segunda-feira, 16 de março de 2009

PE CUNHA E O SACRAMENTO DO MATRIMÓNIO

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‘’ Eles já não são dois mas um só…’’



Um casamento era sempre uma grande e jubilosa notícia numa Comunidade Paroquial como a de São Vicente de Fora. Era um verdadeiro acontecimento de emoções. Ouviam-se os sinos da Igreja tocarem. Que alegria! Era um dia festivo para os noivos e uma oportunidade de reencontros tantas vezes adiados para os convidados. O casamento da Guida, responsável pelo Cartório Paroquial de São Vicente de Fora nos anos sessenta, valoriza imenso a colecção autêntica deste blogue, não só pela representatividade do acto mas pela excelência que este registo encerra.



A Guida marcou muitos dos paroquianos de São Vicente de Fora pela sua brilhante dedicação ao serviço da Comunidade Paroquial. Era aquela amiga que sempre tinha um brilho nos olhos e um sorriso na boca para contagiar as pessoas que a envolviam. Ela encontrava-se totalmente disponível para ajudar e apoiar os que dela precisavam. A sua postura era de uma elevada sensibilidade e possuidora das mais refinadas e caridosas emoções.

O tempo completa as nossas memórias a um ritmo constantemente imparável. Sempre na sua evolução, hábitos se alteraram, comportamentos se modificaram e até formas de apresentação em sociedade se actualizaram. No entanto, há uns quantos eventos sociais em que os princípios vão teimosamente perdurando inalteráveis no tempo, independentemente das evoluções naturais que sempre as transições geracionais produzem socialmente. É o caso dos casamentos canónicos, onde noivos e convidados sempre se fazem mostrar com o que de melhor têm no guarda-roupa para estas ocasiões solenes.

E nesse já longínquo ano de 1966, a regra se acatava, podendo-se ver nesta foto os nossos saudosos e queridos amigos: Anita Themudo Barata e Carlos Barradas, todos aperaltados com todo o imprescindível rigor cerimonioso.


O casamento da Guida, presidido pelo seu grande amigo Pe Correia da Cunha, será o primeiro a publicar neste blogue. É nos casamentos que acontecem os grandes encontros familiares e de uma forma geral, a reunião das pessoas consideradas mais chegadas por laços de amizade. Os catequistas de São Vicente não fugiam a esta prática, fazendo parte integrante da família da formosa noiva.





Por tradição, todo o envolvimento é registado fotograficamente, mas há um momento sempre indispensável neste tipo de cerimónia: o retrato de grupo. Utilizando essa enorme possibilidade de podermos recordar, de uma forma mais abrangente, os casamentos de muitos amigos de Pe. Correia da Cunha e dos amigos de São Vicente de Fora de várias gerações, ocorreu-me a ideia de dirigir a todos estes, um aliciante desafio, o de contribuírem para a publicação, aqui no blogue de Pe. Correia da Cunha, com esses testemunhos tão especiais para todos os que amam São Vicente de Fora desde a sua infância e ali fizeram questão de celebrar esse importante e memorável evento. Aguardo as vossas contribuições.


A Guida foi viver com o seu marido para o Alentejo, pelo que após a sua partida se sentiu muito a sua falta e uma enorme saudade. Mas nem a distância cessou essa enorme amizade. Pe. Correia da Cunha, quando organizava viagens com os seus paroquianos e catequistas às sublimes vilas e cidades deste nosso belo Alentejo, lançava sempre o desafio à Guida e família para se encontrarem com os seus antigos e fiéis amigos da Comunidade Paroquial de São Vicente de Fora. A ideia era, acima de tudo, compartilharem recordações comuns porque a amizade nunca acaba mesmo que o espaço nos possa separar.

Mesmo que as pessoas reorganizem as suas vidas, os amigos devem ser amigos para sempre, e era sempre um enorme prazer e felicidade partilhar as memórias de São Vicente de Fora, com a Guida, quando Pe. Correia da Cunha era seu prior.



PORQUE A AMIZADE NÃO SE EXPLICA ELA SIMPLESMENTE ACONTECE!!!!







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1 comentário:

  1. Anónimo19.3.09

    Ao ler o este blogue não sei explicar porque transmite "paz"... e ao mesmo tempo leva-nos a pensar em coisas importantes da vida,como a amizade é como um círculo, não tem começo nem fim...ontem é história, amanhã é mistério,hoje é dádiva, é por isso que é chamado presente...
    Alexandra Couto

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