quinta-feira, 31 de dezembro de 2020

PE.CORREIA DA CUNHA - O NOVO ANO

 





DESPERTAR SEMPRE PARA UM NOVO AMANHECER...


Mais uma vez, estamos a chegar ao fim de um ano, que muito mudou as nossas vidas. Termina triste e sem grande festa! Perdemos quase dez meses em experimentações novas, que nos roubaram os belos sorrisos, ocultos por máscaras e os calorosos abraços, que nos fazem morrer de saudades. O Padre Correia da Cunha adorava multiplicar os abraços de felicitações pelos seus amigos. As nossas vidas tornaram-se misteriosas e distantes, de tão súbitas e imprevisíveis colhidas que nos confinaram, retirando-nos a felicidade que nos era devida. Muitas coisas findaram; muitas esperanças, sonhos e muitas vidas de amigos se extinguiram pelo maldito vírus…mas continuam vivas nos nossos corações. Foi com o Padre Correia da Cunha que apreendi, que enquanto os que partirem estiverem vivos no nosso coração, a morte não nunca poderá triunfar. Lembro também um celebre escritor, que escolheu para o epitáfio da sua sepultura a seguinte mensagem: Eu não estou aqui! Então onde estaria?

- Nos corações daqueles que o amaram e que não o querem deixar esquecer. Neste dia também o meu pensamento recorda com saudade o grande mestre Correia da Cunha.

Surgem os primeiros gestos optimistas com a vacinação, mas

ninguém é vitorioso diante de uma incógnita. Não nos falta a confiança e a esperança!

No limiar do fim do ano, sempre evocamos vários acontecimentos que não desejamos esquecer. Deste ano de 2020, só me resta o nascimento da minha amorosa neta Maria. Para além da pandemia foi um ano de desencanto, por falsas promessas e cansado de esperar por uma cirurgia, em hospitais confinados e profissionais centrados num único foco: A Covid. Factores diversos levaram-me a uma dobrada cirurgia e a duas semanas em cama de hospital. Algo que seria simples. Felizmente venci mais esta dolorosa etapa da minha vida.

No dia em que celebro mais um aniversário (31 DEZ), muitos dirão: Parabéns por mais um ano de vida, esquecendo-se eles que será menos um ano. Um pouco de tempo mais vivido é um pouco menos de tempo a viver. Cada ano que passa é mais um pedaço de vida consumido. Para mim o ano que finda é uma página lida e amarrotada. É passado!

É pois, motivo de jubilo no dia que surgirá um novo ano, recordar o glorioso passado da paróquia de São Vicente de Fora, onde aprendia a despertar sempre para um novo amanhecer, em cada novo ano que nascia… nas mensagem do pároco Correia da Cunha.

 

Um ano que finda não é mais do que o princípio de um ano novo.

Brevemente os relógios anunciarão o Ano Novo, haverá no olhar de cada um de nós um novo horizonte de sonhos e ilusões… A felicidade irá espalhar-se nesse dia em saudações de Bom Ano Novo. Não faltarão os brindes e palavras de optimismo, confiança e esperança.

Tão cheia de mistérios é a vida, que de imprevistas e maravilhadas surpresas da ciência, que espero confiadamente que este Novo Ano possa trazer-nos a alegria, que pela nossa resistência e sacrifício, bem merecemos. Como seria bom e reconfortante termos sabido esperar. Abramos confiadamente os braços a este NOVO ANO.

Neste fraterno espírito a todos envio um caloroso abraço de felicitações para o Novo Ano.

Feliz Ano Novo para todos os meus familiares e amigos.












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