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‘’UM RITO DE ACÇÃO DE GRAÇAS…’’
No dia de São Martinho era costume antigo, Padre Correia da Cunha dar um magusto… os convidados para este evento, que contava sempre com uma forte participação das gentes da Beira-Serra, eram todos os seus amigos paroquianos. Os “seus” rapazes aguardavam impacientemente esse dia, tão agradável, cortês e cristão – o dia 11 de Novembro.
Para haver magusto era necessário assar castanhas nas brasas de uma enorme fogueira no Pátio dos Corvos. Para o magusto ser completo, as castanhas comiam-se acompanhadas de jeropiga, água-pé e vinho novo. Padre Correia da Cunha adorava estes encantados momentos e sempre com grande exaltação referia:
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Dado tratar-se de uma comida comunitária, Padre Correia da Cunha sempre recomendava que cada um trouxesse alguma comida, que era colocada numa mesa comum. Esta mesa abundante criava laços místicos – unia e ligava a estreita interdependência que submetia a uma confraternização familiar e fraterna.
Estes magustos selavam o princípio da igualdade entre paroquianos, onde todos gozavam dos mesmos direitos e deveres, num ambiente natural em volta da fogueira.
Os magustos promovidos pelo Padre Correia da Cunha eram um louvor à castanha, ao vinho e à água-pé, que ele tanto gostava. Mas também era a altura própria para uma prelecção sobre este bom homem de nome Martinho, segundo Padre Correia da Cunha rezava a lenda:
“Que quando um cavaleiro romano andava a fazer a patrulha, viu um velho mendigo cheio de fome e frio, porque estava quase nu. O dia estava chuvoso e frio e o velhinho estava completamente encharcado.
O cavaleiro, de nome Martinho, era bondoso e gostava de ajudar as pessoas pobres.
Então, ao ver aquele indigente, ficou cheio de pena e cortou a sua grossa capa ao meio com a espada.
Depois deu metade da capa ao mendigo e partiu.
Passado algum tempo a chuva parou e apareceu no céu um lindo e radioso Sol.”
Estas celebrações visavam criar laços fraternos onde a partilha e a amizade eram o que mais contavam para Padre Correia da Cunha, porque para ele ser cristão era sermos todos amigos fortalecidos pela fraterna amizade.
Os tempos são outros, mas o espírito e a tradição bem portuguesa desta festividade mantêm-se, realizando-se magustos e outros encontros de convívio, onde o vinho novo, a água-pé e a jeropiga, são as bebidas eleitas.
Vale a pena acreditar na partilha!
“O São Martinho é festa e festa sem bom vinho e boa água-pé não é festa.”
O Magusto para ele era como um rito de acção de graças pelos frutos colhidos. Dá-se uma morte e uma ressurreição, dado que morre a castanha (explode e queima-se no fogo virtual) e da morte nasce a vida com a alegria e o prazer do vinho novo.
Dado tratar-se de uma comida comunitária, Padre Correia da Cunha sempre recomendava que cada um trouxesse alguma comida, que era colocada numa mesa comum. Esta mesa abundante criava laços místicos – unia e ligava a estreita interdependência que submetia a uma confraternização familiar e fraterna.
Estes magustos selavam o princípio da igualdade entre paroquianos, onde todos gozavam dos mesmos direitos e deveres, num ambiente natural em volta da fogueira.
Padre Correia da Cunha manifestava sempre uma grande dose de criatividade e de imaginação nestas folias, veja-se a improvisação de uma mesa para a celebração de tão popular tradição de juntar amigos para o seu festivo magusto.
Os magustos promovidos pelo Padre Correia da Cunha eram um louvor à castanha, ao vinho e à água-pé, que ele tanto gostava. Mas também era a altura própria para uma prelecção sobre este bom homem de nome Martinho, segundo Padre Correia da Cunha rezava a lenda:
“Que quando um cavaleiro romano andava a fazer a patrulha, viu um velho mendigo cheio de fome e frio, porque estava quase nu. O dia estava chuvoso e frio e o velhinho estava completamente encharcado.
O cavaleiro, de nome Martinho, era bondoso e gostava de ajudar as pessoas pobres.
Então, ao ver aquele indigente, ficou cheio de pena e cortou a sua grossa capa ao meio com a espada.
Depois deu metade da capa ao mendigo e partiu.
Passado algum tempo a chuva parou e apareceu no céu um lindo e radioso Sol.”
Estas celebrações visavam criar laços fraternos onde a partilha e a amizade eram o que mais contavam para Padre Correia da Cunha, porque para ele ser cristão era sermos todos amigos fortalecidos pela fraterna amizade.
Os tempos são outros, mas o espírito e a tradição bem portuguesa desta festividade mantêm-se, realizando-se magustos e outros encontros de convívio, onde o vinho novo, a água-pé e a jeropiga, são as bebidas eleitas.
Vale a pena acreditar na partilha!
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