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(Presépio do ano 1964 - São Vicente de Fora)
“E O VERBO FEZ SE CARNE, HABITOU ENTRE
NÓS…”
O
Natal simboliza a luz e a luz sempre deverá ser representada pela imagem de um
recém-nascido.
Jesus
foi o exemplo da humildade e da fraternidade, lição sublime, torpemente
abandonada pela humanidade. Mas, por todo o mundo cristão, as visões evocadas
do Natal estarão sempre ligadas àquela estrela do estábulo singelo, onde nasceu
JESUS (símbolo de Cristo como Luz do Mundo).
O
Padre Correia da Cunha teve como professor, no Seminário dos Olivais, um dos
maiores expoentes da Liturgia em Portugal: Monsenhor Pereira dos Reis (Reitor
do Seminário dos Olivais). O seu saber e o espírito deste grande mestre da
liturgia foram, sem dúvida, bem absorvidos pelos seus discípulos.
Não
se cansava o Padre Correia da Cunha de nos falar sobre a liturgia do Natal,
recordando-nos as muitas estórias coloridas dos costumes portugueses desta
quadra, apreendidas com esse seu adorável e saudoso educador.
(Direcção da Catequese ano 1966)
Reunidas
todas as crianças, junto do presépio e da vistosa árvore de Natal, que
anualmente se faziam na Paróquia de São Vicente de Fora, aproveitava o Padre
Correia da Cunha para contar de uma forma poética e atraente, o costume de
utilizarem o pinheiro, não para árvore de Natal, guarnecida de prendas, mas
como facho de Luz, chamando todos os fiéis à missa do galo.
Espetava-se
um grandioso pinheiro junto da Igreja, no largo fronteiro à porta; rodeava-se o
tronco de vides secas e de tojo e perto da hora da missa lançava-se-lhe fogo, e a gente dos lugares e aldeias via
este farol, guiando-os até junto da porta do templo, para a missa da
meia-noite.
E
vinham todos, de longe ou de perto, pela noite fria, adorar o Menino Jesus,
como os pastores de Belém, guiados por aquela enorme estrela do humilde
estábulo, onde nasceu JESUS.
Nos
tempos difíceis que estamos a viver, bom é que a Luz da fé nos chame junto de
Jesus Menino para que dê mais verdade, justiça e amor na terra aos homens de
boa vontade.
Que
Ele seja archote aceso! Todos o vejamos e nos deixemos guiar na procura
d’Aquele que sonhava com a igualdade dos sentimentos humanos, procurando
atenuar os impulsos brutais da vida.
Escrevia
o Padre Correia da Cunha: “ Que todos aqui junto do presépio, possamos
sentir a doce paz da família, não só pelos nossos, que pelos laços do coração e
do sangue nos pertencem, mas por todos aqueles que se abeiram e sejam para nós
cristãmente irmãos”.
Que
o pinheiro das nossas casas desperte em nossas almas as emoções de sentimentos
cristãos e seja uma auréola de Luz, em torno do nosso ser, inundando as nossas
almas de raios divinos.
O
doce menino candidamente deitado no seu berço pobre, que ilumine todos… O Verbo
que se fez carne e habitou entre nós (cf. Jo 1,14)
“
Natal é a festa da reconciliação de Deus com a Humanidade!” PCC
Santo
Natal!
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