vista sobre o Tejo, com todos estes seus velhos amigos. O Padre Correia da Cunha esteve presente através duma enorme fotografia com o seu companheiro inseparável, o corvo ‘’Vicente’’.
Reinou uma galante boa disposição, sendo os diálogos entre todos os convidados, as memórias dos bons e saudosos momentos passados na companhia deste querido e saudoso amigo.
Foi uma noite muito agradável, reinando um verdadeiro espírito fraterno durante a aprazível refeição.
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Reinou uma galante boa disposição, sendo os diálogos entre todos os convidados, as memórias dos bons e saudosos momentos passados na companhia deste querido e saudoso amigo.
Foi uma noite muito agradável, reinando um verdadeiro espírito fraterno durante a aprazível refeição.
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Como este Mundo é pequeno. Através deste Blogue reencontrei um amigo. Pe. Correia da Cunha, o grande homem, o grande amigo e o excelente SER… é o elo que continua a unir essa velha amizade. Quero agradecer ao Robert a sua visita a Lisboa onde pudemos recordar os belos momentos vividos na companhia desse grande homem de bem. A sua disponibilidade e empenho foram fundamentais para a concretização da singela Homenagem que se realizou a Padre Correia da Cunha. Em nome de todos quero agradecer e manifestar a nossa disposição para te acolhermos, sempre que o desejes, nesta encantada e muy nobre cidade de LISBOA que continua a ser tua também.
ResponderEliminarBEM HAJAS ROBERT