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No início de 1960, uma jovem paroquiana de S. Vicente de Fora andava em exames e tratamentos médicos na busca da solução para um seu problema: a cabeça embora cheia era o mesmo que estivesse vazia. A sensação de vazio permanentemente exigia-lhe procurar algo…o que apenas misturava, confundia e atrapalhava tudo. Olhava para tudo mas não enxergava nada. Era como se os olhos estivessem apontados para dentro da sua cabeça, onde estavam os problemas mas também as soluções.
Afastada desde criança da vida cristã, esta jovem teria sido baptizada por tradição não deixando contudo, passados todos esses anos, de ouvir no seu coração a voz da sua infância: “Terás que desabrochar a semente de fé que trazes contigo…”
Fez várias tentativas, frequentando com alguma assiduidade a Igreja de Santa Engrácia, da Graça e de São Vicente de Fora mas as práticas cristãs, que não as entendia, não lhe transmitiam nada e tão pouco tinham sentido.
Pe. Correia da Cunha tomava posse da Paróquia de São Vicente de Fora, no dia 1 de Novembro de 1960. Na igreja havia uma enchente de amigos e paroquianos para se associarem à Solene Celebração Eucarística, onde participaram também vários concelebrantes. A liturgia escolhida por Pe. Correia da Cunha tornou esse louvor com tons de uma grande festa cristã. Chamada por Deus (?), a jovem encontrava-se presente casualmente neste evento.
Nesse dia compreendeu cada palavra de frontalidade, que energicamente Pe. Correia da Cunha pronunciava no decurso da sua brilhante homília, e encontrou o que realmente procurava. Tudo era diferente. Este novo registo na sua vida carregou-o silenciosamente no seu coração.
O Padre Correia da Cunha costumava afirmar que ninguém consegue Amar o que não conhece ou não entende.
A partir daí teve um sentido bastante profundo para iniciar um novo percurso na sua vida de iniciação cristã.
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Pe. Correia da Cunha
‘’ SÓ PODEMOS AMAR O QUE CONHECEMOS ‘’
‘’ SÓ PODEMOS AMAR O QUE CONHECEMOS ‘’
No início de 1960, uma jovem paroquiana de S. Vicente de Fora andava em exames e tratamentos médicos na busca da solução para um seu problema: a cabeça embora cheia era o mesmo que estivesse vazia. A sensação de vazio permanentemente exigia-lhe procurar algo…o que apenas misturava, confundia e atrapalhava tudo. Olhava para tudo mas não enxergava nada. Era como se os olhos estivessem apontados para dentro da sua cabeça, onde estavam os problemas mas também as soluções.
Afastada desde criança da vida cristã, esta jovem teria sido baptizada por tradição não deixando contudo, passados todos esses anos, de ouvir no seu coração a voz da sua infância: “Terás que desabrochar a semente de fé que trazes contigo…”
Fez várias tentativas, frequentando com alguma assiduidade a Igreja de Santa Engrácia, da Graça e de São Vicente de Fora mas as práticas cristãs, que não as entendia, não lhe transmitiam nada e tão pouco tinham sentido.
Pe. Correia da Cunha tomava posse da Paróquia de São Vicente de Fora, no dia 1 de Novembro de 1960. Na igreja havia uma enchente de amigos e paroquianos para se associarem à Solene Celebração Eucarística, onde participaram também vários concelebrantes. A liturgia escolhida por Pe. Correia da Cunha tornou esse louvor com tons de uma grande festa cristã. Chamada por Deus (?), a jovem encontrava-se presente casualmente neste evento.
Nesse dia compreendeu cada palavra de frontalidade, que energicamente Pe. Correia da Cunha pronunciava no decurso da sua brilhante homília, e encontrou o que realmente procurava. Tudo era diferente. Este novo registo na sua vida carregou-o silenciosamente no seu coração.
O Padre Correia da Cunha costumava afirmar que ninguém consegue Amar o que não conhece ou não entende.
A partir daí teve um sentido bastante profundo para iniciar um novo percurso na sua vida de iniciação cristã.
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Após esta Eucaristia de louvor, a jovem passou a participar diariamente nas Celebrações presididas por Pe. Correia da Cunha. Passadas algumas semanas, impelida interiormente, a jovem sentiu uma vontade de contar toda a sua vida e os seus longos e tão pesados anos a Pe. Correia da Cunha. O Reverendo reconfortou-a, acarinhando-a e prometendo-lhe tirá-la da sua vida tranquila, para a mergulhar nas agitadas preocupações dos outros.
Sobre a sua orientação, o Padre Correia da Cunha encarregou-a da seguinte missão: ir com muita humildade, numa atitude de serviço, ao encontro dos pobres despojados de todos os bens essenciais e que lutam diariamente pela sobrevivência, que vivem ocultamente, espalhados pelos recantos e ruelas da nossa paróquia.
Fortalecida pela confiança do seu ‘’amado’’ e admirado Pe. Correia da Cunha, partiu em missão, ao encontro desses seus irmãos necessitados. Mais do nunca e sobretudo, tendo tanto a fazer e a pensar, começou-se a mergulhar nos problemas dos outros que eram tantos e tão duros, que se esqueceu dos seus próprios problemas. Começava a Viver.
Esta sua nova missão estava expandir a sua realização de uma forma plena e pelo o dom da fé começava a enxergar o essencial da Vontade Divina que comunicava com o seu íntimo. Deus ama-nos verdadeiramente com um coração de Pai.
Quando já se movimentava nestes terrenos da pobreza, num acto de entrega total e após ter já efectuado um exaustivo levantamento das suas necessidades, Pe. Correia da Cunha chamou-a e entregou-lhe um maço com 200 notas do Banco de Portugal no valor facial de 20 escudos (estamos em 1961/62), encarregando-a de efectuar a sua distribuição de acordo com o seu critério e com total liberdade. Perante esta nova responsabilidade e novo desafio de Pe. Correia da Cunha, compreendeu claramente que devia oferecer a sua vida pelos mais desfavorecidos que a enchiam de muita felicidade e alegria.
Sobre a sua orientação, o Padre Correia da Cunha encarregou-a da seguinte missão: ir com muita humildade, numa atitude de serviço, ao encontro dos pobres despojados de todos os bens essenciais e que lutam diariamente pela sobrevivência, que vivem ocultamente, espalhados pelos recantos e ruelas da nossa paróquia.
Fortalecida pela confiança do seu ‘’amado’’ e admirado Pe. Correia da Cunha, partiu em missão, ao encontro desses seus irmãos necessitados. Mais do nunca e sobretudo, tendo tanto a fazer e a pensar, começou-se a mergulhar nos problemas dos outros que eram tantos e tão duros, que se esqueceu dos seus próprios problemas. Começava a Viver.
Esta sua nova missão estava expandir a sua realização de uma forma plena e pelo o dom da fé começava a enxergar o essencial da Vontade Divina que comunicava com o seu íntimo. Deus ama-nos verdadeiramente com um coração de Pai.
Quando já se movimentava nestes terrenos da pobreza, num acto de entrega total e após ter já efectuado um exaustivo levantamento das suas necessidades, Pe. Correia da Cunha chamou-a e entregou-lhe um maço com 200 notas do Banco de Portugal no valor facial de 20 escudos (estamos em 1961/62), encarregando-a de efectuar a sua distribuição de acordo com o seu critério e com total liberdade. Perante esta nova responsabilidade e novo desafio de Pe. Correia da Cunha, compreendeu claramente que devia oferecer a sua vida pelos mais desfavorecidos que a enchiam de muita felicidade e alegria.
Crianças pobres na Paróquia de São Vicente de Fora
Muitas vezes dizia não sentir nenhum sofrimento perante a desgraça de tantos irmãos que passavam dificuldades indescritíveis. Nos meados do século passado, infelizmente, havia muita miséria.
João Paulo, dizia-me ela com suprema confidência da sua experiência e sabedoria: “tudo devo ao nosso saudoso e amado Padre Cunha. O que me pode faltar no capítulo do religioso está na minha abnegação que me une fortemente a Deus. Há quarenta e tal anos, essa descoberta foi feita por esse grande sacerdote e um grande amigo que não consigo esquecer. Nada mais justo que uma Homenagem a PE Correia da Cunha, continuo apaixonada pelos seus frontais, claros, simples e singelos ensinamentos”.
Esqueceu sim os seus ‘’pequenos problemas ‘’ para se entregar aos grandes problemas dos outros. Continuou ligada activamente por muitos e longos anos à Conferência de São Vicente de Paulo da Paróquia de São Vicente de Fora.
O padre Correia da Cunha sempre teve uma resposta e uma solução para as necessidades de cada um. Era para além de um grande pastor espiritual também um bom psicólogo.
Finalmente a pedido desta “jovem”, não posso deixar de prestar uma merecida Homenagem à bondosa Senhora D. Emília Caldeira Prieto Bourbon, que sempre se evidenciou no anúncio do bem. Foi presidente da Conferência Feminina de São Vicente de Paulo na Paróquia de São Vicente de Fora que tão bons serviços prestou aos mais necessitados. Senhora D. Emília Caldeira entregou-se de alma e coração a esta grande obra de humanidade a que aplicou toda a sua atenção e brilhante inteligência. Era uma protectora de Pe. Correia da Cunha, tratando-o com enorme delicadeza e contribuindo financeiramente para a prosperidade das suas grandes obras caritativas na Paróquia de São Vicente de Fora.
João Paulo, dizia-me ela com suprema confidência da sua experiência e sabedoria: “tudo devo ao nosso saudoso e amado Padre Cunha. O que me pode faltar no capítulo do religioso está na minha abnegação que me une fortemente a Deus. Há quarenta e tal anos, essa descoberta foi feita por esse grande sacerdote e um grande amigo que não consigo esquecer. Nada mais justo que uma Homenagem a PE Correia da Cunha, continuo apaixonada pelos seus frontais, claros, simples e singelos ensinamentos”.
Esqueceu sim os seus ‘’pequenos problemas ‘’ para se entregar aos grandes problemas dos outros. Continuou ligada activamente por muitos e longos anos à Conferência de São Vicente de Paulo da Paróquia de São Vicente de Fora.
O padre Correia da Cunha sempre teve uma resposta e uma solução para as necessidades de cada um. Era para além de um grande pastor espiritual também um bom psicólogo.
Finalmente a pedido desta “jovem”, não posso deixar de prestar uma merecida Homenagem à bondosa Senhora D. Emília Caldeira Prieto Bourbon, que sempre se evidenciou no anúncio do bem. Foi presidente da Conferência Feminina de São Vicente de Paulo na Paróquia de São Vicente de Fora que tão bons serviços prestou aos mais necessitados. Senhora D. Emília Caldeira entregou-se de alma e coração a esta grande obra de humanidade a que aplicou toda a sua atenção e brilhante inteligência. Era uma protectora de Pe. Correia da Cunha, tratando-o com enorme delicadeza e contribuindo financeiramente para a prosperidade das suas grandes obras caritativas na Paróquia de São Vicente de Fora.
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