sábado, 4 de abril de 2009

PE CUNHA E OS HOMENS PEQUENINOS

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Empenhava-se no nosso desenvolvimento com profundidade num trabalho que projectava os nossos ideais para o futuro.





O tempo passa por nós e nem damos conta...


Lembro-me de termos sete anos e de andarmos nas escolas primárias…, de ajudarmos à missa ao Padre Correia da Cunha na paróquia de São Vicente de Fora e de frequentarmos os catecismos nacionais.

Lembro-me dos miúdos que nós éramos. Putos com ares de reguilas à solta nos imensos claustros do Mosteiro de São Vicente de Fora, rompendo em arrebatadas gritarias aquele silêncio sepulcral.

Lembro-me das longas repreensões de Pe. Correia da Cunha. Quando chegava era sentido o” medo ‘’ digo respeito pois, como crianças, não lhe sabíamos ler o olhar. Só depois de pedida a bênção vinha a carícia para os garotos, que sempre ajudava a crescer física e intelectualmente. A sua convicção era a de que seríamos GRANDES HOMENS.

Os porquês dos afectos são incógnitas constantes que nos acompanham durante toda a nossa vida. Não sabemos porque razões se gostam das coisas, das pessoas e dos lugares. Gostamos e pronto... Sem mais explicações... Sem mais perguntas. Não vale a pena tentarmos encontrar razões para o que não as tem.

Como referia Pe. Correia da Cunha, há que sabermos viver e reviver os momentos a cada momento. Mas a sua grande meta a conquistar era tornar-nos GRANDES HOMENS.




As fotografias que hoje publico mostram como a memória é mágica e tem a capacidade de trazer até nós os tempos que já passaram. Espero que através delas possamos aprender que a amizade era algo que Pe. Correia da Cunha nos ajudou a cultivar e a desenvolver, e que hoje, continuamos a viver porque somos todos GRANDES HOMENS.












Temos saudades daqueles putos reguilas. Temos saudades do tempo em que tudo era possível...



Daqueles tempos em que bastava fecharmos os olhos e sonharmos... Temos saudades das palavras de grande mestria e sabedoria do Padre Correia da Cunha, que nos passavam a certeza que todos seríamos GRANDES HOMENS, não aceitava uns homens pequeninos.

Gostávamos todos de ter outra vez sete anos e voltar a entrar na escola...e aprender tudo outra vez...e a crescer outra vez...
Sabemos que o tempo não volta para trás…e o que não vamos voltar a ser é homens pequeninos!
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