terça-feira, 18 de dezembro de 2012

PE. CORREIA DA CUNHA – NATAL É LUZ

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(Presépio do ano 1964 - São Vicente de Fora)

“E O VERBO FEZ SE CARNE, HABITOU ENTRE NÓS…”

O Natal simboliza a luz e a luz sempre deverá ser representada pela imagem de um recém-nascido.
Jesus foi o exemplo da humildade e da fraternidade, lição sublime, torpemente abandonada pela humanidade. Mas, por todo o mundo cristão, as visões evocadas do Natal estarão sempre ligadas àquela estrela do estábulo singelo, onde nasceu JESUS (símbolo de Cristo como Luz do Mundo).

O Padre Correia da Cunha teve como professor, no Seminário dos Olivais, um dos maiores expoentes da Liturgia em Portugal: Monsenhor Pereira dos Reis (Reitor do Seminário dos Olivais). O seu saber e o espírito deste grande mestre da liturgia foram, sem dúvida, bem absorvidos pelos seus discípulos.


Não se cansava o Padre Correia da Cunha de nos falar sobre a liturgia do Natal, recordando-nos as muitas estórias coloridas dos costumes portugueses desta quadra, apreendidas com esse seu adorável e saudoso educador.





(Direcção da Catequese ano 1966)



Reunidas todas as crianças, junto do presépio e da vistosa árvore de Natal, que anualmente se faziam na Paróquia de São Vicente de Fora, aproveitava o Padre Correia da Cunha para contar de uma forma poética e atraente, o costume de utilizarem o pinheiro, não para árvore de Natal, guarnecida de prendas, mas como facho de Luz, chamando todos os fiéis à missa do galo.


Espetava-se um grandioso pinheiro junto da Igreja, no largo fronteiro à porta; rodeava-se o tronco de vides secas e de tojo e perto da hora da missa lançava-se-lhe  fogo, e a gente dos lugares e aldeias via este farol, guiando-os até junto da porta do templo, para a missa da meia-noite.


E vinham todos, de longe ou de perto, pela noite fria, adorar o Menino Jesus, como os pastores de Belém, guiados por aquela enorme estrela do humilde estábulo, onde nasceu JESUS.


Nos tempos difíceis que estamos a viver, bom é que a Luz da fé nos chame junto de Jesus Menino para que dê mais verdade, justiça e amor na terra aos homens de boa vontade.


Que Ele seja archote aceso! Todos o vejamos e nos deixemos guiar na procura d’Aquele que sonhava com a igualdade dos sentimentos humanos, procurando atenuar os impulsos brutais da vida.



Escrevia o Padre Correia da Cunha: “ Que todos aqui junto do presépio, possamos sentir a doce paz da família, não só pelos nossos, que pelos laços do coração e do sangue nos pertencem, mas por todos aqueles que se abeiram e sejam para nós cristãmente irmãos”.


Que o pinheiro das nossas casas desperte em nossas almas as emoções de sentimentos cristãos e seja uma auréola de Luz, em torno do nosso ser, inundando as nossas almas de raios divinos.


O doce menino candidamente deitado no seu berço pobre, que ilumine todos… O Verbo que se fez carne e habitou entre nós (cf. Jo 1,14)


“ Natal é a festa da reconciliação de Deus com a Humanidade!” PCC


Santo Natal!













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