terça-feira, 9 de junho de 2009

ALA DOS AMIGOS DE PE. CORREIA DA CUNHA

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Os amigos que partiram…


IN MEMORIAM

ANTÓNIO MARIA NUNES MELO E FARO
1949-2004


António Maria Melo e Faro era natural de Lisboa, Freguesia do Socorro, nasceu no dia 9 de Junho do ano1949, foi um grande amigo de Padre Correia da Cunha e merece ser recordado pelo seu empenhamento nas actividades que desenvolveu com total e generosa dedicação na Comunidade Paroquial de São Vicente de Fora, como acólito, catequista e membro do Patronato de Nuno Álvares Pereira, onde era muito estimado e querido por todos os que tiveram o privilégio de o conhecer e de com ele conviver. Era um grande e leal amigo, muito alegre e genuinamente simpático para toda a gente.

O António Melo e Faro era um jovem singular, de uma enorme nobreza e de uma total disponibilidade para ajudar todos seus amigos. Era muito apreciado pela sua inteligência apurada e rara, tendo-se revelado um excelente e brilhante aluno no seu percurso estudantil, com uma aptidão nata para as ciências, não esquecendo que com muita facilidade aprendia línguas, falando correctamente vários idiomas.

Iniciou a sua instrução primária, na Escola do Patronato de Nuno Álvares Pereira, onde foi aluno da grande mestra Senhora D. Carlota. É na Escola Naval que inicia a sua vocação pela técnica náutica, à qual dedicou parte da sua vida como distinto oficial. Creio que seja unanimemente reconhecido que o Capelão primeiro-tenente Correia da Cunha tenha sido modelo inspirador para este seu destino de dedicação à Marinha Portuguesa, com notabilíssimo desempenho e excelente competência de Oficial de Engenharia de Máquinas Navais, até o final da sua vida. 

O António Melo e Faro era um homem de espírito aberto e positivo, a sua morte não estava anunciada – ele não a aguardava, nem tão pouco os seus familiares e amigos. Chegou! Veio subitamente, sem avisar ninguém, silenciosa e traiçoeira, com tanta violência que seu ‘’grandioso coração’’ não lhe resistiu. São os insondáveis chamamentos do Senhor … Foi companheiro de muitas horas de sã camaradagem e partilha de muita amizade que conservamos no silêncio dos nossos corações.

É mais que justo prestar esta sentida homenagem ao Melo e Faro, em nome de todos os amigos de Padre Correia da Cunha. Este sempre lhe manifestou muito apreço pelas suas qualidades intelectuais e de liderança, dedicando-lhe muita da sua sábia inteligência e perspicácia para o ajudar na sua previsível progressão de bom cidadão de sucesso e assim como de um cristão exemplar.

Foi no dia 21 de Fevereiro de 2004 que António Melo e Faro nos deixou. Fica-nos a sua memória, ele foi repousar na Glória de Deus. Hoje junto do Pai e de seu grande amigo Padre Correia da Cunha, estão à nossa espera e entretanto continuarão a interceder por todos nós que não queremos nem podemos esquecer a sua lembrança.

Deixo para os comentários, de muitos seus amigos vivos, que deverão prestar a merecida homenagem à memória deste nosso saudoso e grande amigo de São Vicente de Fora e que teve um coração universal, do tamanho desse Mar sem fim, que tantas vezes cruzou.

A comunidade paroquial de São Vicente de Fora guarda-o em seu coração!

 Deixou em todos muitas saudades. RECEBEI, SENHOR, NO REINO DOS JUSTOS O NOSSO IRMÃO.














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2 comentários:

  1. António Melo e Faro foi o meu maior amigo da minha mocidade. Depois quis a vida que pouco mais soubesse dele. Quando o reencontrava era uma festa. Reencontrámo-nos em tempo final da sua vida na terra e chorei de dor.
    Melo! Contava contigo para revermos as nossas mútuas cumplicidades, aqueles pedaços de felicidade que ficaram por revelar. Pouco importa. Falta pouco para te rever. Um abraço ao Padre Cunha.
    Rogério Martins Simões

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  2. MAR REVOLTO
    (Rogério Martins Simões)

    Ontem o Oceano estava bravo!
    Clamor da onda que desmaia
    Batia e rebolava pela praia
    Chocalhando pedras em desagravo
    O mar estava bravo e não o via…

    E batia! Batia, batia

    Olhei o céu
    O tempo era ameno
    Apenas uns recortes
    De nuvens longínquas,
    No céu sereno,
    E uma ligeira brisa
    Transportava
    Um cheiro a maresia

    E batia! Batia, batia

    De só olhando ver se via
    Fui ver o mar…
    Louca tentação
    Clamor da falésia
    que chocalha
    E como a noite acordada não dormia…
    O mar bravo na falésia batia

    E batia! Batia.

    Ontem,
    Não tive medo nem recuei
    A onda abraçava a lua
    Que enamorada amor fazia.

    E quando me chamou de sua…
    Meu corpo adornado deixei
    Enquanto a noite agitada
    Adormecia.

    Campimeco, Aldeia do Meco, 21-08-2008 0:45:39
    (Registado no Ministério da Cultura
    - Inspecção-Geral das Actividades Culturais I.G.A.C. –
    Processo n.º 2079/09)

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