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“… SÓMENTE PASSAMOS PARA O OUTRO LADO DO CAMINHO! “
O dia de hoje assinala mais uma efeméride diante da qual deveremos fazer uma sentida reflexão e contraída oração em memória dos nossos entes queridos e amigos do coração que já partiram ao encontro do PAI.
No dia de finados, o Padre Correia da Cunha recordava nas celebrações eucarísticas do dia, a memória de todos os paroquianos defuntos.
Referia que vivíamos permanentemente impregnados de materialismo e escravizados às nossas ambições egoísticas, que nos levavam a esquecer-nos daqueles que deveriam estar bem vivos nos nossos íntimos.
Para que os nossos corações conservassem sempre uma nesga de saudade infinda, o Padre Correia da Cunha instituiu na Comunidade Paroquial de São Vicente de Fora um dia especial, para podermos reavivar as nossas recordações e saudades.
Nas últimas sextas-feiras de cada mês, realizava um Cerimonial Religioso de Exéquias, onde eram lembrados todos os irmãos paroquianos falecidos durante esse mês em curso. Mas obviamente, que durante a Oração Eucarística eram invocadas as intenções de todos os familiares dos presentes na celebração.
O Padre Correia da Cunha dirigia uma carta pessoal a cada família enlutada, onde exprimia as profundas condolências da Comunidade Paroquial e convidava as famílias e amigos a participarem nessa celebração litúrgica. A Igreja de São Vicente de Fora ficava repleta de gente para essa celebração das exéquias, que era sempre recheada de uma dignidade comovente.
O Padre Correia da Cunha apresentava conteúdos através da palavra proclamada e da sua brilhante homilia, que eram escutados, orados, reflectidos e iluminados por factos da vida real. A Boa Nova chegava como luz esplendorosa que dissipava as trevas dos nossos corações.
Pretendia o Padre Correia da Cunha que as famílias dos falecidos aprendessem a viver em comunhão com os que adormeceram no Senhor; rezando por eles e com eles. Era uma sentida homenagem e uma derradeira saudação da Comunidade Cristã de São Vicente de Fora pelos seus saudosos irmãos que Deus chamara a SI.
Espero com este testemunho ter contribuído para relembrar aquela que era a forma de Padre Correia de Cunha utilizava para manifestar, aos seus amados paroquianos, o calor humano e a fé que a comunidade unida podia transmitir aos vivos por ocasião do duro golpe, que era a morte de um familiar.
A Paróquia de São Vicente de Fora era humilde em meios materiais mas muito rica em humanismo, proximidade e fé.
Neste dia de finados, não posso deixar de exaltar os esforços supremos do nosso saudoso e querido pároco no sentido de ter toda a comunidade congregada à sua volta nas ditosas celebrações, que ele sabiamente preparava para marcar os momentos fortes do ano litúrgico e não só.
Neste dia de finados, não posso deixar de exaltar os esforços supremos do nosso saudoso e querido pároco no sentido de ter toda a comunidade congregada à sua volta nas ditosas celebrações, que ele sabiamente preparava para marcar os momentos fortes do ano litúrgico e não só.
Ele bem sabia que haveria sempre alguém neste mundo para lembrar a vida e evocar a saudade. Era um pilar da pastoral a que Padre Correia da Cunha dava imenso relevo sem lhe retirar a sua importância evangelizadora e pedagógica.
Neste
dia reverenciamos os que já cumpriram a sua missão e esquecemos de pensar um
pouco em nós.
Lanço
aqui um desafio: que prestemos uma homenagem póstuma a todos os referenciados
na ALA DOS AMIGOS DE PADRE CUNHA com uma singela prece ou um pensamento a
recordar pedaços do nosso passado…
É
um dia de recordação e de termos um olhar saudoso, na evocação destes amigos de
São Vicente que o destino arrastou para o além, onde colocamos também as nossas
doces esperanças.
E
não esqueçamos o grande ensinamento do Padre Correia da Cunha: “Cristo ao
ressuscitar à vida libertou o homem da morte com a própria morte. Conseguiu
para o homem a vitória plena… e afiançou a esperança de um novo encontro no
Reino de Deus.”
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